domingo, 20 de maio de 2018

ANGOLA DO MEDO

Raul Diniz | opinião

O parlamento angolano decidiu protelar e acabar com o combate aos corruptos e corruptores. Ao contrario do que afirmava a pés juntos o “corajoso” João Lourenço, nas suas delongadas peregrinações populistas país a fora, em que afirmava ser o salvador da pátria, que prenderia e iria mesma confrontar e prender os corruptos e ladrões, debalde. João Lourenço decidiu-se pela defesa dos bandidos. O PR fugiu ao confronto e nega-se a enfrenta-los. Isso prova que o presidente foi pescado com anzol apropriado e fechada foi a sua boca.

Hoje, cabisbaixo, amedrontado como qualquer peixinho que não deseja ficar fora do seu habitat, aquietou-se e decidiu que quer ser presidente do MPLA com a mesma facilidade que fora catapultado a presidência da república.

MPLA CONNECTION (V)

A elite angolana proveniente do MPLA é de todo cafona e é provida de uma consciência colonialista medíocre, carente de princípios éticos e morais, enfim, trata-se de uma elite totalmente apodrecida por dentro. Na verdade, trata-se de uma elite vitima dos tropeços de sua própria demência medieval.

 Igreja de Cristo está à deriva

A igreja cristã angolana, por seu turno é amorfa, e por acumulo encontrasse adormecida no seu próprio vomito. Ao contrario do que deveria ser, a igreja despojou-se do mais importante que é o ministério da presença. Quero dizer que ao invés de ser presença firme entre os pobres, a igreja escolheu constituir-se no templo dos poderosos infiéis.

Por onde andas oh oposição?

É preciso entender muito bem as múltiplas carências que angola sofre do ponto de vista de lideranças fortes, que hoje o país não dispõe. Desde a Morte de Jonas malheiro Savimbi, Angola não produziu nenhuma outra figura icónica de relevo, como garante do surgimento de uma oposição idónea, forte e coesa.

Após a morte de Jonas malheiro Savimbi, a UNITA ficou aprisionada em si mesma, por outro lado, as demais oposições convivem com o poder numa situação de total subserviência. Assim sendo, sobra apenas o capital político que pode ser usado pela sociedade civil ativa organizada, como solução de levar o país a uma eventual mudança de vida.

Angola precisa de renovar energias cívicas, não é mais possível conviver com a mediocridade prevalecente no país, Angola precisa sair da mesmice, terá que ser aberto um novo capítulo que ajude a retirar da miséria endémica a maioria do povo que é explorado pela minoria das minorias que somam apenas 6% da população composta de ladrões milionários e bilionários corruptos a mistura.

Está muito claro que a sociedade civil activa organizada deverá energizar-se para entrar definitivamente na contenda política, apoiar incondicionalmente o povo a exercitar a sua cidadania sem medo e sem temor. Tem que haver um choque térmico de intenções que desperte o povo e o ajude a defender-se desse regime caduco, preguiçoso e vagabundo.

Será que o povo deve crer nas oposições cobardes que empurraram a enterrar o povo para o precipício profundo? Depois de 1992 não foi a oposição que ajudou o povo, quem ajudou os partidos a ser oposição foi o povo e não o contrario.

A pergunta de um milhão de dólares que corre a pequena boca, será que chegaremos ao fim dessa legislatura inteiros? A ver vamos, quem viver verá.

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