sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Portugal. PCP reage a números da UTAO: “Vai começar a descobrir-se mais artimanhas e falsidades”



Em resposta aos dados que dão conta que o anterior Governo terá gasto em novembro 30% da almofada financeira prevista para o ano de 2015, os comunistas reagem com acusações: “Mais uma vez, as metas vão ser incumpridas e não é por terem sido dadas respostas aos problemas sociais dos portugueses”

 (sic) começar a descobrir-se mais artimanhas e falsidades”. Foi assim que o deputado comunista João Oliveira reagiu às informações confirmadas pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que revelou esta sexta-feira que o anterior Governo gastou em novembro pelo menos 278,3 milhões de euros da "almofada" financeira de 945,4 milhões de euros prevista no Orçamento do Estado para 2015 e confirmou que o défice ficou, em setembro, nos 3,7%, um ponto acima da meta prevista pelo Executivo de Passos Coelho até ao fim deste ano.

Falando aos jornalistas, João Oliveira considera que “as artimanhas orçamentais que o Governo tinha montado vêm agora ao de cima e revelam a real situação do país”. Para o deputado, a explicação para os novos números, à luz dos quais a execução da meta do défice prometida para este ano pode ficar comprometida, é simples: “O Governo ocultou despesa que já sabia que ia ter para sustentar o cenário da meta do défice abaixo dos 3%”.

Acusando o anterior Executivo de “sobrestimar a capacidade de arrecadar receita”, João Oliveira aponta aquele que considera ser o principal problema no contexto destas notícias: “Mais uma vez, as metas vão ser incumpridas e não é por terem sido dadas respostas aos problemas sociais dos portugueses”.

João Oliveira classifica ainda as metas anunciadas pelo anterior Executivo de direita como “pura propaganda eleitoral”. Explicando que os parâmetros estabelecidos pela UTAO no sentido de cumprir a meta do défice de 2,7% são, na sua óptica, “praticamente impossíveis de cumprir”, o deputado salienta ainda que esta é uma “tarefa muito difícil” que vai caber ao novo Governo, uma vez que “será muito difícil reverter a situação no último mês do ano”.

Lusa, em Expresso – foto Marcos Borga

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