sábado, 4 de junho de 2016

Angola. O POTENCIAL DA JUVENTUDE



Jornal de Angola, editorial

Angola é um país com uma população maioritariamente jovem, uma realidade que leva permanentemente o Executivo a prestar contínua atenção a este segmento e promover programas que multipliquem a oferta de empregos e iniciativas para este importante segmento da população.

Aos jovens as instituições do Estado patrocinam numerosas oportunidades para que façam prova do seu saber-fazer, do espírito empreendedor e para que tenham uma palavra a dizer no processo de diversificação da economia. E os jovens angolanos dão mostras, cada vez mais, de que estão à altura das tarefas que têm sido gradualmente confiadas aos mesmos. 

Desde a economia à política, os jovens começam a cimentar a sua presença nas mais distintas esferas do país, uma realidade que constitui ao mesmo tempo uma oportunidade e um desafio. Em muitos sectores da vida económica, política e social, os jovens têm merecido a confiança no desempenho de funções relevantes, têm demonstrado competência na gestão de numerosos empreendimentos, entre outras iniciativas. O país procura fazer bom proveito do potencial da juventude a todos os títulos para que, cada um no melhor das suas forças e criatividade, jogue o papel que todos esperamos. 

Engajar os jovens em actos de formação e na promoção de iniciativas que incidam sobre as suas capacidades empreendedoras constitui uma arma poderosa no combate contra a ociosidade, a criminalidade infanto-juvenil e outras condutas desviantes. E, à medida que sejam promovidas iniciativas empreendedoras, isso produz um ambiente de bem-estar e tranquilidade nas famílias, nas comunidades e para bem do desejado crescimento sustentado que todos desejamos para Angola. 

Como diversas vezes ouvimos dizer, e com razão, a actual conjuntura de crise económica e financeira representa também nos mais variados aspectos um conjunto de oportunidades, que precisam de ser exploradas pelos jovens. 

É bom que os jovens estejam permanentemente à altura do processo de diversificação económica com a utilização responsável do crédito obtido, com a criação do auto-negócio e demais iniciativas cedidas também pelas instituições do Estado.  É preciso ir ao encontro das instituições e procurar as melhores orientações, junto dos organismos públicos e privados, na condução dos seus negócios.

As instituições, públicas e privadas, tendo em conta a necessidade de maximização do potencial da juventude, precisam também de “explorar” junto das comunidades as oportunidades para trabalhar com jovens empreendedores.  Acreditamos que as instituições do Estado, na companhia dos seus parceiros, têm realizado numerosas iniciativas dirigidas aos jovens no cumprimento das suas agendas que visam em última instância fazer Angola crescer.

A título de exemplo, mais de 8.800 jovens receberam até ontem o microcrédito “Amigo”,  concedido pelo Banco Sol, no âmbito do Programa de Empreendedorismo na Comunidade, lançado em 2014 pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS). 

Esta corajosa iniciativa da instituição bancária, sob o patrocínio do MAPTESS, deve ser amplamente encorajada para que haja um efeito multiplicador das suas acções em todo o país. 

Trata-se, no seu aspecto e objectivo, do compromisso e empenho do Executivo no sentido de promover o auto-emprego e o auto-sustento no seio da juventude e afugentar o espectro do desemprego. Por via do microcrédito e a devida orientação das estruturas de órgãos como o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), do Centro Integrado do Emprego e Formação Profissional, entre outras instituições, podemos fazer Angola crescer.   

Sabemos todos que os níveis de desemprego entre os jovens continuam preocupantes, mas é fundamental que as pequenas iniciativas tais como os programas de concessão de microcrédito sejam cabalmente aproveitadas pelos mesmos. Num país maioritariamente jovem não podia ser diferente quando se trata de traçar de estratégias para transformar este importante segmento da população na força motriz para o crescimento económico de Angola. Esperamos que o Programa de Empreendedorismo na Comunidade, ao lado de outras iniciativas semelhantes, constitua importante veículo de combate contra o desemprego, a pobreza extrema e contra a fome. Com pequenos passos dados pela juventude em matéria de empreendedorismo e criatividade ao serviço da economia o crescimento económico e o progresso chegam mais cedo a todas as partes do país. 

Com os resultados que o país obtém com a participação activa da juventude apenas podemos esperar crescimento, desenvolvimento com sustentabilidade desejada, razão pela qual auguramos que as instituições do Estado continuem a dedicar-se aos jovens. E que estes continuem a dar prova do seu empreendedorismo, da sua criatividade e todo o seu potencial para acelerar o processo de desenvolvimento em todo o país.

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