Líder
do MDM considera que o diálogo vai privilegiar somente interesses da Frelimo e
da Renamo
O
presidente do MDM, Daviz Simango, diz que o novo modelo de diálogo é uma
armadilha para os moçambicanos e que os resultados que serão obtidos do mesmo
serão uma espécie de uma bomba-relógio.
“Criar
comissões ignorando o essencial que é a revisão da Constituição da República, a
redução dos poderes do Chefe de Estado, a eleição dos governadores, a autonomia
político financeira dos magistrados faz com que estejamos a adiar o problema
dos moçambicanos, a promover uma bomba que a qualquer momento poderá explodir”,
disse o líder do MDM.
Daviz
Simango mostrou-se preocupado pelo facto dos mesmos não envolverem outras
forças políticas e organizações da sociedade civil, facto que, para ele, poderá
no futuro criar outros impasses. Simango reitera ainda que o diálogo em curso
pode estar a acomodar apenas os interesses de dois partidos e não de toda a
nação.
O
presidente do MDM voltou a afirmar que acordos telefónicos entre o Presidente
da República e o líder da Renamo não são suficientes para uma paz efectiva.
“Deve
haver um acordo escrito, algo comprovado por mediadores, um contacto
transparente. Caso isto não ocorra, iremos continuar no mesmo processo de
ontem, onde se assinavam acordos mas por detrás os conflitos continuavam”.
Simango
mostrou-se também preocupado pelo facto de os dois partidos continuarem armados
e não se ter um plano concreto para se resolver este impasse.
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