Díli,
18 ago (Lusa) - A morte de Kofi Annan representa a perda de um amigo para
Timor-Leste e para o mundo de um grande homem, que sempre defendeu os povos
mais oprimidos, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.
"Representa
uma grande perda para Timor-Leste. Kofi Annan era não só um amigo de
Timor-Leste, mas um grande líder, um grande homem, uma pessoa visionaria, que
tinha muita paixão pela paz, liberdade e direitos humanos", disse Dionísio
Babo em declarações à Lusa.
"Durante
o seu trabalho como secretário-geral deu maior atenção aos povos oprimidos que
ainda continuam à procura da sua liberdade e independência", explicou.
Recordando
o papel de Annan, "durante os tempos difíceis" da reta final da luta
pela independência de Timor-Leste, Babo destacou o facto de Annan ter liderado
as negociações que permitiram o referendo.
E
confirmou que o executivo vai discutir o envio de um alto representante de
Timor-Leste ao funeral.
"Queria
apresentar as minhas profundas condolências em meu nome e de todo o Governo. O
Governo irá fazer a sua mensagem oficial na segunda-feira e discutirá o mais
cedo possível a representação de Timor-Leste nas cerimónias fúnebres",
disse Babo.
O
antigo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e prémio Nobel
da Paz de 2001, Kofi Annan, morreu aos 80 anos, divulgou hoje a fundação do
antigo diplomata.
"É
com grande tristeza que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que o
ex-secretário-geral das Nações Unidas e vencedor do prémio Nobel da Paz morreu
pacificamente no sábado, 18 de agosto, após uma curta doença", publicou a
fundação do ex-diplomata ganês num comunicado, divulgado pela agência de notícias
AFP.
Kofi
Annan, que fez a sua carreira profissional nas Nações Unidas, cumpriu dois
mandatos como secretário-geral da ONU, entre 01 de janeiro de 1997 e 31 de
dezembro de 2006.
ASP
// ZO
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