Relatório do The Econimist aponta
Cabo Verde, Portugal, Timor-Leste e Brasil como "democracias com
falhas".
Cabo Verde manteve este ano a
liderança dos países lusófonos no Índice de Democracia elaborado anualmente
pelo The Economist, ocupando o 23.º lugar entre os 167 Estados analisados, três
posições à frente de Portugal e 26 do Brasil.
Num índice em que não figura São
Tomé e Príncipe, o The Economist Intelligence Unit, subordinado ao tema
"Liberdade de Expressão Sob Ataque", considera Cabo Verde, Portugal,
Timor-Leste e Brasil "democracias com falhas", enquanto Moçambique se
situa no limiar inferior dos "regimes híbridos" e Angola,
Guiné-Bissau e Guiné Equatorial surgem como "autoritários".
O índice tem em conta cinco
principais indicadores -- processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do
Governo, participação politica, cultura política e liberdades civis.
Num máximo de 10 pontos, que
nenhum dos Estados analisados conseguiu obter -- Noruega (9,87), Islândia
(9,58) e Suécia (9,39) são os três mais bem classificados -, Cabo Verde foi
creditado com 7,88 pontos (23.º lugar global), Portugal com 7,84 (26.º),
Timor-Leste com 7,19 (43.º) e Brasil com 6,86 (49.º).
Moçambique surge com 4,02 pontos
(115.º posição) e é o último dos considerados "regimes híbridos" (acima
dos 4,00), à frente dos "autoritários" Angola (3,62 pontos -- 125.º
lugar), Guiné-Bissau (1,98 -- 157.º) e Guiné Equatorial (1,81 -- 161.º).
Atrás da Guiné Equatorial, e até
ao fim do índice, só figuram outros seis Estados -- Turquemenistão (1,72 pontos),
República Democrática do Congo (1,61), República Centro Africana (1,52), Chade
(1,50), Síria (1,43) e Coreia do Norte (1,08).
Entre os países lusófonos, e
dividindo por indicadores, Cabo Verde têm índices que variam entre os 9,17
pontos (processo eleitoral e pluralismo) e os 6,67 (participação política).
Portugal tem como melhor índice
9,58 pontos (processo eleitoral e pluralismo) e 6,11 (participação política),
Timor-Leste entre 9,08 (processo eleitoral e pluralismo) e 5,56 (participação
política) e Brasil entre 9,58 (participação eleitoral e pluralismo) e 5,00
(cultura política).
Moçambique, por seu lado, tem
como melhores resultados os 5,00 pontos, quer na participação política, quer na
cultura política, e 2,14 no item funcionamento do Governo.
Angola varia entre os 5,56 pontos
na participação política e 1,75 no processo eleitoral e pluralismo, enquanto a
Guiné-Bissau tem como máximo 3,13 na cultura política e 0,00 atribuídos no
funcionamento do Governo.
A Guiné Equatorial também teve um
0,00, mas no processo eleitoral e pluralismo, tendo o valor mais elevado sido
4,38, a nível de cultura política.
Diário de Notícias
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