segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Portugal. BANCOS DO PSD: EFISA. OS RELVAS É QUE A SABEM TODA!




Mário Motta, Lisboa

As negociatas nunca deixarão de ser negociatas. Assim consideradas pelos portugueses por ser demais evidente que as histórias são muito mal contadas e que há milhões que desaparecem sem que existam motivos razoáveis para que assim aconteça. Relvas e o seu banco (quem lhe diria que ia ter um banco quando era menino e moço e jovem dos “laranjinhas” PSD?) receberam de todos os portugueses 90 milhões mas depois vendeu o banco por somente 38,5 milhões. O prejuízo foi exatamente(?) de 51,5 milhões de euros. Pagos pelos portugueses. Claro.

Esta história está muito mal contada. Mais por mais vinda de José Relvas, que, sabemos, é um grande tangas, é um dos xicos-espertos que abundam na política portuguesa. O PSD e os bancos estão sempre de mão dada. É Cavaco e associados, Dias Loureiro e outros Loureiros, é o “embrulho” BPN e etc., é agora Relvas e o banco EFISA… é o que se queira. E depois? Por isso caem-lhes as paredes na lama? Não. Até vimos Cavaco ser eleito e reeleito para presidir à República como um rei nababo. O rei das “aplicações” das “economias” que lhe dão lucros chorudos enquanto o diabo esfrega um olho. Mas não, reconheçamos que Cavaco está acima de qualquer suspeita. Ele próprio disse que é muito honesto. Ora, não há que duvidar. Pois.

Vários episódios têm constituído o folclore dos cambalachos bancários, das amizades e doações de bancos a partidos políticos, sendo que o BES do vigarista Salgado foi o que mais foi contribuinte dessas mesmas doações. Cavaco recebeu uma das maiores contribuições do BES para a sua campanha… E Salgado era o Dono Disto Tudo. Pois.

Ai, ai. Tem povo que é cego!

Agora é Relvas. O suspeitoso deputado, ex-ministro, negociante, banqueiro… Trapaceiro da política, isso sim, e do que mais vier a público. Se vier.

Como Portugal tem povo que é cego não nos admiremos que Relvas venha um dia a ser eleito presidente da República, quem sabe, talvez primeiro-ministro. Oh, mas isso pouco importa. Ser Relvas ou Passos primeiro-ministro é praticamente a mesma coisa. Apesar de filhos de pais diferentes eles demonstraram que são gémeos em imensas evidências e fazem o par perfeito para tramarem o povo cego e não cego, mas que por eles é visto com olhos de negreiros.

Em baixo as notícias retardadas em poucos dias mas sempre atuais que vêm aqui à baila para efeitos de memória. A primeira compilada do Esquerda.net. A segunda notícia retirada do Económico com a Lusa.

Para os alzaimeirados portugueses nunca será demasiado apelar à memória e dar-lhes uma ajuda, um incentivo que lhes garanta alguma saúde mental. É que os portugueses esquecidos prejudicam sobremaneira Portugal e os portugueses. Até fazem lembrar sadomasoquistas que só são felizes no quanto pior melhor. Quanto pior para milhões e quanto melhor para uns quantos. Exatamente para aqueles trapaceiros, vigaristas, ladrões, em que tantas vezes votam.

Se desse para isso até podíamos pedir “tirem-nos deste filme”. Mas o quê, o amor por Portugal não dá para emigrar. Nada como a nossa Pátria, apesar de todas as vicissitudes. Além disso é aqui que temos de lutar, participar na luta por um país melhor, por dias melhores para a maioria. A maioria são os que trabalham e são explorados, não aqueles que se alapam a roubar ou a receber quantias imorais, indecentes, por quase nada. Sendo legal não podemos esquecer que são os dos lobies que aprovam legislação que permite tais imoralidades que configuram verdadeiros crimes. Os dos lobies que atuam na legislação exercem cargos de deputados. Não são todos, mas são demasiados. É fartar vilanagem, não é? Que coisa!

Os Relvas deste país é que a sabem toda. Sabem beneficiar de grandes vidas à custa dos que tudo fazem para serem cegos. Mas que pagam - apesar de cegos - e arrastam os que que têm os olhos abertos mas quase nada conseguem fazer para acabar com os debulhos, com os roubos. (MM/PG)

Banco de Relvas recebeu 90 milhões do Estado em 2015

Durante o governo do PSD-CDS, o Estado injectou no banco Efisa 90 milhões de euros e vendeu-o por 38,5 milhões à Pivot SGPS, uma sociedade de capitais portugueses e angolanos de que faz parte Miguel Relvas, ex-ministro de Passos Coelho.

De acordo com uma notícia veiculada pelo Correio da Manhã, foram realizados cinco aumentos de capital levados a cabo pela Parparticipadas, uma sociedade estatal que foi criada em 2010 com o objetivo de gerir 13 sociedades que estavam dependentes do Banco Português de Negócios (BPN), que foi nacionalizado em 2008.

A primeira injeção de dinheiro no valor de 37,5 milhões aconteceu em 2014, quando Passos Coelho era primeiro-ministro.

Dinheiro serviu para eliminar linhas de financiamento "tóxicas"

De acordo com aquele jornal, o despacho assinado por Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, dava sequência ao cumprimento do acordo quadro celebrado com o banco angolano BIC, no momento em que este comprou o BPN por 40 milhões de euros, em julho de 2011.

O dinheiro terá servido assim, de acordo com o jornal, para eliminar duas linhas de financiamento concedidas pelo BPN ao Efisa, e que foram consideradas tóxicas pelo BIC. Por essa razão, o Estado português comprometeu-se a fazer o reembolso.

O Correio da Manhã refere ainda que durante o ano de 2015 foram realizados mais três aumentos de capital, um no valor de 15 milhões e dois de 12,5 milhões.

Estes aumentos foram realizados com recurso a um contrato de mútuo celebrado com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) cujo valor foi de 38,2 milhões de euros.

A compra do banco pela Pivot SGPS, de que Miguel Relvas é sócio, está pendente da aprovação do Banco de Portugal (BdP) e do Banco Central Europeu (BCE).

Sobre o caso pode ler mais

Esquerda.net

PS quer Relvas no Parlamento por causa do banco Efisa

Económico com Lusa

Também Isabel Castelo Branco, ex-secretária de Estado do Tesouro, é visada no requerimento dos socialistas.

O PS apresentou hoje um requerimento para ouvir o antigo ministro do PSD, Miguel Relvas, e a ex-secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, pedindo os socialistas esclarecimentos aos "múltiplos episódios" sobre a alienação do banco Efisa.

O texto, endereçado à presidente da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), pede a vinda ao parlamento de ambos os responsáveis, o primeiro por ser candidato a acionista da sociedade que comprou o Efisa, e a segunda por ter autorizado a recapitalização pública da entidade num total de 90 milhões de euros.

O Efisa - banco de investimento do antigo BPN - foi adquirido pela sociedade Pivot: à altura da compra noticiou-se que a venda chegou a cerca de 38 milhões de euros, mas o texto socialista fala num montante de 32 milhões.

Em julho passado, a Parparticipadas anunciou ter chegado a acordo para a venda da totalidade do capital do Banco Efisa à Pivot SGPS, cujos acionistas são "entidades portuguesas e estrangeiras" - a Pivot era um dos oito candidatos à compra da instituição.

"Nos últimos dias o país foi confrontado com a notícia de que Miguel Relvas passou a acionista da Pivot SGPS, decisão que apenas aguarda o parecer do Banco de Portugal. Em suma: o anterior Governo PSD/CDS-PP, liderado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, injetou 90 milhões de euros num banco que amanhã, caso o Banco de Portugal assim o decida, poderá ser de Miguel Relvas, ex-ministro e ex-número dois de Pedro Passos Coelho", sinalizam os socialistas no texto de hoje.

O deputado João Paulo Correia declarou aos jornalistas que chegou a ser ponderada a possibilidade de chamar o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho à comissão, mas "nesta fase inicial" as audições de Relvas e Isabel Castelo Branco são as mais importantes.

"Se os esclarecimentos não forem dados dentro do que esperamos, não hesitaremos também em chamar o ex-primeiro-ministro à comissão", alertou o parlamentar socialista.

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