domingo, 19 de fevereiro de 2017

Angola. MANUEL VICENTE DESCONHECE ACUSAÇÃO DA “OPERAÇÃO FIZZ”



Advogado Rui Patrício diz que o seu cliente não foi informado nem notificado e que isso põe em causa a validade do processo.

Acusado de corrupção pelo Ministério Público português, Manuel Vicente terá ficado surpreendido pelo desfecho da “Operação Fizz”. O vice-presidente angolano não foi informado ou notificado sobre o processo, garantia dada pelo seu advogado, Rui Patrício.

“Muito me espanta que o meu constituinte possa ter sido acusado, não só porque nada tem a ver com os factos do processo, mas também porque nunca foi sequer ouvido”, respondeu por escrito aos jornalistas o advogado, num documento citado pela Lusa.

De acordo com Rui Patrício, em causa está a violação de uma obrigação processual fundamental, o que “invalida o processo”.

Manuel Vicente foi ontem acusado, pelo Ministério Público português, no âmbito da “Operação Fizz”, de corromper o antigo procurador Orlando Figueira com EUR 760 mil para que este arquivasse dois processos em que o vice-presidente de Angola estava a ser investigado.

Numa nota da procuradoria-geral da República de Portugal, Manuel Vicente, à data dos factos presidente da Sonangol, é ainda suspeito de branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

O antigo homem forte da Sonangol será notificado do despacho de acusação por carta rogatória a ser enviada às autoridades angolanas. Só então o Ministério Público português pronunciar-se-á sobre as medidas de coação a aplicar.


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