Catarina
Martins, líder do Bloco de Esquerda, foi esta noite entrevistada na RTP1.
A
líder do Bloco de Esquerda, e uma das intervenientes no acordo à Esquerda com o
PS, não se mostra melindrada com o facto de estar fora de solução de governo do
Partido Socialista.
“Nós
[Bloco] não pusemos essa hipótese fora de equação no início das negociações,
estivemos disponíveis para isso. Mas o PS considerou que a convergência a que
chegássemos teria de respeitar constrangimentos que o Bloco de Esquerda não
acompanha”, explicou Catarina Martins.
“O
PS só aceitou fazer alterações ao seu programa desde que respeitasse o Tratado
Orçamental e excluindo a possibilidade reestruturação da dívida”, sublinhou, acrescentando
que essa exclusão não responde “às 700 mil pessoas que estão no desemprego, sem
subsídio de desemprego”.
Catarina
Martins referiu, no entanto, que não crê que isso tenha efeito sobre a
estabilidade do acordo. “Eu não acho que este acordo seja mais frágil por causa
disso”, afirmou.
Quando
desafiada a comentar a obrigatoriedade de aceitar as decisões socialistas em
relação à Europa, a líder bloquista foi perentória: “Julgo que são escolhas
políticas claras e é muito melhor sermos claros onde somos convergentes e onde
não há convergência do que deixarmos algo pantanoso no meio”.
De
todo o modo, Catarina Martins assegurou estar presente numa solução de governo
que seja a melhor para os portugueses.
“Toda
a gente sabe que, em Portugal, o Bloco de Esquerda nunca faltará a um governo
que está a repor rendimentos, que protege o Estado Social e que não faz
privatizações”, concluiu.
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