quinta-feira, 23 de março de 2017

AS RELAÇÕES OTAN-RÚSSIA: RESQUÍCIOS DE UMA GUERRA FRIA


O cenário internacional pode estar caminhando para uma “nova Guerra Fria”? A velha rivalidade tem se mostrado presente nas políticas externas das potências e conduzindo ao desgaste da diplomacia OTAN-Russia.

Dani Melo – Outras Palavras

Os recentes episódios relacionados ao aumento da presença militar da OTAN no Leste europeu, aos conflitos na Síria e ao rearmamento russo mostram que o pensamento político das potências ainda resgata a rivalidade da era bipolar. Em fevereiro de 2016, na Conferencia de Munique, o primeiro ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou o desgaste das relações russas com o Ocidente e declarou estar numa nova era da Guerra Fria. A OTAN tem instigado esse confronto ao continuar enviando suas tropas muito próximas à fronteira e à base naval russa de Kaliningrado. Só em janeiro desse ano, 1200 soldados alemães se deslocaram para uma base militar na Lituânia e cerca de 3.ooo soldados do exército americano, tanques e helicópteros Apache e Black Hawk foram mobilizados para compor a segurança dos países aliados na Europa Oriental.

Mesmo com o fim da URSS, a OTAN não deixou de revelar sua insegurança quanto ao futuro da Rússia. As percepções de desconfiança trazidas pela era bipolar permanecem sólidas e acabam interferindo nas políticas externas das partes envolvidas. Primeiro, a Aliança incitou uma ambiente de tensão ao se engajar numa política de portas abertas que inclui novos membros do Leste como a Polônia, República Tcheca e Hungria. Mais tarde, em 2008, outro capítulo de apreensão do pós-guerra fria surgiu quando os membros da OTAN não reconheceram a legitimidade das intervenções russas no conflito da Geórgia e da Ucrânia. O Ocidente priorizava um discurso que assegurasse a soberania dos antigos territórios soviéticos e evitasse qualquer “pretensão neoimperialista” russa. Por fim, a mais recente onda de conflitos na Síria, colocou a Rússia e o Ocidente em lados opostos e num iminência possível de um confronto direto. O governo de Bashar al-Assad recebeu o apoio russo, por um lado, e críticas ocidentais, por outro, principalmente com os bombardeios russos sobre os rebeldes na região.

O GRANDE TRÂNGULO ESTRATÉGICO QUE ESTÁ MODIFICANDO O MUNDO


Federico Pieraccini - Strategic Culture - Tradução: btpsilveira

Importantes mudanças mundiais estão acontecendo dentro do grande triângulo estratégico em curso entre Rússia China e Irã, enquanto o resto do mundo continua perdendo tempo tentando decifrar ou assimilar a nova presidência Trump.
  
Distante do atual caos nos Estados Unidos, grandes acontecimentos estão acontecendo a pleno vapor, com Irã, Rússia e China coordenados em uma série de movimentos significativos para o futuro do continente eurasiano. Com uma população total de mais de cinco bilhões de almas, que constituem cerca de dois terços da população do planeta, o futuro da humanidade passa obrigatoriamente através dessa área imensa. Apontando para uma mudança de grande magnitude na ordem mundial que se baseia atualmente na Europa e nos Estados Unidos, em direção a mundo multipolar monitorado pela China, Irã e Rússia, os estados eurasianos estão se preparando para um papel de liderança no desenvolvimento desse enorme continente. Como parte dos desafios que deverão enfrentar os líderes desses países multipolares, os eventos prejudiciais que se originam na ordem mundial Euro/Atlântica construída depois da Segunda Grande Guerra mundial terão que ser encarados.

Analisando os principais projetos do continente eurasiano, uma coisa que se destaca é o papel da China, Rússia e Irã nas diferentes áreas sob sua influência. O projeto One Belt, One Road (um cinturão, uma estrada, também conhecido como OBOR – ntrad) que foi proposto por Pequim (com investimento de cerca de um trilhão de dólares dentro dos próximos dez anos); a União Econômica Eurasiana (Eurasian Economic Union – ntrad) proposta por Moscou para integrar as antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central e o papel do Irã no Oriente Médio como esforço para trazer de volta a estabilidade de prosperidade para a região – são todos de importância crucial para o desenvolvimento eurasiano. Claro que possuindo uma perspectiva multipolar, todos estes projetos convergem totalmente, e requerem desenvolvimento conjunto e coordenado para que resultem realmente no sucesso do continente eurasiano.

Brasil. RABO PRESO DO GOVERNO COM FISCAIS MATA FRIGORÍFICOS




CARNE CONTAMINADA

Michel Temer tem um ministro da Justiça, chamado Osmar Serraglio, que até ontem estava escondido e vinha evitando aparições públicas; o motivo é sua ligação com a máfia dos fiscais agropecuários; como, segundo a Polícia Federal, os fiscais arrecadavam propina para o PMDB, de Temer e Serraglio, e para o PP, do ministro Blaro Maggi, o Palácio do Planalto ainda não conseguiu reagir ao desastre da Operação Carne Fraca, que já causa prejuízos diários de US$ 63 milhões – ou R$ 200 milhões/dia – ao Brasil; segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR), "se tivéssemos governo no Brasil, estaríamos fazendo a investigação da investigação"; enquanto isso, frigoríficos paralisam suas unidades e ruralistas, que apoiaram o golpe de 2016, sofrem grandes prejuízos

247 – A Operação Carne Fraca, deflagrada há poucos dias pela Polícia Federal, já representa um dos maiores desastres econômicos da história do País. As exportações brasileiras de proteína animal caíram a zero, provocando prejuízos de US$ 63 milhões – ou quase R$ 200 milhões – por dia.

Até agora, a única reação de Michel Temer foi levar embaixadores a uma churrascaria de carnes importadas, num plano fracassado, e classificar como "espetáculo" a ação da Polícia Federal.

Temer não pode reagir com mais firmeza por uma razão simples. Seu ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que foi indicado ao cargo por ninguém menos que Eduardo Cunha, chamava o líder da máfia dos fiscais de "grande chefe". Até ontem, ele estava desaparecido e só fez uma reaparição rápida na posse de Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal.

Além disso, segundo a Polícia Federal, os fiscais arrecadavam propina para o PMDB, de Temer e Serraglio, e para o PP, do ministro Blaro Maggi. Ou seja: Temer é refém do que a PF ainda pode vazar. 

Para o senador Roberto Requião (PMDB-PR), "se tivéssemos governo no Brasil, estaríamos fazendo a investigação da investigação" (leia aqui).

Para piorar, o Brasil tem hoje um chanceler, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que também está na lista de Janot e não é respeitado nem pelos vizinhos mais próximos. Com o golpe, não custa lembrar, o Brasil se tornou um anão diplomático.

Ou seja: Temer não tem credibilidade no exterior, nem força para enfrentar a questão da carne internamente.

Enquanto isso, frigoríficos paralisam suas unidades e ruralistas, que apoiaram o golpe de 2016, sofrem grandes prejuízos.

Brasil 247

UM COMENTÁRIO ACERCA DOS “BARÕES DA DROGA” NA GUINÉ-BISSAU


Abdulai Keita, opinião  

I – Nota de partida

Li com muita atenção o artigo da opinião cá indicado, intitulado “o que é e como atua um Barão da Droga? Em defesa de José Mário Vaz e Braima Camará”, da autoria de Sr. Maram Sani (Cif., http://guineendade.blogspot.ch/ 2017/03/opi niao-o-que-e-e-como-atua-um-barao-da.html#comment-form; acessado, 22.03. 2017). E o que eu tenho a dizer neste debate em jeito de um rápido comentário, é o seguinte que segue no subsequente, concluído por uma resposta definitiva, endereçada a este autor e além.
  
II – Comentário

A Guiné-Bissau é a Guiné-Bissau, tal e qual. Eu sou bissau-guineense e orgulho-me muito de ser bissau-guineense. E é a partir desta posição que me digo. Para servirmos bem hoje este país, temos que saber muito bem PARTIR DA NOSSA REALIDADE E SERMOS BEM REALISTAS (parafraseando camarada Cabral). No sentido de termos e metermo-nos bem na cabeça, para se ter a ideia clara de quem somos nós no atual contexto e quadro do mundo globalizado ou em globalização. O que podemos, devemos e, o que não podemos e não devemos permitir-nos, neste contexto e quadro, nunca, mas nunca mesmo. Sobretudo no exercício das funções políticas neste nosso país querido do Povo Bom e, consequentemente, empreendimento e execuções de ações decorrentes de tais funções.

Quero dizer, é, que isso significa que, nós temos que saber bastante bem que somos UM PAÍS PEQUENINO DE ÁFRICA OCIDENTAL; UM PAÍS PÓS-COLONIAL, mas continuando a viver ainda económicamente na pura e dura situação colonial num contexto político não colonial (qualquer coisa que fazemos ou fizermos é da nossa inteira responsabilidade – o Tuga já se foi embora desde o Outubro de 1974 deixando-nos efetivamente as sequelas do povo colonizado).

SONANGOL NO EPICENTRO DA CORRUPÇÃO EM ANGOLA


A unidade de análise da revista “The Economist” diz que a abertura de uma investigação à Sonangol aumenta a percepção de que Angola é um dos países mais corruptos do mundo. “Percepção” será sinónimo de “certeza” ou é uma, mais uma, forma de branquear a realidade?

AEconomist Intelligence Unit (EIU) considerou hoje que a abertura de uma investigação ao pagamento de 350 milhões de dólares à Sonangol pela petrolífera Cobalt aumenta a perceção de que Angola é um dos países mais corruptos do mundo.

“As acções da SEC [regulador norte-americano dos mercados financeiros] e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América criaram uma publicidade negativa significativa para Angola, e aumentaram a percepção de que o país é um dos mais corruptos no mundo”, escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista “The Economist”.

Lembrando que Angola está em 164º lugar num ranking’ de 176 países analisados sobre a corrupção, feito pela Transparência Internacional, os analistas dizem que “a potencial abertura de uma nova investigação envolvendo a Sonangol vai fazer pouco para ajudar a empresa a melhorar a sua imagem global”.

Por outro lado, concluem, a notícia é também negativa para a maior empresa do regime e para a sua presidente, Isabel dos Santos (filha de José Eduardo dos Santos, presidente nunca nominalmente eleito e no poder há 38 anos): “Representa um desafio significativo à reputação da nova presidente, a bilionária filha do Presidente e, nos meses anteriores às eleições legislativas, pode ser problemático para os antigos executivos da Sonangol que saíram da empresa, mas continuam entre os principais membros do partido no poder”, escreve a EIU.

ÁFRICA ESQUECE-SE DA SAÚDE – QUE TAL ROUBAREM MENOS?


A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou hoje os países africanos a investirem mais nos seus sistemas de saúde para poderem detectar, prevenir e tratar melhor a depressão, doença que afecta 30 milhões de pessoas no continente. Se calhar, para ajudar em todas as enfermidades, a OMS deveria aconselhar os governos a roubar menos.

Arecomendação foi feita na cidade da Praia, por Sabastiana Nkoma, do Escritório Regional da OMS para a Saúde Mental, e por Shekhar Saxena, director do departamento de Saúde Mental da OMS, que estão em Cabo Verde para participar numa série de actividades sobre a depressão, no âmbito do dia mundial de saúde, que se assinala a 7 de Abril.

Segundo Sabastiana Nkoma, os investimentos devem ser feitos a nível financeiro, com mais infra-estruturas de saúde, como hospitais, clínicas, mas também a nível de recursos humanos e profissionais capacitados para abordar a doença, que afecta 30 milhões de pessoas nos 47 países da região africana da OMS, 4% da população.

“Nos países da África, os profissionais que deviam atender as pessoas que têm problema de depressão são escassos, há poucos psiquiatras, poucos psicólogos e assistentes sociais, e mais de 75% da população que sofre transtorno mental, incluindo a depressão, não recebe nenhum tipo de tratamento”, apontou.

“O HOMEM É O ÚNICO ANIMAL QUE SE MATA A SI PRÓPRIO”


O escritor angolano Pepetela ainda mantém uma réstia de otimismo, mas confessa-se desencantado com os acontecimentos globais do último ano. "De repente, parece que tudo de mau pode acontecer", afirmou ao JN.

No Festival Literário da Madeira, Pepetela, autor de algumas das obras mais marcantes da literatura angolana do derradeiro meio século, foi convidado a falar do binómio realidade/utopia, a partir dos seus próprios livros, e do impacto do tempo na manutenção dos sonhos. Foi por aí mesmo que começámos.

No seu livro "Yaka" escreve a dada altura que "queremos mudar o mundo, mas não conseguimos mudar-nos a nós próprios". Afinal, é mais fácil mudar o mundo ou a nós próprios?

Francamente, estão muito ligados. Não é possível fazer uma coisa sem a outra.

A frase expressa algum desencanto.

Gostava de ser mais otimista, mas, nos últimos tempos, o género humano parece estar a perder algumas qualidades. Este último ano foi estranho. De repente, parece que tudo de mau pode acontecer, embora não vá acontecer. O Homem é o único animal que se mata a si próprio. O leão, a pantera, mais nenhum mata um semelhante. Talvez haja algo de genético aí. Como a ciência, tem avançado tanto, é possível que altere um gene qualquer e consiga tornar o Homem mais humano. É um género que tem perdido a sua dimensão humana. É, seguramente, uma fase, pelo que espero assistir ainda a um ressurgimento da importância dos valores e dos ideais.

CARLOS COSTA, RUA!


Idoneidade de Salgado. Banco de Portugal novamente debaixo de fogo

O Banco de Portugal emitiu comunicado para fazer, mais uma vez, face às notícias que põem a causa as decisões tomadas no processo do Banco Espírito Santo.

De acordo com o regulador, as declarações fiscais e os relatórios de transferências para o estrangeiro feitas por Ricardo Salgado não podiam ter sido usados para tomar qualquer decisão contra o ex-líder do BES.

"A responsabilidade por infrações foi extinta pela lei e a utilização dos factos declarados para efeitos de outros processos, que não os processos tributários, foi expressamente proibida pela mesma lei. Os serviços de supervisão prudencial não divergiram deste entendimento. Pelo contrário, expressaram-no em parecer técnico no início de 2013", explica o comunicado.

A posição do regulador foi assumida depois de o “Público” avançar que Banco de Portugal recusou o que foi proposto pelos técnicos, numa reunião realizada em dezembro de 2013, e que visava tirar a idoneidade de Ricardo Salgado. A equipa de Carlos Costa defendeu que a informação sobre o repatriamento de capitais e as correções fiscais do banqueiro não podia ser usada. O motivo? Porque os dados tinham sido obtidos “de forma privilegiada”. Já os técnicos defendiam que os dados tinham sido fornecidos por Ricardo Salgado. Mas não conseguiram que a idoneidade de Salgado fosse retirada.

Confrontado com a notícia, o Banco de Portugal sublinha que “o caso particular referido na notícia do “Público” foi apreciado internamente a diversos níveis e em várias ocasiões, no quadro da apreciação que o Banco de Portugal faz em permanência das condições de idoneidade dos membros dos órgãos de administração e fiscalização das instituições de crédito. Essa análise decorreu sempre com a objetividade, a ponderação e a serenidade que são indispensáveis ao exercício das responsabilidades públicas e que marcam o trabalho do Banco de Portugal no exercício das suas múltiplas funções."

Entretanto, o governador do Banco de Portugal prepara-se para ser ouvido esta tarde na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, em duas audições relacionadas com o caso do BES e a sua resolução. A primeira audição arranca às 17h00 e a segunda às 19h00.

Carlos Costa e o BES

Carlos Costa continua a estar a braços com a polémica que se criou em torno do que poderia ter sido feito pelo Banco de Portugal no caso do Banco Espírito Santo. O governador chegou mesmo a ser alvo de críticas e dúvidas sobre a sua continuidade à frente do BdP. E foi exatamente neste contexto que Carlos Costa acabou por ser forçado a tomar uma posição, ao mostrar-se disponível para esclarecer os deputados sobre várias questões que têm vindo a ser levantadas nos últimos dias.

A verdade é que a vida do governador do Banco de Portugal – que foi nomeado, em 2010, pelo governo de José Sócrates e reconduzido, em 2015, pelo executivo de Pedro Passos Coelho – começou a complicar-se depois de surgir a possibilidade de ter sido ocultada informação no caso BES.

De acordo com uma investigação levada a cabo pela SIC, há documentos que provam que o BdP conhecia pormenores do que se passava na esfera Espírito Santo. Entre os documentos divulgados, há um que mostra que, nove meses antes da derrocada, os técnicos do BdP defenderam a saída de Ricardo Salgado. Nestes documentos chegou mesmo a ser posta em causa a continuidade dos administradores do Banco Espírito Santo. Segundo a SIC, é assumida, de forma clara, a possibilidade de Ricardo Salgado ser afastado de forma imediata. Ainda assim, na mesma nota informativa, assinada por técnicos do BdP, é reconhecido que o regulador estava a deixar passar o tempo sem que as devidas medidas fossem tomadas.

O trabalho da estação de Carnaxide acabou por fazer com que se multiplicassem posições contra a continuidade de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal, ainda que nem todos considerem que deve ser colocada em causa.

Sofia Martins Santos – jornal i - Título PG

DIJSSELBLOEM, RUA!



Ana Alexandra Gonçalves *

O ainda Presidente do Eurogrupo – o mesmo cujo nome nos obriga a recorrer incessantemente à função copia e colar – e pertencente ao partido que sofreu a mais humilhante derrota nas eleições holandesas, acusou os Europeus do sul de gastarem o seu dinheiro em “copos e mulheres” e depois “pedirem ajuda”.

As declarações feitas a um jornal alemão centram-se igualmente na alegada social-democracia de Dijsselbloem, onde a solidariedade se confunde com xenofobia, sexismo e imbecilidade.

Contudo, importa lembrar que Dijsselbloem não está sozinho, tendocontado com a companhia de Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque, já para não falar de Schaüble, ministro das Finanças alemão. Este alegre grupinho fez da austeridade uma espécie de texto sagrado no qual a culpa sempre recaiu sobre os trabalhadores, os desempregados, os pensionistas – os tais que viveram acima das suas possibilidades, os tais que gastam tudo o que têm em copos e mulheres.

Dijsselbloem, à semelhança dos restantes membros do alegre grupinho da austeridade insistem numa retórica gasta que não colhe junto de muitos europeus e Dijsselbloem devia ter noção disso mais do que ninguém, ele que vai andar a pedir esmolinhas para se aguentar à frente do Eurogrupo; ele que faz parte da social-democracia aldrabada que tanto foi castigada pelos holandeses.

As afirmações de Dijsselbloem revelam uma criatura pequena e preconceituosa, em fim de vida. No entanto essas afirmações enquadram-se num contexto mais alargado de outras criaturas que, à semelhança de Dijsselbloem, nos têm acusado de sermos culpados pela situação em que nos encontramos, entre os quais se incluem Passos Coelho e o que resta do seu séquito.

Quanto a Dijsselbloem, rua! É esse o caminho. E “copy-paste”, abençoado sejas. 

* Ana Alexandra Gonçalves – Triunfo da Razão

GOOD HEALTH, WHORES AND GREEN WINE


Bom dia… É como quem diz… O dia está cinzento, parece que em todo o território nacional. Ontem não estivemos por aqui, outros afazeres nos retiveram. Desculpem. Tome nota: aqui não referimos o terrorismo que loucos e fanáticos exercem sobre inocentes, exibindo as suas cobardias de mentes criminosas. O nosso enorme respeito pelas vítimas em todo mundo, obra de energúmenos. Igualmente o nosso enorme respeito pelas vítimas em todo o mundo dos terrorismos dos estados.

Este é o portão do Expresso Curto, do Expresso. Portão do PG para depois aceder ao dito cujo do tio Balsemão do Grupo Impresa. Já lá vai o tempo em que dizíamos perante um trote, uma vigarice: “não vou em grupos”. Mas os tempos mudaram e atualmente é só grupos para aqui, grupos para ali. E nós vamos neles. Uns o mais possível, outros nem por isso.

Bem, mas vamos lá à vaca fria e pegar os bois pelos chavelhos. Expresso Curto de Pedro Candeias (que ilumina duas vezes se for à frente). Este Candeias, talvez também doutor ou dótor, mete a pata na poça mas… tá bem, vamos nessa. Tira um expresso curto cuja cafeína é aquela zurrapa que os “bifes” (ingleses) vendem lá pelo burgo unido (da treta, em que a Escócia quer dar-lhes com os penantes). Vai daí temos a zurrapa no título da cafeína… em inglês. Pfff. Tá bem, senhores assim, já sabemos que sabem muito de inglês! Mas que pavões!

Apesar de tudo a prosa serve e satisfaz. Tem penas muito bonitas. Dir-se-ia penas lindas. Tem, tem. E assim lá está, mais em baixo, o tal das mulheres e do vinho, fazendo lembrar o fado do “era o vinho, meu amor, era o vinho…” Tlim, tlão. Mas sabem do que falamos, pela certa. É daquele tal com ar anémico que dizem presidente do Eurogrupo (é só grupos, como vêem). Ai, aquele que nem o Ásterix conseguia pronunciar o nome, muito menos escrevê-lo. Mas, sim, esse Jeroen Dijsselbloem (até se nos enrola a língua e o teclado encarquilha todo). Adiante.

Mas tem mais, muito mais. Um Expresso Curto à maneira do tio Balsemão mas com a lavra do dito Candeias. Ena, que iluminação. Vão ler. É sempre bom ler e atualizarmo-nos. Além disso inclui cultura. Que bom!

Bom dia e até amanhã. As melhoras… Ai, “good health, whores and green wine” para ti, seu Dijsselbloem. Olha, também sei inglês… Espantoso! (MM / PG)

Mais lidas da semana