Pela
voz do deputado João Paulo Correia, o PS reagiu esta sexta-feira aos dados da
UTAO que dão conta de que o anterior Governo terá gasto 30% da almofada
financeira prevista para 2015 no mês de novembro. Para os socialistas, os
números são “altamente preocupantes”
O
PS chamou esta sexta-feira a atenção para os "dados altamente
preocupantes" a nível orçamental revelados na quinta-feira pela Unidade
Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), advogando que "afinal não houve uma
saída limpa na execução orçamental" do país.
"Os
desvios na receita e despesa dificilmente serão respondidos pelas almofadas
orçamentais incorporadas pelo anterior governo no Orçamento de 2015",
advertiu o deputado socialista João Paulo Correia, em declarações aos
jornalistas no Parlamento.
O
deputado falava após se ter ficado a saber que a UTAO estima que o défice das
administrações públicas, em contas nacionais, tenha ficado nos 3,7% entre
janeiro e setembro deste ano, um valor acima da meta do anterior Governo para a
totalidade do ano.
Estes
são "dados altamente preocupantes", mas o PS "quer
acreditar" que é possível atingir os 3% de défice no final de 2015.
"Mesmo
com o rigor que este Governo está predisposto a introduzir desde o primeiro dia
da sua governação até ao dia 31 de dezembro, será difícil responder aos desvios
que já estão previstos para o mês de dezembro", vincou todavia João Paulo
Correia. Os desvios, prosseguiu, estão já identificados e dizem respeito a um
aumento da aquisição de bens e serviços acima do previsto e a despesa com pessoal
a nível salarial.
Para
que o défice orçamental fique abaixo dos 3% no final de 2015, garantindo o
encerramento do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), "o saldo
orçamental do quarto trimestre terá de se situar também numa situação próxima
do equilíbrio, mas com um resultado relativamente menos exigente do que para o
cumprimento da meta anual", sinaliza a UTAO.
Lusa,
em Expresso
1 comentário:
Nada de surpreendente no que às Finanças Públicas concerne. São demasiadas variáveis em controlo. Daí que, objectivamente, me dispenso de censura, pelas dificuldades que o governo anterior teve de enfrentar, na contabilidade rígida imposta pelo Tratado Orçamental. Condeno sim a disponibilidade e a militância
acéfala da Coligação à receita da U.E.
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