terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

São Tomé e Príncipe. Lixo que está a engolir a capital e os arredores pode ser tratado



Basta ao poder local do distrito de Água Grande, dar oportunidade de colaboração às entidades que operam no país a nível da gestão dos resíduos, para a capital São Tomé, livrar-se da pestilência que está a consumi-la.

A constatação é da coordenação do projecto TESE, financiado pela União Europeia. Maite Mendizabal, que há 3 anos coordena o projecto que valoriza os resíduos, e cria empregos,  retratou o estado actual da capital são-tomense e seus arredores. «É evidente aos olhos e ao nariz que o distrito de Água Grande está na pior situação dos últimos anos em matéria de gestão de resíduos. Não sei o que está a passar. Mas o facto é que existe um problema de gestão de resíduos que não está a ser feito como é devido», afirmou.

.Montes de lixo campeiam pela cidade de São Tomé e nos arredores a situação de imundice chega a um nível terrível. «A cidade e os arredores estão numa situação muito perigosa para a saúde humana», alertou a coordenadora do projecto, que se ocupa da gestão dos resíduos apenas nos distritos de Caué, Cantagalo e Mé-Zochi.

As portas estão abertas, segundo Maite Mendizabal, para uma parceria sólida com o poder local de Água Grande. No entanto é preciso que a Câmara de Ekeneide Santos se interesse pela parceria contra o lixo. «Gostaria que fosse elaborada uma estratégia de apoio ao distrito de Água Grande. Eu gostaria de por os nossos serviços a disposição da câmara de Água Grande, apenas como um corpo de apoio e aconselhamento»., frisou.

Segundo Maite Mendizabal, outras organizações não governamentais que operam em São Tomé e Príncipe no domínio de gestão e tratamento dos resíduos, também estão interessadas em colaborar com a autarquia da capital.

Tudo para salvar a imagem de uma cidade que no passado foi considerada como a mais linda e limpa da região africana.

Abel Veiga - Téla Nón

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