O chefe do Comitê de Defesa da
Duma (Parlamento russo) e ex-comandante das tropas aerotransportadas russas
disse que Moscou tomará todas as medidas, incluindo as militares, em resposta a
um possível ataque dos EUA às forças do governo na Síria.
"A política de duplo padrão
ultrapassou todos os limites possíveis. Neste momento, o partido [Rússia
pró-Putin] Rússia Unida deve declarar responsavelmente que vamos tomar todas
as medidas políticas e diplomáticas, e também medidas militares se tal
necessidade surgir", disse Vladimir Shamanov nesta terça-feira antes da
plenária da Duma.
Durante a sessão, o militar
acrescentou: "Nenhuma ação ilegal será deixada sem resposta".
O general russo observou que os
americanos "não devem ter esperança em seus grupos da Marinha e em suas
falsificações". "Somos um país soberano, temos aliados e garantidores
dos eventos que estão ocorrendo na Síria", disse ele.
Shamanov estava reagindo a uma
declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, quando se encontrou com
autoridades militares e de segurança na segunda-feira. Trump afirmou que uma
"decisão importante" sobre a Síria seria tomada dentro de 24 a 48
horas.
"Se são os russos, se é a
Síria, se é o Irã, se são todos juntos, vamos descobrir", afirmou Trump.
"Nós temos muitas opções militares, e nós o informaremos em breve".
Os governos sírio e russo negaram
qualquer envolvimento no suposto ataque químico contra a cidade síria de Douma,
controlada pelos rebeldes. O líder sírio Bashar Assad disse na terça-feira que
seu governo havia convidado uma missão de uma agência internacional de defesa
de armas químicas para ir até Douma e investigar o suposto ataque.
A Rússia propôs a criação de um
mecanismo de investigação independente em relação ao incidente, prometendo,
juntamente com o Exército sírio, garantir o pronto acesso de especialistas à
área.
O enviado da Rússia para a ONU,
Vassily Nebenzia, enfatizou em seu discurso que Moscou está pronta para servir
como garantia de segurança para especialistas da Organização para a Proibição
de Armas Químicas (OPAQ), que inspecionariam o local do suposto ataque. A opção
acabou rechaçada.
Sputnik | Na imagem: Sergey Subbotin
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