O
secretário-geral da CGTP defendeu hoje que é preciso dar centralidade ao
trabalho e aos trabalhadores para o país se desenvolver, sugerindo que o
primeiro-ministro substitua "a bicicleta por uma mota" para o país
crescer mais depressa.
Em
declarações aos jornalistas, em Lisboa, antes de começar a manifestação da
plataforma sindical, Arménio Carlos defendeu que a Confederação Geral dos
Trabalhadores Portugueses (CGTP) tem de estar centrada nos trabalhadores e
afirmou que a sua preocupação é o Orçamento de Estado para 2018.
Nessa
matéria, Arménio Carlos afirmou que a contratação coletiva é "uma questão
inevitável" a ser discutida no próximo Orçamento de Estado, acusando as
confederações patronais de quererem usar a caducidade da contratação coletiva
para destruir os direitos dos trabalhadores.
"Não
basta dizer que se muda, é preciso mudar", sustentou o secretário-geral da
CGTP.
Outra
das matérias que Arménio Carlos quer ver alteradas é a "legislação laboral
do tempo da 'troika'", apontando que, apesar do país estar numa situação
mais favorável, o Governo tem de alterar a atual legislação laboral de modo a
ir mais ao encontro dos direitos dos trabalhadores.
Negou,
por outro lado, que a manifestação de hoje seja uma "prova de vida"
da confederação de trabalhadores, justificando que ainda há questões pelas
quais os trabalhadores têm de lutar.
"Se
os trabalhadores não se manifestarem connosco corremos o risco de o Governo se
deixar ficar à sombra dos resultados que tem obtido", disse Arménio
Carlos.
O
dirigente sindical aproveitou ainda para deixar um recado a António Costa - que
há uma semana comparou a economia a uma bicicleta que é "necessário
continuar a pedalar" para que não pare - sugerindo ao primeiro-ministro
que, em vez de uma bicicleta, se use uma motorizada para conseguir fazer o país
crescer ainda mais depressa.
Milhares
de pessoas participam na manifestação da CGTP que, cerca das 15:30, começou a
abandonar a Rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, em direção aos
Restauradores.
Lusa
| Notícias ao Minuto
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