Hoje
foi tempo do governo estar na Assembleia da República a debater e esclarecer os
que deviam ser representes dos interesses dos portugueses (deputados), de todos os
portugueses. Debate que terminou pouco antes do meio-dia – com o governo de
Passos eram para aí mais… quase duas horas de patranhas.
Vimos
como a direita (CDS e PSD) se atiram ao governo apoiado pela esquerda como gato
a bofe. Ressabiados como estão se voltassem a ser governo iam vingar-se pela
certa e baixar o salário mínimo, aumentar os impostos aos de menores recursos,
dar isenções fiscais aos que auferem quantias imorais mensalmente… Mais do
mesmo mas ainda para o pior, até rebentarmos de fome.
Nessa
linha ressabiada vimos os que opinam na comunicação social e quantos a opinar à
direita compõem as colunas da respetiva opinião, talvez dos mais conhecidos
seja o Jornal de Notícias que mantém o equilíbrio democrático e equitativo dos
fazedores de opinião. O Diário de Notícias, por outro lado, com o novo diretor,
veio encostando à direita dos vícios e do conservadorismos neoliberal que tem
levado o país e a União Europeia rumo à desgraça, rumo à destruição dos valores
por que foi fundada. Outros há na comunicação social, a direita em peso foi
recrutada para fazer as cabeças dos portugueses. Temos em Portugal um exército
de reacionários nessa coisa das colunas de opinião. Devem receber a peso as
palavras e intenções de levar a que pensem o slogan “volta Passos, Cavaco e
Portas, estão perdoados”. São os chamados arrependidos, são os traidores das
causas e dos objetivos de tornar Portugal mais justo para os portugueses e não
permitir que os de colarinho branco da banca e do grande empresariado cometam o
crime de se refugiarem nos offshores para não pagarem os impostos que são
devidos e que devem ser cumpridos por todos, não só pelos que menos têm.
Do
Expresso trazemos costumeiramente o chamado Expresso Curto que desponta logo
pela manhã. Aqui chegou à hora de almoço. Depois de almoçarem vai cair que nem
ginjas. A servir está Miguel Cadete… Opiniões são opiniões. Cada um é livre de
manifestar as suas, à esquerda, à direita, assim-assim, essa é a faceta boa da
democracia, liberdade de expressão, mas a equidade devia representar atenção e
imparcialidade dos “democratas” das chefias dos jornais e restante comunicação
social. Em vez disso temos um exército de críticos do governo como não o foram
com Passos-Cavaco-Portas, e quando o foram vieram a reboque da opinião pública
saturada da corja de salafrários, mentirosos e vigaristas que abundavam nos
poderes desses malfadados quatro anos, somados aos cinco anos (10) anos de
Cavaco Silva. Saíram de rastos mas estão vivos e recomendam-se a eles próprios.
Lagarto, lagarto, lagarto.
O
jornal Expresso é o que é. É interessante e útil mas cumpre a função na linha
do Bilderberg Balsemão. Sabemos isso. Devemos lê-lo com muita cabeça e cérebro
desperto. Aliás, os grupos que detêm a informação em Portugal e no mundo servem
para se servirem e servirem os interesses das elites que servem. Quem manda é o
dinheiro. Sabemos. Estamos tramados, mas vivos. A luta continua.
Abra
os olhos. Pense pela sua própria cabeça quando lê as opiniões nos jornais ou
escuta e vê os comentadores que por aí abundam. Dizem o que dizem, como dizem,
muitas vezes para receberem o ordenado, não perderem os empregos ou serem
colocados na prateleira, para agradarem e até subirem na hierarquia. É que as
famílias estão lá em casa e o pilim surge em conformidade com as palavras
expressas. É violento para os próprios mas é o que está a dar. A tramar os cidadãos, as nações,
as sociedades, as vidas da maioria. A nossa alcunha é “estamos tramados”. Mas a
luta continua.
Essa
coisa de possuírem colunas vertebrais amovíveis é uma moda que pegou no novo tipo de rastejantes, e não é de agora. Só que agora existem cada vez mais.
Bom
dia. Lembre-se que até as árvores morrem de pé. A luta continua. (MM / PG)
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Miguel
Cadete – Expresso
O
maior inimigo do Governo é o próprio Governo
Já
se sabe: a realidade ultrapassa a ficção. E quase nunca é o que dizemos
dela, pelo menos quando nos propomos prever o que vai acontecer. As
aparências iludem. E por isso talvez sejam tão importantes em tantas ocasiões.
Ainda há um par de semanas se discutia o que iria derrubar se este governo. Se cairia devido à pressão de Bruxelas. Se seria a própria geringonça a desmanchar-se. Se seria o PresidenteMarcelo, lá mais para diante, a deitar abaixo António Costa. Se Passos, ou outro alguém no PSD, recuperava o ímpeto oposicionista.
Ora bem, esta semana mostrou que muito provavelmente o maior inimigo do Governo de Portugal está dentro do próprio executivo. Serão os próprios ministros capazes de destruir o que o seu líder tão diligentemente construiu depois das eleições de 4 de outubro?
O PSD ataca o ministro das Finanças no caso Banif, acusando-o de termentido na comissão de inquérito. Está na primeira página do jornal “i” de hoje e é manchete do “Jornal de Negócios”. Terá Mário Centeno escondido que recomendou a venda do banco português ao Santander? Deputados do PSD pedem o seu regresso à comissão, de maneira a esclarecer o sucedido. Mas é por aí que a geringonça estremece?
Uma acusação que parece surtir tanto efeito quanto o contra-ataque do Governo relativamente ao Governador do Banco de Portugal: foi Carlos Costas quem pediu ao Banco Central Europeu restrições à liquidez do Banif, lê-se na manchete do “Público”. O Expresso revelou ontem a minuta da reunião do Conselho de Governadores do BCE que prova isso mesmo. Mas será por aí?
Pela via presidencial é que o Governo não cai. Aviso aos incautos: o Expresso e a SIC publicam hoje uma sondagem, a primeira em que é avaliada a popularidade do Presidente da República, em que este bate todos os recordes das últimas temporadas. Mais de 50% de saldo positivo chegam e sobram para afastar Marcelo dessas quezílias.
Dentro da geringonça, apesar da situação económica estar a piorar e das previsões em baixa do FMI, da Universidade Católico e do próprio Governo, o povo é sereno. O ministro da Finanças “já avisou os parceiros parlamentares que é preciso prudência no desenho do Programa de Estabilidade que levará a Bruxelas ainda neste mês”, conta o “Diário de Notícias” logo na primeira página. Bruxelas certamente que agradece.
O que mexe então com este Governo? As páginas do Facebook dos seus membros e o que eles aí escrevem para os seus amigos. Os amigos, claro, também contam.
João Soares, ministro da Cultura foi ontem substituído por Luís Filipe de Castro Mendes. Demitiu-se depois de ter metaforicamente prometido bofetadas a dois dos seus críticos. O país não suportou a ousadia e o primeiro-ministro despachou o assunto em grande velocidade.
Mas hoje há nova controvérsia na pasta da cultura. O “Jornal de Notícias” escreve em parangonas que Castro Mendes não é Embaixador de pleno direito. O tribunal ter-lhe-á retirado a mais alta categoria da diplomacia depois de assim ser nomeado durante um dos governos de Sócrates.
As redes sociais não carecem de mediação. A mensagem vai direta ao consumidor final. João Wengorovius Meneses, ex-secretário de Estado do Desporto e da Juventude, também usou nos últimos dias a ferramenta de Mark Zuckerberg para dizer que se ia embora, “em profundo desacordo com o Sr Ministro da Educação”.
Colaborador do antigo executivo camarário lisboeta, foi ontem substituído por João Paulo Rebelo, que já esteve na Movijovem durantes os Governos Sócrates onde se envolveu em controvérsias. A Movijovem terá sido uma das razões do afastamento entre o Miniustro da Educação Tiago Brandão Rodigues e João Wengorovius Meneses.
Rebelo também tomou ontem posse, tal como Miguel Honrado, novo secretário de Estado da Cultura, na mesma sessão que conduziu o poeta e diplomata Castro Mendes ao cargo de ministro da Cultura.Mas não contou com a presença do seu antecessor, ao contrário do que sucedeu com o novo ministro da Cultura.
O primeiro-ministro António Costa também tem página pessoal no Facebook, mas à cautela não escreve lá nada há quase dois meses. Mas continua a falar com os amigos. O facto de terinformalmente empossado Diogo Lacerda Machado no cargo de “facilitador” (ou “doer”, em inglês) deste Governo tem gerado mais controvérsia do que a resolução de alguns bancos. O “Observador” tem enumerado essas ligações perigosas entre o PM e Lacerda Machado.
Até porque o inimigo está sempre em casa. António Galamba, segurista, já lembrou que Lacerda Machado também já esteve presente na compra de helicópteros Kamov quando o atual primeiro-ministro era ministro da Administração Interna.
A esse propósito, o Bloco de Esquerda, que não quer perder a áurea de zelar pela seriedade da res publica, vai acrescentar um artigo ao pacote de transparência que se exige a governantes de maneira a que estes consultores fiquem abrangidos pelo regime de incompatibilidades.
No Facebook, que não é incompatível com o cargo de ministro defende Ricardo Costa, ou na vida real, os amigos são quase sempre o centro de tudo. Importa escolhê-los bem, até porque as aparências iludem e por isso são muitas vezes tão importantes.
Escutemos Oscar Wilde: “Escolho os meus amigos pela sua boa apresentação, os meus conhecidos pelo seu bom carácter e os meus inimigos pela sua boa inteligência. Um homem não pode ser muito exigente na escolha dos seus inimigos”.
Ainda há um par de semanas se discutia o que iria derrubar se este governo. Se cairia devido à pressão de Bruxelas. Se seria a própria geringonça a desmanchar-se. Se seria o PresidenteMarcelo, lá mais para diante, a deitar abaixo António Costa. Se Passos, ou outro alguém no PSD, recuperava o ímpeto oposicionista.
Ora bem, esta semana mostrou que muito provavelmente o maior inimigo do Governo de Portugal está dentro do próprio executivo. Serão os próprios ministros capazes de destruir o que o seu líder tão diligentemente construiu depois das eleições de 4 de outubro?
O PSD ataca o ministro das Finanças no caso Banif, acusando-o de termentido na comissão de inquérito. Está na primeira página do jornal “i” de hoje e é manchete do “Jornal de Negócios”. Terá Mário Centeno escondido que recomendou a venda do banco português ao Santander? Deputados do PSD pedem o seu regresso à comissão, de maneira a esclarecer o sucedido. Mas é por aí que a geringonça estremece?
Uma acusação que parece surtir tanto efeito quanto o contra-ataque do Governo relativamente ao Governador do Banco de Portugal: foi Carlos Costas quem pediu ao Banco Central Europeu restrições à liquidez do Banif, lê-se na manchete do “Público”. O Expresso revelou ontem a minuta da reunião do Conselho de Governadores do BCE que prova isso mesmo. Mas será por aí?
Pela via presidencial é que o Governo não cai. Aviso aos incautos: o Expresso e a SIC publicam hoje uma sondagem, a primeira em que é avaliada a popularidade do Presidente da República, em que este bate todos os recordes das últimas temporadas. Mais de 50% de saldo positivo chegam e sobram para afastar Marcelo dessas quezílias.
Dentro da geringonça, apesar da situação económica estar a piorar e das previsões em baixa do FMI, da Universidade Católico e do próprio Governo, o povo é sereno. O ministro da Finanças “já avisou os parceiros parlamentares que é preciso prudência no desenho do Programa de Estabilidade que levará a Bruxelas ainda neste mês”, conta o “Diário de Notícias” logo na primeira página. Bruxelas certamente que agradece.
O que mexe então com este Governo? As páginas do Facebook dos seus membros e o que eles aí escrevem para os seus amigos. Os amigos, claro, também contam.
João Soares, ministro da Cultura foi ontem substituído por Luís Filipe de Castro Mendes. Demitiu-se depois de ter metaforicamente prometido bofetadas a dois dos seus críticos. O país não suportou a ousadia e o primeiro-ministro despachou o assunto em grande velocidade.
Mas hoje há nova controvérsia na pasta da cultura. O “Jornal de Notícias” escreve em parangonas que Castro Mendes não é Embaixador de pleno direito. O tribunal ter-lhe-á retirado a mais alta categoria da diplomacia depois de assim ser nomeado durante um dos governos de Sócrates.
As redes sociais não carecem de mediação. A mensagem vai direta ao consumidor final. João Wengorovius Meneses, ex-secretário de Estado do Desporto e da Juventude, também usou nos últimos dias a ferramenta de Mark Zuckerberg para dizer que se ia embora, “em profundo desacordo com o Sr Ministro da Educação”.
Colaborador do antigo executivo camarário lisboeta, foi ontem substituído por João Paulo Rebelo, que já esteve na Movijovem durantes os Governos Sócrates onde se envolveu em controvérsias. A Movijovem terá sido uma das razões do afastamento entre o Miniustro da Educação Tiago Brandão Rodigues e João Wengorovius Meneses.
Rebelo também tomou ontem posse, tal como Miguel Honrado, novo secretário de Estado da Cultura, na mesma sessão que conduziu o poeta e diplomata Castro Mendes ao cargo de ministro da Cultura.Mas não contou com a presença do seu antecessor, ao contrário do que sucedeu com o novo ministro da Cultura.
O primeiro-ministro António Costa também tem página pessoal no Facebook, mas à cautela não escreve lá nada há quase dois meses. Mas continua a falar com os amigos. O facto de terinformalmente empossado Diogo Lacerda Machado no cargo de “facilitador” (ou “doer”, em inglês) deste Governo tem gerado mais controvérsia do que a resolução de alguns bancos. O “Observador” tem enumerado essas ligações perigosas entre o PM e Lacerda Machado.
Até porque o inimigo está sempre em casa. António Galamba, segurista, já lembrou que Lacerda Machado também já esteve presente na compra de helicópteros Kamov quando o atual primeiro-ministro era ministro da Administração Interna.
A esse propósito, o Bloco de Esquerda, que não quer perder a áurea de zelar pela seriedade da res publica, vai acrescentar um artigo ao pacote de transparência que se exige a governantes de maneira a que estes consultores fiquem abrangidos pelo regime de incompatibilidades.
No Facebook, que não é incompatível com o cargo de ministro defende Ricardo Costa, ou na vida real, os amigos são quase sempre o centro de tudo. Importa escolhê-los bem, até porque as aparências iludem e por isso são muitas vezes tão importantes.
Escutemos Oscar Wilde: “Escolho os meus amigos pela sua boa apresentação, os meus conhecidos pelo seu bom carácter e os meus inimigos pela sua boa inteligência. Um homem não pode ser muito exigente na escolha dos seus inimigos”.
OUTRAS
NOTÍCIAS
O Expresso e Micael Pereira vão continuar a publicar os resultados da investigação sobre os Panama Papers que, nos últimos meses, têm levado por diante com Rui Araújo da TVI junto do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.
Ontem, no Expresso Diário, foi revelada bastante mais informação sobre a relação intensa entre Manuel Villarinho e a Mossack Fonseca. São dados que esclarecem as intenções do ex-presidente do Benfica (proteger os seus bens de penhora) e da própria Mossack Fonseca, particularmente empenhada em conhecer bem um cliente que esteve envolvido no caso Monte Branco e numa alegada agressão a uma stripper brasileira.
Hoje, no Expresso da Meia Noite, às 23h na SIC Notícias, o tema volta a ser abordado, desta vez com a participação do diretor do Expresso, Pedro Santos Guerreiro. E amanhã, sábado, na edição semanal do Expresso, novas revelações serão feitas a partir dos documentos entretantos estudados pela equipa que em Portugal está a investigar a “maior fuga de informação de sempre”.
Governo de Espanha deixa cair ministro da Indústria. Novas informações que ligam José Manuel Soria a atividades empresarias em paraísos fiscais dispararam os alarmes no governo do PP. O “El País” traz hoje na primeira página a história de como o ministro da Indústria e Turismo foi apanhado nos Panama Papers devido às ligações a uma empresa offshore em Jersey. Soria já não comparece no Conselho de Ministro que irá hoje ter lugar.
Votação do impeachment de Dilma é mesmo no domingo. O Governo brasileiro recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar adiar a votação de domingo, numa altura em que os seus aliados estão a desertar, mas as suas pretensões não foram atendidas. Segundo a “Folha de São Paulo”, o Supremo Tribunal também validou o processo de votação do afastamento de Dilma a acontecer no domingo: ao contrário do que era intenção do PT, ordem alfabética, foi decidido que os deputados de cada Estado votariam de Norte para Sul, de forma intercalada.
John Kerry: “podíamos ter abatido os aviões russos”. O secretário de Estado norte-americano criticou vivamente o encontro militar no Mar Báltico entre um destroyer dos EUA e dois aviões de guerra da Rússia. O tal “encontro” foi descrito como um “ataque simulado” por parte da aviação russa, devido aos voos rasantes que, na terça-feira passada, dois aviões Sukhoi SU-24 fizeram ao porta-aviões Donald Cook. A agência de notícias Interfax cita um porta-voz do ministro da Defesa da Rússia que terá dito que as suas tripulações cumpriram todas as normas de segurança.
Jeremyn Corbyn a favor da Europa. O líder do Partido Trabalhista britânico fez ontem o seu primeiro grande discurso a favor da manutenção do Reino Unido na União Europeia quando faltam dez semanas para o referendo que decidirá o Brexit. Corbyn junta-se a David Cameron no movimento The In Campaign, enquanto os partidários da saída, liderados por Boris Johnson, estão agrupados noVote Leave. As sondagens, como a do What UK Thinks, dão 50% das intenções de voto a cada uma das partes.
FRASES
“A tragédia da televisão portuguesa é o triunfo da telenovela” Manuel S. Fonseca ao “Jornal de Negócios”
“O candidato do CDS à Câmara de Lisboa pode ser um independente” Assunção Cristas ao jornal “i”
Banco mau “tem de ser encarado com prudência”. Fernando Ulrich ao “Diário de Notícias”
“Se nos mantivermos unidos e não deixarmos os Trumps deste mundo nos dividir podemos oferecer cuidados de saúde, educação, energia renovável, higiene financeira e impostos justos” Bernie Sanders no nono debate presidencial com Hillary Clinton
“Derrubem as barreiras. Não apenas as barreiras económicas. Também as raciais, de género, homofóbicas, de invalidez. Estou a pedir-vos humildemente o vosso apoio. Nós não fazemos só promessas. Nós apresentamos resultados!”. Hillary Clinton no nono debate presidencial
O QUE EU ANDO A LER E A VER
“Júlio Pomar – Obra Gráfica” é o título da edição recentemente publicada pela editora Caleidoscópio onde se encontra recenseada a mais completa listagem de gravuras e serigrafias daquele artista português.
Inclui as imagens, algumas delas pela primeira vez, e muita informação além da que obviamente está disponível nestes casos. O trabalho é feito em colaboração com a Fundação Júlio Pomar e o Atelier-Museu Júlio o que garante propriedade a uma publicação que, sendo dedicada a um mestre da pintura portuguesa, é também umexcelente manual de introdução ao colecionismo de gravuras e/ou serigrafias mercê dos textos incluídos.
A recolha publicada é tão completa quanto possível, percorrendo com exaustão os anos de gravura (1948-1964) e da serigrafia (1974-2015).
Trata-se de uma edição do maior relevo, mesmo descontado a importância de Pomar na história das artes plásticas em Portugal, quando surge uma renovada tendência pelo colecionismo, barato e mais acessível, da obra gráfica de grandes mestres.
Tal sucede quando em Lisboa abriram (não tão) recentemente lojas que se dedicam à comercialização de múltiplos como é o caso de o Gabinete, de Delfim Sardo (Rua Ruben A. Leitão, 2B), e de A Pequena Galeria, de Alexandre Pomar (Avenida 24 de Julho, 4C).
No mesmo movimento, começa também a ser muito facilitado o acesso a leilões não só em Portugal, onde se nota certo aquecimento do mercado, mas também internacionalmente, com a possibilidade de se licitar facilmente em qualquer parte do mundo através de sites ou apps como a Invaluable.
Porém, todo o cuidado é pouco. O que parece distante não é tanto assim, desde que, mais uma vez, não nos esqueçamos de que as aparências, tal como na política, iludem.
Por hoje é tudo. Logo pelas 18h chega mais um Expresso Diário. Às 23h há Expresso da Meia Noite na SIC Notícias. E amanhã é dia desemanário. No Expresso Online, as atualizações são em permanência.
Bom fim de semana
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