terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Portugal. BANCO DE RELVAS RECEBEU 90 MILHÕES DO ESTADO EM 2015



Durante o governo do PSD-CDS, o Estado injectou no banco Efisa 90 milhões de euros e vendeu-o por 38,5 milhões à Pivot SGPS, uma sociedade de capitais portugueses e angolanos de que faz parte Miguel Relvas, ex-ministro de Passos Coelho.

De acordo com uma notícia veiculada pelo Correio da Manhã, foram realizados cinco aumentos de capital levados a cabo pela Parparticipadas, uma sociedade estatal que foi criada em 2010 com o objetivo de gerir 13 sociedades que estavam dependentes do Banco Português de Negócios (BPN), que foi nacionalizado em 2008.

A primeira injeção de dinheiro no valor de 37,5 milhões aconteceu em 2014, quando Passos Coelho era primeiro-ministro.

Dinheiro serviu para eliminar linhas de financiamento "tóxicas"

De acordo com aquele jornal, o despacho assinado por Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, dava sequência ao cumprimento do acordo quadro celebrado com o banco angolano BIC, no momento em que este comprou o BPN por 40 milhões de euros, em julho de 2011.

O dinheiro terá servido assim, de acordo com o jornal, para eliminar duas linhas de financiamento concedidas pelo BPN ao Efisa, e que foram consideradas tóxicas pelo BIC. Por essa razão, o Estado português comprometeu-se a fazer o reembolso.

O Correio da Manhã refere ainda que durante o ano de 2015 foram realizados mais três aumentos de capital, um no valor de 15 milhões e dois de 12,5 milhões.

Estes aumentos foram realizados com recurso a um contrato de mútuo celebrado com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) cujo valor foi de 38,2 milhões de euros.

A compra do banco pela Pivot SGPS, de que Miguel Relvas é sócio, está pendente da aprovação do Banco de Portugal (BdP) e do Banco Central Europeu (BCE).

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