Mário Motta, Lisboa
Ler
a peça da TSF que refere a discriminação que o PR Cavaco Silva faz para com as
pequenas e médias empresas deu por resultado ser logo atacado com uma frase do
Leocardo Ganita, idoso de provecta idade que quando ouve ou referem Cavaco na
TV da tasca do Alcides quebra o silêncio para dizer: “Merda de presidente ou
presidente de merda, vai dar no mesmo. Cheira mal.” Remetendo-se novamente ao quase
sepulcro silêncio habitual, porque o que mais gosta de ouvir é o silêncio, diz.
“Esse grande mestre”, como lhe chama. Leocardo já vai nas 96 “primaveras” de
vida. “Primaveras invernosas” – acrescenta.
O
ataque das palavras de Leocardo vieram mesmo a calhar neste pensamento sobre o que se lê de Cavaco e as PMEs. Nada melhor definiria
Cavaco Silva, como outros da mesma “escola”. Pode acontecer que haja quem não
considere muito próprio reproduzir aqui as palavras de Leocardo, podia haver
mais diplomacia, e tal e coisa. Pois. É verdade. Mas facto é que é Cavaco quem
se põe a jeito para que o povo diga estas coisas diretas e exatas no sentir. Quem não
quer ser lobo não lhe veste a pele, diz o adágio. E é isso mesmo. Leocardo sabe
muito bem o que sente e o que quer dizer com tal falta de diplomacia. É a voz do povo à
solta. Pois é.
Da
peça da TSF, que reporta o que diz o representante das pequenas e médias
empresas, entende-se que Cavaco só ouve os mais ricos, em vergonhoso exercício
de servilismo aos que ele considera representar… E representa na realidade. Discriminando
os restantes portugueses que não façam parte do reino dos milhões de cifrões ou
da cor laranja do PSD e da direita. Doentio, este PR. Uma múmia dos mercados
que os portugueses tiveram a infelicidade de eleger para PM (em tempos) e nos
últimos dez anos para PR. Uma desgraça nunca vem só. Por isso também Passos foi
eleito para nos miserabilizar. Já basta ou não basta? (MM / PG)
Pequenas
e médias empresas lamentam que Cavaco não as ouça
Há
anos à procura de uma audiência com o Presidente, a Confederação Portuguesa das
Micro, Pequenas e Médias Empresas afirma que a espera "assume foros de
escândalo e discriminação".
Durante
todo o dia de quinta e sexta-feira, Cavaco Silva recebeu várias confederações
patronais, "as mesmas de sempre" acusa a CPPME, bem como outros
membros da concertação social e outras entidades. Foram várias audiências mas
nenhuma com as pequenas e médias empresas.
A
CPPME lamenta não estar entre as entidades ouvidas e enviou às redações uma
carta aberta a Cavaco Silva. A confederação diz estar à espera de uma audiência
com o Presidente desde 2012. Em setembro deste ano Nunes Liberato, chefe da
Casa Civil, respondeu que "oportunamente consideraremos a audiência
solicitada".
"Entretanto"
queixa-se a CPPME, "o Presidente da República, durante todo este tempo,
foi recebendo as Confederações Empresariais dos grandes grupos económicos e
financeiros, as mesmas de sempre. Ontem e hoje o cenário voltou a repetir-se,
situação que assume foros de escândalo e discriminação".
A
confederação das pequenas e médias empresas sublinham que uma das entidades
ouvidas foi a Associação de Empresas Familiares, uma organização de
"duvidosa representatividade".
A
CPPME, termina a carta lembrando que em 2015 comemora o seu trigésimo
aniversário e que "não pode deixar de exercer o seu direito à indignação e
manifestar [...] o seu mais veemente desagrado pela discriminação a que é sujeita,
pelo mais alto Magistrado da Nação".
Rui
Tukayana - TSF
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