Quase 3.200 observadores, 171 dos
quais internacionais, estarão espalhados por Timor-Leste este fim de semana
para acompanhar as eleições legislativas antecipadas de sábado, a que concorrem
oito forças políticas.
Dados do Secretariado Técnico da
Administração Eleitoral (STAE) obtidos pela Lusa mostram que se registaram para
acompanhar a votação 3.010 observadores timorenses, parte dos quais integrando
missões de outros países, como as das embaixadas da Austrália ou dos Estados
Unidos.
A Austrália é o país com maior
número de observadores, com mais de uma centena, divididos entre missões da
embaixada em Díli e de várias universidades, com delegações que integram ainda
observadores timorenses.
No total, estão registadas 19
entidades ou organizações com equipas de observadores em Timor-Leste, sendo os
maiores grupos (49 cada) da Embaixada da Austrália e da Australian Timor-Leste
Election Observation Mission (ATLEOM), da Embaixada dos Estados Unidos (42) da
Victoria University (36) e do International Republian Institute (14).
Entre as delegações, contam-se
igualmente sete observadores da embaixada do Japão, quatro da Embaixada do
México, Nova Zelândia e Tailândia e três da União Europeia, e das embaixadas do
Bangladesh, Filipinas e Portugal.
Entre os observadores, contam-se
ainda delegações da IFES (International Federation for Electoral Systems), da
Comissão Nacional de Eleições (CNE) tailandesa, da Searth Foundation, e da
Plataforma Internacional de Juristas por Timor-Leste (IPJET).
A nível nacional, há 23
delegações acreditadas e mais de 3.000 observadores, sendo as maiores do
Observatório da Igreja Para Os Assuntos Sociais (OIPAS) - que tem 937
observadores -, da Fundação Halibur ba Dame (819) e do Sentru Desk (429).
Os dados do STAE confirmam ainda
que se registaram para acompanhar o ato eleitoral seis jornalistas
internacionais - das agências Lusa, Nikke, AP e Kyodo - e 265 timorenses, dos
quais o maior grupo (108 pessoas) é da televisão e rádio públicas (RTTL).
A acompanhar o voto estarão
milhares de fiscais das oito forças políticas candidatas, distribuídos pelos
centros de votação e pelas estações de voto.
Destacados nos centros de votação
estarão 5.392 fiscais, dos quais 1.936 da Frente Revolucionária do Timor-Leste
Independente (Fretilin), 1.726 da Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD),
794 do Partido Democrático (PD) e 534 da Aliança de Mudança para o Progresso
(AMP).
Nas estações de voto, estão
destacados 9.506 fiscais, o maior grupo da AMP (4.139), seguindo-se a Fretilin
(2.222), a FDD (1,634) e o PD (1.511).
Os partidos com menor número de
fiscais são as coligações MSD e MDN, sendo que o PEP, primeiro no boletim de
voto, nem sequer tem fiscais registados.
Quase 2.500 fiscais vão
acompanhar a votação em Díli.
Recorde-se que a campanha
eleitoral termina hoje e que há dois dias de reflexão antes da votação.
Os cerca de 787 mil eleitores
recenseados vão poder votar entre as 07:00 de sábado (hora local, 23:00 de
sexta-feira em Lisboa) e as 15:00, nas 1.151 estações de voto, dividas por 876
centros de votação e instalados nos 452 sucos (equivalente a freguesias) do
país.
Eleitores na diáspora podem ainda
votar na Austrália (Darwin, Melbourne e Sydney), na Coreia do Sul (Seul), em
Portugal (Lisboa e Porto) e no Reino Unido (em Dungannon, Londres e Oxford).
No caso da diáspora, as urnas
abrem no mesmo período - 07:00 às 15:00 - na hora local.
Lusa | SAPO TL
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