O
atual presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola
(UNITA), Isaías Samakuva, foi hoje reconduzido no cargo, para novo mandato, com
o apoio de 82,8% dos votantes no XII congresso ordinário do partido.
Em
funções há 12 anos, Samakuva foi reeleito com 949 dos votos dos delegados que
participaram na votação (1.146), contra os 167 votos (14,5%) arrecadados pelo
deputado Lukamba Paulo `Gato` e os 25 (1,7%) obtidos pelo também deputado
Abílio Kamalata Numa.
O
anúncio dos resultados desta eleição para a direção do partido, o ponto mais
esperado de três dias de congresso, em Luanda, foi feito ao início da noite de
sábado pelo presidente da comissão eleitoral, Alcides Sakala, depois de mais
quase quatro horas de votação e duas horas de contagem dos votos em urna.
Samakuva
será assim o candidato do maior partido da oposição às eleições gerais a
realizar em agosto de 2017, tendo em conta a decisão, tomada durante o
congresso, pelos 1.165 delegados.
De
acordo com o porta-voz do congresso, Anastácio Rúben Sicato, os delegados
analisaram ainda alterações aos estatutos, tendo ficado definido que não há
limitação de mandatos para os cargos de direção, nomeadamente para presidente
do partido, assunto que foi colocado em discussão face à recandidatura de
Isaías Samakuva.
"Não
há limitação de mandatos, ficou clarificado. Este era um ponto que estava
omisso nos estatutos do partido, fizemos uma análise pelo mundo e praticamente
não há casos de limitação de mandatos, a questão coloca-se mais no interesse
dos próprios partidos e se naquele momento determinado candidato serve esses
interesses ou não, do ponto de vista dos militantes", explicou à Lusa
Anastácio Rúben Sicato.
A
preparação deste congresso arrancou a 01 de julho e envolveu a realização de 18
conferências provinciais de militantes da UNITA, 164 municipais, cinco
assembleias de núcleos das estruturas centrais e uma conferência dos antigos
combatentes.
Para
Anastácio Rúben Sicato, este encontro magno do partido, a começar pelo número
de candidaturas à presidência e a forma como decorreram os trabalhos, serviu
para "comprovar o exercício democrático" na UNITA.
"Nós
pensamos que a mensagem que estamos a enviar para os angolanos é de que somos
mesmo um partido democrático", concluiu o porta-voz do congresso
ordinário, que só se repete dentro de quatro anos.
Lusa,
em RTP, ontem
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