Gustavo Sampaio | Económico
Foi
desvendado o mistério: os criadores da página "Os Truques da Imprensa
Portugal" são Pedro Bragança (arquitecto) e João Marecos (advogado). Em
entrevista conjunta (e por escrito) ao "Jornal Económico" recusam
assumir a função de "provedores do leitor 'online'", dizendo que
apenas formam uma "comunidade de leitores". E prometem manter a
"vigilância" sobre a comunicação social.
O
que é que vos motivou a criarem a página “Os Truques da Imprensa Portuguesa”?
Os “Truques” começaram por ser mais uma pequena página de Facebook. Propunha-se a reagir à forma como alguma imprensa intervinha intencionalmente na agenda mediática em Portugal. Não tínhamos um plano. Todas as páginas nascem com o tamanho dos seus autores. Assim foi com “Os Truques”: não éramos nada mais que nós, anónimos sob qualquer perspectiva, a escrever o que queríamos para um pequeno grupo de pessoas, como qualquer pessoa que nos lê o pode fazer. Com a evolução da página, esta tornou-se muito maior do que nós: passámos a ter seguidores, os nossos alertas sobre notícias passaram a ter impacto e um alcance tremendo. Com esse processo de evolução, fomos pensando e expondo na página os princípios a que aderíamos, o propósito que assumíamos, enfim: fomos criando as normas que guiam o nosso, agora sim, projeto. Um projeto público na sua propriedade e comunitário na sua orgânica. O que a página será, no futuro, é incerto. O que é hoje, é claro: o maior agregador de crítica de imprensa em Portugal. Como toda a crítica, há quem concorde ou quem discorde. Mas não vendemos factos, que são ou não são: construímos e oferecemos pontos de vista, que são os nossos, necessariamente enquadrados pela nossa realidade, necessariamente subjetivos, e que podem ser aceites ou rejeitadas por quem os lê.
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