Maria
Luís Albuquerque, que foi ao Funchal para uma conferência, recusou-se a
“acrescentar ruído”” ao caso Banif
A
ex-ministra das Finanças espera “que tudo corra pelo melhor” no Banif, mas não
quer “acrescentar ruído” e entende que, de momento, não faz sentido falar do
caso. Maria Luís Albuquerque fugiu de todas as perguntas para não tirar brilho
à conferência na Madeira, a região onde, nos últimos dias, se assistiu a uma
corrida aos levamentos nos balcões do banco.
As
longas filas à porta das agências do Banif, um banco que nasceu na Madeira,
começaram logo na segunda-feira de manhã e na sequência das notícias que davam
como certo o encerramento banco. Os depositantes correram a levantar o dinheiro
das contas e encheram as dependências por toda a ilha. No Funchal, o balcão da
sede, mesmo na baixa da capital, esteve cheio muito para além da hora de fecho.
Na terça-feira, a fila à hora de abertura era grande, havia gente à espera
desde às sete e meia da manhã. A corrida só acalmou esta quarta-feira.
Ainda
assim, a ex-ministra, que teve a gestão do caso Banif durante os últimos anos,
preferiu centrar o assunto na conferência.“Não acho que faça sentido falar
disso neste momento, nem acrescentar ruído ao que já existe neste momento.
Vamos esperar que tudo corra pelo melhor”. Maria Luís Albuquerque preferiu
falar da mensagem aos empresários, o assunto que a trouxe pela primeira vez à
Madeira. A antiga ministra foi a oradora convidada do evento “As 500 Maiores
Empresas da Madeira” e quis colocar o foco nas palavras aos empresários.
Confiança
no que foi conseguido, cautela pelo que pode ainda vir e um olhar sobre os
desafios do país, Maria Luís Albuquerque teceu ainda elogios à forma como a
Madeira executou o programa de ajustamento económico e financeiro. A boa
execução do programa, que termina a 31 de Dezembro, teve, segundo disse,
“reflexos positivos” na economia regional, o que que se traduz em benefícios
para o País.
Marta
Caíres – Expresso – Foto: Luís Barra
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