O
secretário-geral do PCP acusou este sábado o PS, PSD e CDS-PP de terem
conduzido políticas de "desastre nacional" com o discurso de que era
preciso acabar com as "gorduras do Estado".
Intervindo
num almoço da candidatura autárquica a Vila Franca de Xira, Jerónimo de Sousa
criticou as "políticas desastrosas" que ao longo dos anos promoveram
"o desmantelamento da administração pública e degradou todas as funções do
Estado, incluindo as funções de soberania, incluindo a segurança e a defesa com
as consequências também agora em Tancos e o roubo de material de guerra".
"Como
é que foi possível, perguntam. Foram políticas conduzidas por sucessivos
governos do PS, PSD e CDS e que tiveram no Governo anterior do PSD/CDS e no seu
discurso sobre as 'gorduras do Estado' o mais acabado exemplo dessa política de
desastre nacional", acusou Jerónimo de Sousa.
O
secretário-geral comunista centrou depois as críticas nos líderes atuais do PSD
e do CDS-PP, afirmando que tais políticas foram conduzidas pelos "mesmos
que agora proclamam aos sete ventos, como o fazem Passos e [Assunção] Cristas,
que o Estado falhou". "Eles que mandaram a pedra e agora escondem a
mão", acusou.
Para
o secretário-geral do PCP, "não foi o Estado que falhou", foi quem em
seu nome "decidiu políticas contrárias ao interesse nacional", a
"política de direita" que "Passos, [Paulo] Portas e Cristas, sua
ministra da Agricultura, aplicaram também com tanto zelo e em relação à qual o
Governo do PS tem dificuldades de se descolar".
"A
política do cortar em série e de guerra aos trabalhadores da Administração
Pública, à justiça, às forças de segurança, aos militares. A política do saem
dois e não entra nenhum, a política de centralização que liquidou estruturas
necessárias à orientação da floresta", disse.
Segundo
Jerónimo de Sousa "há responsabilidades outras a apurar" mas
"nem Passos, nem Cristas, nem a política de direita de anos e anos podem
passar impunes desta situação e do apuramento das suas responsabilidades".
"Não acusem, admitam que podem ser responsabilizados por aquilo que
fizeram no Governo", disse, aplaudido pelos militantes comunistas e apoiantes
da CDU.
Lusa
| em TSF
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