Basta
ao poder local do distrito de Água Grande, dar oportunidade de colaboração às
entidades que operam no país a nível da gestão dos resíduos, para a capital São
Tomé, livrar-se da pestilência que está a consumi-la.
A
constatação é da coordenação do projecto TESE, financiado pela União Europeia.
Maite Mendizabal, que há 3 anos coordena o projecto que valoriza os resíduos, e
cria empregos, retratou o estado actual da capital são-tomense e seus
arredores. «É evidente aos olhos e ao nariz que o distrito de Água Grande está
na pior situação dos últimos anos em matéria de gestão de resíduos. Não sei o
que está a passar. Mas o facto é que existe um problema de gestão de resíduos
que não está a ser feito como é devido», afirmou.
.Montes
de lixo campeiam pela cidade de São Tomé e nos arredores a situação de imundice
chega a um nível terrível. «A cidade e os arredores estão numa situação muito
perigosa para a saúde humana», alertou a coordenadora do projecto, que se ocupa
da gestão dos resíduos apenas nos distritos de Caué, Cantagalo e Mé-Zochi.
As
portas estão abertas, segundo Maite Mendizabal, para uma parceria sólida com o
poder local de Água Grande. No entanto é preciso que a Câmara de Ekeneide
Santos se interesse pela parceria contra o lixo. «Gostaria que fosse elaborada
uma estratégia de apoio ao distrito de Água Grande. Eu gostaria de por os
nossos serviços a disposição da câmara de Água Grande, apenas como um corpo de
apoio e aconselhamento»., frisou.
Segundo
Maite Mendizabal, outras organizações não governamentais que operam em São Tomé
e Príncipe no domínio de gestão e tratamento dos resíduos, também estão
interessadas em colaborar com a autarquia da capital.
Tudo
para salvar a imagem de uma cidade que no passado foi considerada como a mais
linda e limpa da região africana.
Abel
Veiga - Téla Nón
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