As cartas estão lançadas sem que
seja possível reavê-las, começou o jogo que pode abrir a porta a
bombardeamentos nucleares por parte das potências mundiais. Do ocidente, EUA,
Reino Unido e França deram inicio aos bombardeamentos – por enquanto sem
nuclear. Do outro lado está a Rússia e, muito provavelmente, a China quando
chegar o dia e a hora por que espera. Por agora é a Síria o pomo da alegada
discórdia e pseudo razão dos bombardeamentos na Síria – uma guerra por procuração
em que o ocidente se sente confortável a provocar a Rússia, o oriente. Que “haverá
consequências”, diz a Rússia. É de esperar e temer. E depois, a seguir, a retaliação serve-se a frio? (MM |
PG)
Estados Unidos, França e Reino
Unido bombardeiam a Síria
Retaliação concertada entre
forças aliadas pretende punir Bashar al-Assad por ataques químicos mortíferos.
"Isto não são ações de um homem", disse Donald Trump, "mas
crimes de um monstro"
Os Estados Unidos, o Reino Unido
e a França iniciaram esta sexta feira ataques contra alvos na Síria. A
informação foi revelada pelo próprio Presidente norte-americano, Donald Trump,
que justificou os bombardeamentos como sendo retaliações contra Bashar
al-Assad, depois dos ataques com armas químicas em Damasco que, no fim de semana
passada, mataram mais de 40 pessoas.
"Meus companheiros americanos, há pouco ordenei as forças armadas norte-americanas para que lançassem ataques de precisão a alvos associados às capacidades de armamento químico do ditador sírio Bashar al-Assad".
Assim iniciou Trump um discurso televisivo feito a partir da Casa Branca, em que o Presidente americano qualificou os ataques químicos como sendo ações não de um homem, "mas de um monstro". Os Estados Unidos responsabilizam diretamente Assad pelos ataques.
O presidente americano garantiu que estão a ser usadas "armas de precisão", com o objetivo de impedir a produção, dispersão e utilização de armas químicas. "Estamos preparados para manter esta resposta até que o regime sírio pare de usar agentes químicos proibidos", afirmou.
Ao mesmo tempo que Trump falava eram ouvidas explosões em Damasco, segundo um correspondente da France Press no local.
Donald Trump exortou Moscovo a abandonar o apoio a Assad e afirmou que a Rússia "traiu as suas promessas" sobre a eliminação de armas químicas.
"Meus companheiros americanos, há pouco ordenei as forças armadas norte-americanas para que lançassem ataques de precisão a alvos associados às capacidades de armamento químico do ditador sírio Bashar al-Assad".
Assim iniciou Trump um discurso televisivo feito a partir da Casa Branca, em que o Presidente americano qualificou os ataques químicos como sendo ações não de um homem, "mas de um monstro". Os Estados Unidos responsabilizam diretamente Assad pelos ataques.
O presidente americano garantiu que estão a ser usadas "armas de precisão", com o objetivo de impedir a produção, dispersão e utilização de armas químicas. "Estamos preparados para manter esta resposta até que o regime sírio pare de usar agentes químicos proibidos", afirmou.
Ao mesmo tempo que Trump falava eram ouvidas explosões em Damasco, segundo um correspondente da France Press no local.
Donald Trump exortou Moscovo a abandonar o apoio a Assad e afirmou que a Rússia "traiu as suas promessas" sobre a eliminação de armas químicas.
Reino Unido aliado contra Assad
"Esta noite, autorizei as forças armadas britânicas a conduzir ataques direcionados e coordenados para degradar a capacidade de armas químicas do regime sírio e travar a sua utilização", comunicou a primeira-ministra britânica, Theresa May, já depois da declaração de Donald Trump. "Estamos a actuar em conjunto com os nossos aliados americanos e franceses".
"O regime sírio tem uma história de utilização de armas químicas contra o seu próprio povo da forma mais cruel e abominável", acrescentou May. O ataque químico de sábado passado, "em circunstâncias de terror", não pois deve surpreender ninguém. "Este padrão de comportamente deve ser parado".
May argumenta que todos canais diplomáticos foram utilizados, sem sucesso. "Ainda esta semana os russos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que teria estabelecido uma investigação independente ao ataque de Douma".
"Por isso não há uma alternativa praticável ao uso de força para degradar e travar a utilização de armas químicas pelo regime sírio", justificou. "Isto não é uma intervenção na guerra civil", clarificou, "não é sobre uma mudança de regime. É sobre um ataque direcionado e limitado que não fará escalar as tensões na região e que fará tudo o possível para evitar vítimas civis".
No comunicado, May salienta que a velocidade com que esta ação está a ser implementada é essencial para aliviar sofrimento humano subsequente e para manter a segurança das operações.
Na sua primeira decisão como primeira-ministra que envolve forças armadas britânicas em combate, May justifica tê-lo feito por interesse nacional do seu país. "Não podemos permitir que a utilização de armas químicas seja normalizada - na Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outra parte do mundo". A história mostra "que a comunidade internacional tem de defender as regras e principios globais que nos mantêm todos a salvo. Foi isso que o nosso país sempre fez. E que continuará a fazer".
Macron contra a banalização do mal
Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, veio confirmar ter ordenado as forças armadas a intervir na Síria. "Não podemos tolerar a banalização do uso das armas químicas", salientou em comunicado.
No documento, Macron assinala que o ataque "está circunscrito às operações do regime sírio que permitem a produção e utilização de armas químicas". O líder francês explicou que o parlamento do seu país será informado da ofensiva e será aberto um debate parlamentar, como estipula a Constituição francesa.
A agência estatal síria SANA assegurou hoje que as forças de defesa aérea do país "estão a fazer frente" ao ataque dos EUA, França e Reino Unido contra a Síria.
Expresso | Foto: Chip
Somodevilla/Getty Images
Rússia classifica ataque como
"ato de agressão" e avisa que haverá "consequências"
Presidente Vladimir Putin
considera que a ofensiva lançada esta madrugada sobre a Síria por EUA, França e
Reino Unido não tem enquadramento legal. O ataque é classificado como uma
ameaça direta a Moscovo.
Presidente russo, Vladimir Putin,
afirmou hoje que os ataques à Síria foram realizados sem qualquer enquadramento
legal e constituem um "ato de agressão contra um estado soberano".
Os ataques com mísseis foram
realizados "sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação
da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito
internacional" e constituem "um ato de agressão contra um Estado
soberano que está na vanguarda da luta contra o terrorismo", refere Putin
em comunicado.
Moscovo insiste que não existiu
qualquer ataque com armas químicas por parte de Damasco e acusou os EUA, a
França e o Reino Unido de tentarem procurar uma desculpa para executarem a
ofensiva desta madrugada.
"Especialistas militares
russos que visitaram a cena deste incidente imaginário não encontraram
evidências de uso de cloro ou outras substâncias tóxicas, e nenhum morador
local confirmou um ataque químico", adianta Putin no comunicado.
Segundo o líder russo, o Ocidente
tem "mostrado um desprezo" pela Organização para a Proibição de Armas
Químicas (OPAQ), que deveria começar os seus trabalhos de verificação no local
este sábado, ao optar por "uma ação militar sem esperar pelos resultados
da investigação".
"Através das suas ações, os
Estados Unidos agravaram a crise humanitária na Síria, trazem sofrimento para a
população civil, favorecem os terroristas que assolam há sete anos o povo sírio
e causam uma nova onda de refugiados", considerou ainda a Rússia.
Os Estados Unidos da América, a
França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra
alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um
alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte
do Governo de Bashar al-Assad.
Segundo o Pentágono, a ofensiva
consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações
utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O embaixador russo nos EUA já
tinha classificado o ataque como uma ameaça direta a Moscovo e um insulto
"inaceitável e inadmissível" ao presidente Vladimir Putin, que terá
"consequências".
"Estamos a ser ameaçados.
Avisamos que estas ações não serão deixadas sem consequências", avisou o
embaixador Anatoly Antonov.
Também o primeiro vice-presidente
do Comité de Defesa da Duma, o Congresso russo, já considerara esta ofensiva
como uma ameaça direta à Rússia, comparando Trump a Hitler.
Expresso | Foto: Reuters
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