Palavra final sobre o caso de
Carles Puigdemont cabe agora a tribunal regional. Detido desde o fim de março,
independentista é acusado de rebelião e pode enfrentar até 25 anos de prisão na
Espanha.
A Procuradoria Geral do Estado de
Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha, pediu nesta terça-feira (03/04)
a um tribunal local a extradição do ex-chefe de governo da
Catalunha Carles Puigdemont para a Espanha. O político enfrenta em seu
país acusações de rebelião, malversação de fundos públicos e desobediência
estatal ao organizar um referendo sobre a independência catalã – crimes
que podem resultar em até 25 de prisão.
Após analisar documentos enviados
pela Justiça espanhola, o gabinete do procurador-geral do Estado entendeu que o
pedido de extradição feito pela Espanha é justificado.
A palavra final sobre o
caso, porém, deve ser dada pelo Tribunal Superior Regional de
Schleswig-Holstein. Não há previsão de quando uma decisão será tomada.
Desde que foi
detido, no dia 25 de março, depois de chegar à Alemanha vindo da Dinamarca,
o independentista Puidgemont aguarda uma decisão sobre o seu futuro na prisão
de Neumünster.
O tribunal de primeira instância
dessa localidade decidiu que o político deveria permanecer
na prisãoenquanto o caso é avaliado, por considerar que existe perigo de
fuga.
O advogado do catalão, Wolfgang
Schomburg, vem pedindo ao governo da chanceler federal Angela Merkel que não
autorize a extradição, se o tribunal a determinar.
No final de semana, Puigdemont
advertiu, por meio da rede social Twitter, que não irá desistir, nem renunciar
ou retirar-se perante a "atuação ilegítima de quem perdeu nas urnas".
"Que seja claro: não
desistirei, não renunciarei, não me retirarei perante a atuação ilegítima de
quem perdeu nas urnas ou antes da arbitrariedade de quem está disposto o preço
de abandonar o Estado de direito e a justiça pela unidade da pátria",
disse.
Em 27 de outubro de 2017,
Madri decidiu intervir na comunidade autônoma da Catalunha por meio
da dissolução do parlamento regional, da destituição do Executivo regional e da
convocação de eleições regionais que foram realizadas em 21 de dezembro
passado.
JPS/rtr/lusa/dpa | Deutsche Welle
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