CEMFA
deixa o cargo mas só fala para a semana
O
major-general Alberto Fernandes pediu a sua exoneração do cargo de Chefe de
Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA). A confirmação surgiu este sábado, no
mesmo dia em que surgem novos dados sobre as possíveis causas do massacre de
Monte Tchota.
Naquela
que foi a primeira declaração pública desde a tragédia, no interior de
Santiago, conhecida dia 26, o porta-voz das Forças Armadas, coronel Jorge
Andrade, anunciou também que, na segunda-feira, o próprio CEMFA falará ao país.
O
porta-voz das Forças Armadas aproveitou a ocasião para reiterar que o ataque ao
destacamento militar teve “motivos pessoais”. Ao mesmo tempo, o comandante da
Guarda Nacional, coronel Jorge Martins, alvitrou que um desentendimento entre
tropas pode ter estado na origem dos trágicos acontecimentos.
O
alegado autor das onze mortes, Antany Silva, teria tido sido castigado pelo
sargento, cumprindo serviço em substituição do soldado com quem tinha
discutido. Insatisfeito, terá ameaçado “matar todos”, algo que não foi levado a
sério, disse a fonte militar.
O
suspeito. já foi, entretanto, apresentado a um juiz, para primeiro
interrogatório judicial e legalização da prisão. Vai aguardar o desenrolar do
processo em prisão preventiva.
O
comandante da 3ª Região Militar, tenente-coronel Carlos Monteiro, admitiu uma
“falha de comunicação” entre o destacamento de Monte Tchota e a 3ª região
Militar e garante que a situação será cabalmente esclarecida, após uma
investigação, actualmente em curso.
O
massacre de Monte Tchota provocou 11 vítimas mortais, todos do sexo masculino e
com idades compreendidas entre os 20 e os 51 anos. Oito militares e três civis,
dois de nacionalidade espanhola e um cabo-verdiano, perderam a vida.
Foto
Inforpress
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