segunda-feira, 1 de agosto de 2016

ESTARÁ A EUROPA CONDENADA À VASSALAGEM A WASHINGTON?



Paul Craig Roberts

A Segunda Guerra Mundial resultou na conquista da Europa, não por Berlim e sim por Washington

A conquista era certa mas não toda de uma vez. A conquista da Europa por Washington resultou do Plano Marshall; de temores do Exército Vermelho de Staline que levaram a Europa a confiar na protecção de Washington e a subordinar os militares europeus à NATO; da substituição da libra britânica como divisa de reserva mundial pelo US dólar e do longo processo de subordinação da soberania de países europeus individuais à União Europeia, uma iniciativa da CIA implementada por Washington a fim de controlar toda a Europa através do controle de apenas um governo irresponsável.

Com poucas excepções, sobretudo o Reino Unido, a condição de membro da UE também significou perda de independência financeira. Como só o Banco Central Europeu, instituição da UE, pode criar euros, aqueles países que tão loucamente aceitaram o euro como divisa sua já não têm mais o poder de criar a sua própria moeda a fim de financiar défices orçamentais.

Os países que aderiram ao euro devem confiar em bancos privados para financiar os seus défices. O resultado disto é que países super-endividados já não podem mais pagar suas dívidas pela criação de moeda ou esperar que suas dívidas sejam canceladas (written down) para níveis cujo serviço possam aguentar. Ao invés disso, Grécia, Portugal, Latvia (Letónia) e Irlanda foram saqueados pelos bancos privados.

A UE forçou os pseudo-governos destes países a pagarem os bancos privados do norte da Europa através da supressão dos padrões de vida das suas privatizações e pela privatização de activos públicos a tostões. Portanto, pensões de reforma, emprego público, educação e serviços de saúde foram cortados e o dinheiro redireccionado para bancos privados. Companhias municipais de água foram privatizadas o que resultou em contas de água mais altas. E assim por diante.

Como não há prémio, só castigo, por ser membro da UE, por que é que governos, apesar das vontades expressas dos seus povos, aderem a ela?

A resposta é que para Washington não haveria outro caminho. Os fundadores europeus da UE são criaturas míticas. Washington utilizou políticos por ela controlados para criar a UE.

Alguns anos atrás foram divulgados documentos da CIA provando que a UE que fora sua iniciativa. Ver:
www.telegraph.co.uk/...   e   benwilliamslibrary.com/blog/?p=5080

Na década de 1970 o orientador da minha dissertação de Ph.D, então um responsável de muito alto escalão em Washington que controlava assuntos de segurança internacional, pediu-me para efectuar uma missão sensível no estrangeiro. Eu recusei. No entanto, ele respondeu à minha pergunta: "Como é que Washington consegue que países estrangeiros façam o que Washington quer?"

"Dinheiro", disse ele. "Nós damos aos seus líderes sacos cheios de dinheiro. Eles pertencem-nos".

Verifica-se ser claro que a UE serve os interesses de Washington, não os interesses da Europa. Exemplo: o povo e o governo francês opõem-se aos alimentos geneticamente modificado (GMOs), mas a UE permite uma "cautelosa autorização de mercado" da introdução de GMOs, confiando talvez nas "descobertas científicas" dos cientistas que estão na folha de pagamentos da Monsanto. Quando o estado estado-unidense de Vermont aprovou uma lei exigindo a etiquetagem de alimentos GMO, a Monsanto processou o estado de Vermont. Uma vez que os subornados responsáveis da UE assinem o acordo TTIP escrito pelas corporações globais dos EUA, a Monsanto tomará o comando da agricultura europeia.

Mas o perigo para a Europa vai muito além da saúde dos povos europeus que serão forçados a jantar alimentos envenenados. Washington está a utilizar a UE para forçar os europeus a entrarem em conflito com a Rússia, uma poderosa potência nuclear capaz de destruir tudo da Europa e dos Estados Unidos em poucos minutos.

Isto está a acontecer porque líderes europeus subornados com "sacos de dinheiro" preferem antes o dinheiro de Washington a curto prazo do que a vida dos europeus a longo prazo.

Não é possível que qualquer político europeu seja suficientemente estúpido para acreditar que a Rússia invadiu a Ucrânia, que a Rússia a qualquer momento invadirá a Polónia e os estados bálticos, ou que Putin é um "novo Hitler" a tramar a reconstrução do império soviético. Estas alegações absurdas são nada mais que propaganda de Washington totalmente destituída de verdade. A propaganda de Washington é completamente transparente. Nem mesmo um idiota poderia nela acreditar.

Mas a UE vai em frente com a dita propaganda, tal como o faz a NATO.

Por que? A resposta é dinheiro de Washington. A UE e a NATO são absolutamente corruptas. Elas são as prostitutas bem pagas de Washington.

O único meio de os europeus poderem impedir uma III Guerra Mundial nuclear e continuar a viver e desfrutar o que resta da sua cultura que os americanos ainda não destruíram com a cultura de sexo, violência e cobiça dos EUA, é os governos europeus seguirem a pista do inglês e saírem da União Europeia criada pela CIA. E saírem da NATO, cujo propósito se desvaneceu com o colapso da União Soviética e que agora é utilizada como instrumento de Washington para a Hegemonia Mundial.

Por que desejarão os europeus morrer pela hegemonia mundial de Washington? Isso significa que os europeus estarão a morrer também pela hegemonia de Washington sobre a Europa.

Por que os europeus querem apoiar Washington quando altos responsáveis estado-unidenses, tais como Victoria Nuland, dizem "Foda-se a UE"?

Os europeus já estão a sofrer com as sanções económicas que o seu soberano em Washington os forçou a aplicar à Rússia e ao Irão. Por que desejarão os europeus serem destruídos pela guerra com a Rússia? Será que os europeus anseiam pela morte? Será que foram tão americanizados que já não apreciam a acumulação histórica de beleza artística e arquitectónica, realizações literárias e musicais de que os seus países são guardiões?

A resposta é que não faz diferença o que quer que seja que os europeus pensem, porque Washington estabeleceu para eles um governo que é totalmente independente dos seus desejos. O governo da UE é responsável só perante o dinheiro de Washington. Algumas pessoas capazes de emitir ordens (edicts) estão na folha de pagamentos de Washington. Todos os povos da Europa são servos de Washington.

Portanto, se os povos europeus permanecem os crédulos, indiferentes e estúpidos que são actualmente, estão condenados – juntamente com o resto de todos nós.

Por outro lado, se os povos europeus puderem recuperar o seu sentido da realidade, libertarem-se da Matrix que Washington lhes impôs e revoltarem-se contra os agentes de Washington que os controlam, os povos europeus podem salvar as suas próprias vidas e as vidas do resto da humanidade. 


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

Portugal. O DIABO À SOLTA, MAS SÓ LÁ PARA SETEMBRO



O caso das sanções, em que a direita se colocou desabridamente do lado da Comissão Europeia contra Portugal, cimenta a resposta do governo e da esquerda que o apoia.


Parece que Passos Coelho terá anunciado aos dirigentes do seu partido que em setembro o diabo aterrorizará este cantinho à beira mar plantado. É de supor que os ditos dirigentes deliraram com o anúncio, já lhes faltou o Armagedon do primeiro mês do governo, depois faltou-lhes o colapso do Orçamento, depois desvaneceu-se-lhes a encrenca parlamentar e ficaram com esta triste normalidade a que o país se vai habituando para horror dos chefes do PSD.

Passos Coelho funciona um pouco como Arnaldo Matos, o seu charme é garantir o apocalipse. Não para hoje, mas amanhã é certo. Será em setembro. Serão os bancos a pedir mais gastos ou será a Comissão Europeia a pedir menos gastos, alguém tem que por isto na ordem e o diabo de Passos Coelho chega na certa pelo equinócio.

Mas, como o líder do PSD não teve oportunidade de ir na 2ªf explicar a teoria da hecatombe ao Presidente, que pelo contrário proclama a bonança todos os dias, e a representante do PSD entreteve Marcelo Rebelo de Sousa com tranquilizantes garantias de paz e sossego, o país só pode ter ficado algo perplexo com este toca e foge, aliás repetido no fim de semana por Passos num lugar sempre propício a cantaroladas, o Chão da Lagoa. Temos portanto o diabo à solta, mas talvez: depende de quem o diz e pode ser que mais lá para o fim do verão que entretanto vamos de férias.

Marques Mendes, subtil como só ele, apresentou no domingo na SIC uma outra versão. Mais conspirativa, mais saborosa. É assim: António Costa, malandrim, quer eleições para se antecipar às dificuldades e para correr com o PCP, antes que seja tarde. Só que o PCP não vai na tramoia e, zás, aprova o Orçamento que Costa queria ver chumbado. Entendido? É um pouco sinuoso, mas a vida é assim. Temos portanto que, na versão Mendes, o diabo está na mão de Costa, mesmo que seja Passos quem o anuncie; em todo o caso, tanto Costa como Passos querem o tal do diabo, ou uma crise política das antigas, com intrigalhada, drama e gritos. Mas como não se passará nada, o diabo ficará retido dentro da sua lâmpada, para confirmação do augúrio do Dr. Marques Mendes, pois assim existe e não existe ao mesmo tempo.

Não estão a ver o filme, como diria um certo candidato a presidente, agora empossado. O caso das sanções, em que a direita se colocou desabridamente do lado da Comissão Europeia contra Portugal, cimenta a resposta do governo e da esquerda que o apoia – fornece uma “narrativa”, um adversário, uma causa e até promove uma alternativa. O calendário é excelente, pois em cada dia que passa até setembro, com o arrastamento da questão e o adiamento das sanções e multas e afins, a opinião pública só se pode aborrecer deste desígnio e desta perseguição e lastimar o desespero de quem quer repor a austeridade por via de cacete alheio. Se algum partido que apoia a maioria governamental se dedicasse agora a jogos florais, seria incompreendido.

O Dr. Mendes está portanto enganado, na opinião deste modesto escritor com poucos dotes para a demonologia: o governo não pode encenar uma saída do palco, tem pelo contrário que mostrar consistência e preparação, ou seja, tem que buscar alternativas consistentes para o Orçamento e é isso que o vai definir para os próximos anos.

*Bloco de Esquerda - Francisco Louçã - Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.

Portugal. Carvalho da Silva: “Uma vitória da esquerda é não ter ido no jogo da direita”



Ex-líder da CGTP diz que o funcionamento do Governo PS apoiado pelo PCP, BE e Verdes tem surpreendido muita gente, mas sublinha que é preciso não perder o espaço crítico à esquerda. E admite que no futuro os problemas vão ser “mais quentes”

valho da Silva acredita que o Governo de António Costa vai cumprir a legislatura caso prossiga com a perspetiva estratégica. Em entrevista ao jornal “i”, o antigo líder da CGTP admite, contudo, que os problemas vão tornar-se “mais quentes” no futuro.

“A conjugação entre o conjuntural e o estratégico tem de ser reforçada. Quanto mais se avançar no tempo, mais se vai tornar evidente a necessidade dessa conjugação entre o conjuntural e o estratégico”, afirma Carvalho da Silva ao diário.

Dirigindo críticas ao PSD e ao CDS, o antigo líder sindical frisa que na fase inicial do Executivo a direita tentou inviabilizar e depois descredibilizar a solução governativa, sem alcançar sucesso nessa tarefa.

“A direita está-se a sair mal nessa função e este último episódio das chamadas sanções também contribuiu para a perceção de que esse negativismo em que quer situar constantemente o país pode ser sacudido, isso é o mais relevante”, acrescenta.

Para Carvalho da Silva, o funcionamento do Governo PS apoiado pelo PCP, BE e Verdes tem surpreendido muita gente, criando um “novo sentimento na sociedade”. “Desde o início que digo que são, em muitos casos, pequenos passos corajosos de dignidade e um sinal à sociedade portuguesa de não-cedência à inevitabilidade do retrocesso”, sublinha, apontando para os casos dos subsídios aos colégios privados, a reposição dos subsídios de férias, dos feriados, e das 35 horas.

Para que o Governo cumpra a legislatura, Carvalho da Silva considera ainda que o “espaço crítico à esquerda não pode desaparecer” e que é preciso contornar as limitações da solução governativa. “Dificilmente o país consegue ter investimento se mantiver os encargos da dívida que tem. Se em cada ano temos que pagar 8,5 mil milhões de euros de encargos da dívida, não fica margem para haver investimento”, exemplifica.

A resolução dos “podres do sistema financeiro” são, na opinião de Carvalho da Silva, essenciais para que o país avance. “Sem isso é muito difícil encntrar conjugação de fatores que permitam o desenvolvimento, e por último, a necessidade de estancar a emigração e começar a reverter o saldo demográfico em Portugal”, conclui.

Expresso – Foto: Tiago Miranda

Eurodeputados querem retirar pensão a Durão Barroso – 132 mil euros por ano mais alcavalas



Um grupo de eurodeputados de todos os grupos políticos enviou a Jean-Claude Juncker um pedido formal para que seja retirada a pensão paga ao antigo presidente da Comissão Europeia. 

Em causa está o novo emprego de Barroso no banco Goldman Sachs.

A carta foi enviada a Jean-Claude Juncker, mas é o Tribunal Europeu de Justiça que vai analisar os argumentos elencados por estes parlamentares.

Entre os signatários desta petição encontramos, entre outros, o nome da eurodeputada portuguesa Ana Gomes.

Augusta Henriques – RTP Antena 1

132 mil euros por ano de pensão

Para além da pensão vitalícia de 11 mil euros por mês, o político português vai ainda receber subsídio de reintegração durante 3 anos. Subsídio que ronda os 200 mil euros.

Para além disso, o antigo primeiro-ministro vai ganhar também um salário extra de 25 mil euros, mais despesas de deslocação. (PG)

MORREU MONIZ PEREIRA... E O ZÉ GUSTAVO. A BANCA ESTÁ MORIBUNDA



Moniz Pereira faz presença nas manchetes da comunicação social portuguesa. Merece. O Zé Gustavo, que caiu do andaime, de uma altura de 6 andares, não é notícia. Também merecia mas… O Zé Gustavo foi operário da construção civil durante mais de trinta anos. Construiu prédios e casas para centenas ou talvez milhares de portugueses, sempre com retribuição miserável e, ainda por cima, sem o reconhecimento devido. É a vida. Esta vida porca e de valores incompreensíveis. Ou até mesmo compreensíveis se atentarmos na sociedade putrefacta em que sobrevivemos nesta vida em que abunda a porca miséria. Moniz e Zé Gustavo, RIP. Muito obrigado por terem existido e terem partilhado com tantos de nós a vossa sabedoria, a vossa mão-de-obra, produtora de abrigos, confortos e felicidades.

Outro assunto, que não vai encontrar aqui neste Expresso Curto do descendente de cristãos novos e diretor do Expresso, Martim Silva, (bem diz o meu companheiro do PG Carlos Tadeu que no Expresso Curto quase só escrevem os diretores, e tantos que são!). Adiante.

Anda por aí a constar que o Expresso “perdeu” os Papéis do Panamá… Algo assim. Afinal, pesquisando, concluímos que não. O Expresso afirma em comunicado de Abril ou Maio deste ano que só em 2017 é que vamos saber os nomes, por exemplo, dos do Saco Azul do BES. Os nomes de eventuais jornalistas comprados pelo Espírito Santo, em nome do pai e da desonestidade do Ricardo. Ricardo que continua bem na vida e os outros que se lixem. Ricardo que continua em liberdade, ao contrário dos que estão na cadeia por furtos de caracacá. Mas esses são os reles, os plebeus, os trabalhadores desempregados, etc. Os das elites são impunes… Pois.

Que a banca está moribunda? Natural. Vão lá aos paraísos da bagalhoça que o dinheirinho e outros valores estão lá todos. Que até o Deutsche Bank está mal na vida das “imparidades” e disto e daquilo… Pois. Mas os ricos estão mais ricos. Milagre? E os pobres estão mais pobres. Deus não está com eles, com os plebeus. Provavelmente também é banqueiro, por isso está com os seus… capangas. Banca moribunda significa que nos vão roubar ainda muito mais para entregar aos banqueiros.

Agnóstico. Pois. Quando se começa a pensar a sério é para o que dá.

Ainda sou do tempo em que não era assim tão fácil roubar bancos. Agora qualquer banqueiro facilmente rouba e nós pagamos. Que negócio tão lucrativo e recheado de impunidade!

Bom dia. Boa semana. Não é recomendável acordar com o traseiro destapado à segunda-feira. Pois. Vai ser uma semana tramada. O costume.

Vamos à boa peça do diretor Martim. Aplicou-se.

Mário Motta / PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Martim Silva – Expresso

Morreu o Sr. Atletismo

Bom dia,

Hoje é o primeiro dia de agosto. A data que em Portugal mais simboliza no nosso imaginário a partida para férias. A data da silly season na política.

Mas este 1 de agosto fica marcado pela notícia da morte, na última noite, de Mário Moniz Pereira, o Sr. Atletismo, o grande responsável pelo facto do meio-fundo e fundo em Portugal, seja em corta-mato, estrada ou pista, ter dado tantos e tantos títulos a Portugal. Ironicamente, uma morte que chega a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, a festa maior do desporto e do atletismo. A notícia foi avançada pelo site do seu clube de sempre: "O Sporting CP lamenta informar a morte do Professor Mário Moniz Pereira, com 95 anos, pelo qual está de luto. O Professor Mário Moniz Pereira é o símbolo máximo do ecletismo do Sporting CP e desporto nacional".

Muito se escreveu já e mais se vai escrever sobre o assunto. O meu grande destaque é para este texto, publicado no Expresso já vai para 16 anos, e que traça um perfil do treinador de atletismo e compositor (escreveu para Carlos do Carmo e Maria da Fé, por exemplo): «Levar um atleta a tornar-se campeão europeu, mundial ou olímpico é inexplicável. É como a música. Começa-se com uns acordes ao piano e acabamos a ver uma orquestra a tocar o que fizemos. É como o nascimento de um filho».

As reações à morte de Moniz Pereira têm vindo de todo o lado e hoje devem continuar a surgir nos media nacionais. Nos jornais, são hoje os desportivos a dar maior destaque à notícia, que aparece discreta nas capas dos jornais generalistas.

Agitada, muito agitada, continua a situação na banca nacional.

Ontem mesmo foram conhecidos os resultados do Novo Banconeste primeiro semestre. E as contas mostram um prejuízo de 362 milhões de euros, um aumento de mais de 100 milhões face ao ano passado.

Nem a brincar, hoje ‘entra ao serviço’ na presidência do banco António Ramalho, que substitui Stock da Cunha no lugar. E já se sabe que o novo modelo de governação vai fazer com que o Novo Banco passe a ter um chairman.

O Público dá hoje destaque à situação do banco que restou do colapso do Espírito Santo, dizendo na primeira página que “Haitong propôs ao Banco de Portugal solução para Novo Banco à margem do concurso público”. E acrescenta: “José Maria Ricciardi, presidente do Banco Haitong (antigo BESI), informou o Fundo de Resolução de que este banco, associado a outros investidores, pode avançar com oferta de capitalização e de aquisição parcial do Novo Banco”.

Ainda na banca nacional, e ainda com chineses à mistura, depois danotícia de sábado dando conta da vontade da Fosun de adquirir até 30 por cento do BCP, o Jornal de Negócios titula hoje na capa que “Está feito: chineses vão mandar no BCP - Fosun disposta a gastar 500 milhões para ficar a maior accionista do banco”.

E como não há duas sem três, depois de falarmos do BCP e do Novo Banco, agora é a vez da Caixa Geral de Depósitos.

Ainda sobre o processo de recapitalização, Passos afirmou ontemesperar que o montante não venha a ensombrar as contas do défice.

No Expresso semanal, o tema CGD teve grande destaque. Com três notas principais: este trabalho sobre a nova administração e quem são os nomes que vão mandar no banco público. Esta notícia que mostra como o governo e as autoridades nacionais estão confiantes no ok das autoridades internacionais ao plano de recapitalização da Caixa. E ainda esta, que sublinha como mesmo com o ok ao plano, há muitas críticas e reparos sobre a nova equipa da Caixa.

Finalmente, o Banco Popular e o Novo Banco pediram a insolvência da Ongoing.

OUTRAS NOTÍCIAS

CÁ DENTRO,

A invasão da pista do aeroporto de Lisboa por cinco argelinos foi uma das notícias do fim de semana. Os homens iam num voo para Cabo Verde, e aproveitaram a escala em Lisboa para, ao que parece, tentarem uma entrada ilegal no espaço europeu. A situação já serviupara, numa das suas raras aparições públicas, a ministra da Administração Interna vir garantir que o caso nada teve que ver com atos de terrorismo nem nada que se pareça.

Em tempo de verão e de férias, e no dia em que entram em vigordescontos em algumas portagens nas antigas SCUT, eis algunsconselhos de segurança bem úteis deixados pela nossa polícia, como o de que colocar fotos das suas férias nas redes sociais pode não ser assim grande ideia.

Aqui pode perceber melhor quais são os destinos de férias preferidos dos portugueses. E aqui deixamos sugestões de boas apps para descarregar se for viajar e quiser deixar os mais pequenos bem distraídos no banco de trás enquanto conduz o carro.

Lembra-se daquele vídeo viral que mostrava um adepto da seleção francesa a ser consolado por um menino vestido com a camisola da seleção nacional? Pois a convite do Turismo de Portugal, os dois vieram ao nosso país.

Ainda à volta da seleção e do Euro, estes dados mostram como o feito da equipa de Ronaldo e Fernando Santos está a trazer mais turistas ao nosso país (e, já agora, à Islândia).

Luís Onofre é o responsável por uma marca de sapatos de luxo em Portugal. E agora este criador propõe-se… aumentar 3 cêntimetros os seus clientes.

Na edição de agosto, a revista Exame olha para os mais ricos de Portugal. No topo da lista continua Américo Amorim, o rei da cortiça. Aqui pode ler o essencial de uma entrevista concedida em 2013 e que agora republicamos.

Da edição desta semana do Expresso é a entrevista com o economista Erik Reinert, em que se mostra muito crítico com o Euro, dizendo que só a Alemanha lucra com a moeda única.

Também desta edição do Expresso, destaco esta entrevista sobre o drama e o horror da mutilação genital feminina.

LÁ FORA,

O Papa Francisco encerrou as jornadas mundiais da juventude, que este ano decorreram na Polónia, e aproveitou para anunciar que as próximas serão no Panamá, em 2019.

Nos EUA, as datas para os quatro debates presidenciais entre Hillary e Trump já são conhecidas e … já estão a dar polémica. O primeiro deles será no meu dia de aniversário.

E este fim de semana um tiroteio no Texas fez várias vítimas.

No Japão, uma mulher foi eleita pela primeira vez governadora de Tóquio.

Quase três mil pessoas morreram vítimas dos ataques aéreos russos na Síria.

O Financial Times noticia um estudo que alerta para o risco de utilização de drones como hackers.

DESPORTO

Ontem foi dia de subida à Senhora da Graça na Volta a Portugal em bicicleta e o primeiro a chegar foi o espanhol Gustavo Veloso, o vencedor da prova nacional nos dois últimos anos.

Benfica e Porto estiveram ontem em ação, nos últimos ensaios antes de a época começar a sério. Os encarnados perderam em Lyon por três a dois, enquanto os portistas foram a Guimarães ganhar por dois a zero (com mais dois golos de André Silva, que deve estar a um passinho de ser chamado à seleção nacional).

E o Brasil levou a melhor sobre Portugal no Mundialito de futebol de praia.

Nas transferências, o benfiquista Sílvio vai jogar para os ingleses doWolverhampton.

E na Fórmula 1, o britânico Lewis Hamilton venceu na Alemanha o seu quarto grande prémio seguido, engrossando o favoritismo para a vitória no Mundial.

FRASES

“Não há político que tenha coragem para falar a verdade e contar tudo aos portugueses”, Miguel Sousa Tavares, em entrevista ao Diário de Notícias

“O espaço crítico à esquerda do governo não pode desaparecer”,Carvalho da Silva, ex-líder da CGTP, ao i

O QUE ANDO A LER

A propósito dos Jogos Olímpicos, ou melhor, a propósito do Rio de Janeiro nas vésperas de começarem os Jogos Olímpicos (a cerimónia de abertura está marcada para as onze da noite da próxima sexta-feira, hora de Lisboa), vale a pena ler este texto que foi capa da Revista do Expresso “Rio apesar de você”.

Imperdível é este texto de Henrique Monteiro, que alia cultura e humor, a propósito do uso de vernáculo e palavrões: “Este texto é do pénis ou, se preferirem, do órgão reprodutor masculino, porque é um texto de certa cultura sobre palavras escondidas que tendem a ficar vulgares ou ordinárias depois de os jornais darem relevo de título a palavrões utilizados a propósito do Campeonato da Europa de Futebol”. Vá ler.

Duas longas entrevistas, bem diferentes, merecem um olhar atento.

A de Teodora Cardoso, economista do Banco de Portugal e presidente do Conselho de Finanças Públicas, aqui.

E a de Fernando Gomes, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que conseguiu um inédito Europeu para Portugal, aqui.


Antes de terminar, três sugestões de bem interessantes livros de história:

"Europa, a luta pela supremacia - de 1453 aos nossos dias", de Brendan Simms, das Edições 70

"Reinos desaparecidos", de Norman Davies, igualmente das Edições 70

"Guerra, para que serve?", de Ian Morris, da Bertrand Editora.

Tenha uma boa segunda-feira.

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