quarta-feira, 9 de agosto de 2017

DEPUTADOS ANGOLANOS VÃO TER DE COMEÇAR A TRABALHAR…





Jornal de Angola | Ilustração de Armando Pululo

"OPORTUNIDADE DE OURO" | Contagem paralela trará "mais transparência" às eleições em Angola



Especialista angolano diz que a oposição tem uma "oportunidade de ouro" para controlar as eleições gerais deste mês. Ativistas preparam-se para fiscalizar escrutínio em várias assembleias.

Agostinho Sikato, diretor do Centro de Debates e Estudos Académicos de Angola, considera que a contagem paralela dos votos seria uma forma de garantir a transparência nas eleições gerais angolanas de 23 de agosto.

"Eu acho que os partidos políticos têm uma oportunidade de ouro, que é fazer a contagem paralela", diz Sikato em entrevista à DW África, recomendando ainda à oposição uma "solidariedade de cobertura".

"Isso significaria que, nos lugares onde um determinado partido não estivesse presente, o seu delegado poderia ser representado por um outro partido. Estou exatamente a falar dos partidos da oposição", explica. O objetivo seria "garantir a lisura e transparência do processo e o melhor controlo."

JUVENTUDE ANGOLANA EM BUSCA DA AFIRMAÇÃO



Os jovens angolanos, nós, devem pensar e agir em prol da colectividade com o objectivo de instalar a democracia no nosso país, e pode fazer isto tendo como foco dar educação em Direitos Humanos aos que não têm conhecimento de que estes direitos existem, devem ser implementados e preservados.

Sedrick de Carvalho | Folha 8 | opinião

E os activistas têm um papel cada vez mais preponderante na luta pela implementação e cumprimento dos Direitos Humanos em Angola. E para os próximos anos esse desafio será maior.

Mas também importa frisar que o que se faz em termos de activismo em Angola é fruto duma engenharia tipicamente angolana, e tem surtido resultados conhecidos. Mas pode ser feito mais. E só não se faz por falta de apoios, principalmente internos.

Externamente, visto que no país pouco há com que se contar, organizações de defesas dos Direitos Humanos como a Transparência e Integridade, Amnistia Internacional, Frente Cívica, Federação Internacional de Defesa dos Direitos Humanos, e tantas outras, poderiam elaborar planos semestrais ou anuais de formação contínua para jovens activistas angolanos, com vista a aumentar as capacidades de defender os Direitos Humanos localmente. Porque a aposta na educação em Direitos Humanos é a aposta na democracia.

E outro desafio que enfrentaremos ainda nos próximos anos é a repressão protagonizada pelo governo angolano. O que chamam de eleições é uma simulação eleitoral. Assim, o sucessor indicado por quem será substituído é alguém que certamente vai dar continuidade ao modelo actual, e há vários aspectos que demonstram isso.

OLHEIROS | Mais de mil observadores eleitorais já estão credenciados para as eleições em Angola



A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) credenciou já mil observadores nacionais e internacionais, para as eleições gerais de 23 de agosto, entre os quais o ministro das Relações Exteriores de Angola.

Georges Chikoti foi hoje credenciado como coordenador da comissão de acompanhamento dos observadores internacionais.

O governante angolano realçou a forma organizada como está a decorrer o processo de credenciação, salientando que a comissão que coordena vai acompanhar e criar condições para que os observadores internacionais sejam devidamente acomodados e realizem o seu trabalho de observação.

"Acho que o processo está devidamente bem preparado, bem organizado, acho que agora restam a realização das próprias eleições, mas penso eu que em termos da sua própria organização a Comissão Nacional Eleitoral fez o seu trabalho", disse o ministro.

Por sua vez a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, considerou positivo o processo, iniciado no domingo, de credenciamento dos observadores, sobretudo dos nacionais, e internacionais, a decorrer neste momento.

BRASIL | O Agosto de Temer



A lista de acontecimentos que se aproximam da tragédia política contribui para reforçar a crença de o mês é mesmo portador de mau agouro em nossas terras

Paulo Kliass * | Carta Maior

(de acordo com a sabedoria popular brasileira, agosto é considerado como o mês do cachorro louco)

A lista de acontecimentos históricos que se aproximam da tragédia política contribui para reforçar a crença de o mês é mesmo portador de mau agouro em nossas terras. Assim foi o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, a renúncia de Jânio Quadros em 1961, a morte suspeita de Juscelino Kubitschek em acidente automobilístico em 1976 e a morte de Eduardo campos durante a campanha presidencial em 2014.

Temer iniciou sua entrada no mês, dedicado em grande parte aos leoninos, com uma votação que evitou encrencas ainda maiores daquelas que ele já vem enfrentando. À custa de muitas dezenas de bilhões de reais dos cofres públicos oferecidos aqui, ali e acolá, o presidente que chegou ao Palácio do Planalto por meio de um golpe inconstitucional conseguiu escapar da primeira denúncia apresentada contra ele pelo Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot. Ufa!

Quando Oposição Governou a Venezuela, 15 Planos Marshall Desapareceram para Seus Bolsos



A renomada socióloga venezuelana Maria Páez Victor, pesquisadora da Law Commission de Ontário no Canadá,  analisa profundamente a Assembléia Constituinte da Venezuela a ser votada neste dia 30 de julho dentro do contexto da nação caribenha, e fala sobre os maiores desafios que a Revolução Bolivariana enfrenta hoje.

Edu Montesanti: Professora Doutora Maria Páez Victor, muito obrigado por conceder esta entrevista tão importante; é uma honra para mim. Qual é a importância da próxima Assembléia Nacional Constituinte na Venezuela? A oposição afirma que é antidemocrática: qual sua resposta a isso?

Profª. Drª. Maria Páez: Os partidos e líderes dos violentos protestos que por três meses perturbaram a paz dos venezuelanos, são os mesmos que em 2002 apoiaram o golpe de Estado contra o presidente Chávez. Durante aquelas tensas 48 horas, uma das primeiras coisas que fizeram foi abolir a Constituição de 1999 - a que agora pretendem defender. Veja o filme, disponível na internet: The Revolution Will Not Be Televised.

Durante 18 anos a oposição viola a Constituição, e a revolta tem sido tão intensa contra a Constituição que mesmo depois de conquistar a maioria na Assembléia Nacional, eles insistiram que o governo era ilegítimo, ignoraram o Estado de direito, desconsideram as sentenças do Supremo Tribunal, recusaram-se a legislar, e declararam que o objetivo principal da Assembleia era "livrar-se de Maduro".

Esses personagens estão, agora, fingindo ser os árbitros da democracia, e opõem-se a qualquer emenda constitucional por uma Assembléia Constitucional eleita. Eles agora se opõem não ao governo, mas às próprias pessoas.

Portugal | NA ÉPOCA ESTIVAL, NINGUÉM LEVA A MAL



Alfredo Maia* | opinião

Quem segue com alguma atenção a silly season costuma enquadrá-la numa categoria especial de notícias tão tolerável que os próprios jornalistas parecem acomodar-se ao fenómeno com escasso juízo crítico e a opinião pública encara-a com bonomia. Neste Verão, as coisas mudaram bastante de figura.

As pessoas que seguem com alguma atenção os «acontecimentos» mediáticos mais bizarros das temporadas estivais – a silly season – costumam enquadrá-los numa categoria especial de notícias tão tolerável que os próprios jornalistas parece terem-se acomodado ao fenómeno com escasso juízo crítico e a opinião pública encara-a com bonomia.

No fundo, passada a época, esgotada a excepção, a vida segue…

Neste Verão, as coisas mudaram bastante de figura, com a dramatização elevada a um grau superlativo nunca visto da chamada «época de incêndios florestais», em consequência do incêndio de Pedrógão Grande e municípios vizinhos, com o trágico cortejo de mortos, feridos, desalojados e desocupados.

Portugal | AS MANIAS DO SEF



Joana Mortágua | jornal i | opinião

A lei diz ao imigrante que vá ao SEF pedir um favorzinho que acaba por ser decidido ao critério do inspetor ou do diretor para quem for despachado o processo

A boa notícia é que passamos a ter uma lei de imigração menos absurda. No dia 31 de julho foram publicadas as novas regras de legalização de imigrantes, aprovadas na Assembleia da República por proposta do Bloco de Esquerda e do PCP.

A má é o prenúncio de mais uma leviana polémica sobre os terríveis males, pestes e pragas que se abaterão sobre nós por tratarmos os imigrantes como gente. O CDS, que nunca falta a esta chamada, veio a correr anunciar o perigo de invasão. Para afastar o enredo de temerosos argumentos que geralmente escondem visões xenófobas ou utilitaristas da imigração, valha-nos a pedagogia.

Como ponto prévio, convém lembrar que ilegais são só os imigrantes pobres, porque aos estrangeiros ricos o país vende a legalização como bónus de uma compra gold. Estas novas regras aplicam-se apenas aos que chegam ao país à procura de trabalho, empurrados pela pobreza ou pelo desemprego, como tantos milhões de portugueses fizeram durante décadas.

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO | Governo vai penalizar a empresa SIRESP



Ministra da Administração Interna pediu que fossem "acionados os procedimentos" para "penalizar" a empresa responsável pela rede de comunicações de emergência

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, pediu para “iniciar os procedimentos necessários de forma a penalizar” a empresa que desenhou o sistema de comunicação de emergência e segurança, a SIRESP S.A. pelas falhas da rede durante o incêndio que lavrou Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Góis. 
  
O pedido foi feito hoje à secretaria geral do MAI e tem em conta o parecer do escritório de advogados Linklaters, que analisou as normas do contrato firmado entre o Estado e a empresa, disse a ministra há momentos durante a conferência de imprensa. O contrato “não isenta a operadora da responsabilidade de garantir o funcionamento da rede”, disse Constança Urbano de Sousa.
  
Além disso, a ministra anunciou que pediu “ várias propostas para que, o mais tardar no início de 2018”, a rede funcione “de forma mais eficaz” considerando que hoje é “pouco resiliente”. 

Lisboa | MADE IN VIGARISTAS


O EMPRÉSTIMO | Henri Cartoon



MADE IN CORREEIROS... OU A CARTEIRA

Restaurante lisboeta acusado de enganar clientes com contas exorbitantes  | O truque utilizado é não apresentar preços nas ementas.

Dono do Made In Correeiros acusado de ameaçar os clientes dos outros restaurantes | Três empresários da Baixa de Lisboa revelam à NiT que se vive um clima de medo naquela zona da cidade. 

Antigo carteirista é o dono dos restaurantes que cobram preços exorbitantes. E o seu sócio faz o mesmo | Um ex-carteirista do elétrico 28 é o dono de dois dos restaurantes que cobram 250€ por uma mista de marisco na Baixa de Lisboa. E há um terceiro, no bairro da Graça, que faz o mesmo: é do seu sócio.

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