Apresentação
de Martinho Júnior | Luanda
OS
PROGRESSISTAS DE TODO O MUNDO DEVEM A PARTIR DE SUAS TRINCHEIRAS, POR MAIS
MODESTAS QUE ELAS SEJAM, ESTENDER A ONDA DE SOLIDARIEDADE AO REDOR DA
INICIATIVA DO PRESIDENTE MADURO EM RELAÇÃO À CONSTITUINTE NA VENEZUELA
BOLIVARIANA, QUE ABRE A VIA DA PAZ, ÚNICO GARANTE CAPAZ DE ESTIMULAR A LUTA
CONTRA O SUBDESENVOLVIMENTO. E TODO O TIPO DE DESEQUILÍBRIOS HUMANOS E
AMBIENTAIS NA TERRA!
OBSTRUIR
POR TODOS OS MEIOS ESSA LUTA, COM AS ACÇÕES VIOLENTAS QUE A HEGEMONIA UNIPOLAR
DELIBERADAMENTE FOMENTA, É ALGO QUE OS ANGOLANOS, TENDO EM CONTA A VIVÊNCIA DO
CHOQUE NEOLIBERAL PROTAGONIZADA POR SAVIMBI, ENTENDEM E POR ISSO OS ANGOLANOS
DEVEM JUNTAR A SUA VOZ AOS PROGRESSISTAS DE TODO O MUNDO PARA QUE A VENEZUELA
BOLIVARIANA E TODA A AMÉRICA LATINA, ALCANCE A PAZ A FIM DE SE PODER ERGUER
INDEPENDENTE, SOBERANA E DEMOCRÁTICA, DE FORMA A CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR
PARA TODOS OS SEUS POVOS!
NA
VENEZUELA BOLIVARIANA A EMERGÊNCIA MULTIPOLAR TEM TODOS OS SENTIDOS POSTOS,
POIS OS RELACIONAMENTOS SÃOS ENTRE AS NAÇÕES, OS ESTADOS E OS POVOS, É UM
PATRIMÓNIO COMUM QUE URGE DEFENDER CONTRA AS OBSTINADAS INGERÊNCIAS DA
HEGEMONIA UNIPOLAR!
CONSTITUINTE
Publicado
em 06 de maio, 2017
Elías
Jaua Milano
Ante
a decisão de uma parte da oposição venezuelana de abandonar o espaço da
política democrática, escolhendo o caminho da violência e da intervenção
estrangeira, o Presidente Nicolás Maduro tomou a iniciativa constitucional de
convocar a uma nova etapa do processo constituinte convocado inicialmente por
nosso Comandante Chávez, desde 1999, como a opção que possibilita uma via
eleitoral em todas as ordens e que resolve o problema da injustificável negação
da oposição a dialogar com o governo legítimo e legal da República.
O
objetivo é obter um novo desencadeante histórico, como o ocorrido em 1998,
quando escolhemos a nosso Comandante Chávez, que permita a nosso povo seguir o
rumo pacífico das transformações profundas que necessita nossa sociedade,
deixando de lado as ameaças de golpe de Estado, guerra civil ou intervenção
estrangeira.
A
convocatória do Presidente Maduro tem ocupado a agenda política nacional,
isolando cada dia mais aos violentos. No fragor do debate tem surgido as
primeiras interrogantes, que tentarei responder neste artigo:
1.
O que é o Poder Constituinte?
O
primeiro pensador que lhe dá corpo teórico à noção de poder constituinte, é o
francês Emmanuel Sieyes, que em 1788, no marco da pré-revolução francesa
postula que a Nação, entendida como vontade comum, é depositária de um poder
originário a partir do qual se constituem os poderes do Estado, por isso o
chama Poder Constituinte.
2.
O que é a Assembleia Nacional Constituinte?
É
o espaço jurídico onde os representantes escolhidos pelo poder constituinte se
encontram para acordar a convivência social e a normativa jurídica que a rege,
a Constituição.
3.
Existe a figura na Constituição da República Bolivariana da Venezuela?
Nossa
Constituição Bolivariana, resultante do processo constituinte liderado pelo
Comandante Hugo Chávez, reconhece em seu artigo 347, que existe um poder
originário.
4.
Quais são suas funções?
Transformar
o Estado, criar um novo ordenamento jurídico e redigir uma nova Constituição.
5.
Por que se convoca neste momento?
Para
promover um grande diálogo nacional, que freie a escalada de violência
promovida por parte da direcção opositora, preserve a Independência e a paz da
República e deixe sentadas as bases constitucionais de um modelo social onde
possamos viver todos e todas com reconhecimento mútuo, igualdade, justiça, paz
e dignidade.
6.
Pode o Presidente da República convocar à Assembleia Nacional Constituinte?
O
artigo 348, da nossa Constituição de 1999, estabelece que o Presidente da
República, a Assembleia Nacional; os Conselhos Municipais ou os cidadãos e
cidadãs podem tomar iniciativa de convocá-la. Neste caso o Presidente Nicolás
Maduro tomou a iniciativa.
7.
Como se escolhe a seus membros?
Por
voto universal, secreto e direto.
8.
Por que o Presidente Maduro propõe que haja dois âmbitos de eleição,
territorial e setorial?
Dado
que nossa Constituição Bolivariana de 1999 reconhece o caráter multiétnico e
pluricultural de nossa sociedade e estabelece o papel participativo e
protagónico que devem ter os setores sociais, no exercício da democracia,
considera-se pertinente a eleição por setores, além da eleição territorial.
É
por isso que o Presidente tem exposto que os principais setores sociais devem
escolher seus constituintes de maneira específica e também no âmbito
territorial. Todos e todas vamos votar.
9.
Sob que critério se escolhem os setores?
Considerando
que existam registros institucionais, históricos, confiáveis e verificáveis que
garantam o princípio de universalidade do respectivo setor.
10.
Como se postulam os candidatos?
Nos
2 âmbitos se fará por iniciativa própria, com o aval de um número de
assinaturas cidadãs, que fixará o Poder Eleitoral.
11.
A dualidade do voto é discriminatória?
Não,
porque priva o princípio de que cada pessoa tem tantos votos como cargos haja
para escolher em seu circuito. Tal como ocorre nos circuitos plurinominais e
nos circuitos indígenas.
12.
Podem seguir funcionando os poderes públicos constituídos uma vez que entre em
funcionamento a Assembleia Nacional Constituinte?
Podem,
mas em forma alguma poderá opor-se às decisões da Assembleia Nacional
Constituinte, tal como o expressa o artigo 349 de nossa Constituição de 1999.
13.
A Assembleia Nacional Constituinte redige uma nova Constituição?
Sim,
aprofundando e ampliando as bases doutrinárias de Independência, Soberania,
Democracia Participativa e Protagônica, pluriculturalidade, economia mista e
igualdade social consagradas em nossa Constituição Bolivariana.
14.
O que se debaterá na Assembleia Nacional Constituinte?
A
Assembleia Nacional Constituinte fixará sua agenda de discussão em base às
prioridades nacionais. Entretanto o Presidente como convocado, tem proposto 9
linhas programáticas para o debate constituinte: A paz como necessidade, direito
e desejo da Nação; O aperfeiçoamento do sistema econômico nacional para a
Venezuela Potencializa; Constitucionalizar as Missões e Grandes Missões
Socialistas; A ampliação das competências do Sistema de Justiça, para erradicar
a impunidade dos delitos; Constitucionalização de novas formas da Democracia
Participativa e Protagônica; A defesa da Soberania e a Integridade da Nação e
amparo contra o intervencionismo estrangeiro; Reivindicação do caráter
pluricultural da Pátria; A garantia do futuro, nossa juventude, mediante a
inclusão de um capitulo constitucional para consagrar os direitos da juventude
e a preservação da vida no planeta.
Na
mais pura tradição bolivariana de convocar à soberania popular para limpar o
horizonte da Pátria, vamos a Constituinte pela paz e o futuro de nossa
juventude. Que Deus e o povo nos acompanhem.
A
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