segunda-feira, 19 de março de 2018

GALP, ENI, OUTRAS | GOVERNOS DÃO PERDÕES FISCAIS PARA FARTAR A VILANAGEM

Carlos Narciso, jornalista, salienta no Facebook os perdões fiscais a grandes empresas. Atente-se. 

E depois vêm os governos dizer que não têm dinheiro para aumentos das reformas (quando o faz é mixaria), para atualizar carreiras de funcionários, de professores, etc. etc. Mas para bancos e grandes empresa “distribui” ao desbarato o que pertence a todos os portugueses. No minimo é um abuso. Porque o fazem?

Claro que até podemos admitir que os políticos nos poderes dão perdões fiscais em troca de benesses a receberem em momento oportuno. Se assim acontecer, isso é o quê? Não seria de admirar tal suspeição, já que a honestidade e transparência de muitos dos políticos se tornou dúbia a partir do momento em que tantos casos vão caindo nas mãos do judiciário. 

Os perdões fiscais em questão constituem um fardo muito mais pesado para cada um dos portugueses. Porém, esta ausência de vergonha e decência continua ano após ano. (MM | PG)

PERDÃO PARA ALGUNS, FARDO MAIS PESADO PARA MUITOS OUTROS

Os ambientalistas da Climáximo denunciaram, agora, os sucessivos perdões fiscais que os últimos três governos concederam às petrolíferas GALP e ENI. Segundo as contas que os tipos da Climáximo fizeram, a coisa soma mais de 270 milhões de euros.

“Entre 2010 e 2016 as petrolíferas GALP e ENI (através da sua subsidiária SAIPEM) receberam, respetivamente, mais de 70 milhões e de 201 milhões de euros em benefícios fiscais”, lê-se no comunicado dos ambientalistas disponível no Facebook e no site da organização.

A SAIPEM é uma das empresas que anda a prospetar petróleo em Portugal, nomeadamente na costa alentejana e no Algarve.

A exploração de hidrocarbonetos é um dos mais rentáveis negócios existentes, talvez ultrapassado apenas pela industria farmacêutica, pela venda de armas e pelo tráfico de droga.

Gostava de perceber qual a lógica que preside aos perdões fiscais a empresas altamente lucrativas e que sacrificam o ambiente ao mesmo ritmo que engordam os seus acionistas. Se isto não é subserviência perante o poder económico, digam-me como lhe posso chamar.

Uma coisa é uma empresa qualquer achar que pode vir a ganhar dinheiro num negócio, outra coisa é fazê-lo sem qualquer responsabilidade social. Nenhum governo devia embarcar nestes esquemas. Em Portugal, neste caso das petrolíferas, três governos sucessivos (o segundo governo de José Sócrates, o governo de Passos Coelho e o atual governo de António Costa) permitiram a estas empresas receber benefícios fiscais que ultrapassam os 270 milhões de euros, o que faz destas empresas as maiores beneficiárias de perdões fiscais em Portugal.

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