O procurador-geral da República
da Guiné-Bissau é um dos nomes na lista de sancionados divulgada pela
Comunidade Económica de Estados da África Ocidental. Sanções implicam
impedimento de viagens e congelamento de bens.
Um comunicado assinado pelo departamento
de comunicação da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO),
a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira (07.02), indica que a organização
sub-regional adota
as sanções, que implicam o impedimento de viagem dos sancionados, bem como
as respetivas famílias, congelamento dos seus bens financeiros e impedimento de
participação nas atividades da comunidade.
Os sancionados são: Braima
Camará, Rui Dia de Sousa, Soares Sambu, Abel da Silva Gomes, Manuel Nascimento
Lopes, Eduardo Mamadu Balde, Maria Aurora Abissa Sano, todos deputados expulsos
do PAIGC.
O castigo também foi aplicado à
Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social
(PRS), Orlando Mendes Viegas, vice-presidente do mesmo partido e ministro das
Pescas no Governo demissionário, Certório Biote, líder do grupo parlamentar do
PRS, e Domingos Quade, dirigente da mesma formação política. Ainda do PRS são
alvo de sanções Carlitos Barai e Domingos Malu, atual e ex-ministro da Saúde
Pública.
Também constam da lista o
ex-procurador-geral da República António Sedja Man e o atual titular daquele
órgão, Bacari Biai, o ministro do Interior do Governo demissionário, Botche
Cande, Herson Gougjabi Vaz, filho do Presidente guineense, e os também
ministros do Comércio, Victor Madinga, e do Turismo, Fernando Vaz.
Apelo a outras organizações
A proposta de sanções foi
avançada por Faure Gnassimbé, chefe do Estado do Togo e presidente em exercício
da CEDEAO, mas foi adotada pelos restantes dirigentes da comunidade, que pedem
às outras organizações que apoiem a sua aplicação.
O apelo foi dirigido às Nações
Unidas, União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),
União Europeia (UE) e Organização Internacional da Francofonia.
O comunicado informa ainda que um
comité de seguimento, constituído pelo Togo, Guiné-Conacri e a comissão da
CEDEAO irá seguir a aplicação das sanções e se reserva o direito de atualizar a
lista de pessoas que poderão ser alvo de sanções na Guiné-Bissau, conforme o
evoluir da situação política.
Agência Lusa, ms | Deutsche Welle
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