domingo, 19 de agosto de 2018

Timor-Leste perdeu um amigo e o mundo um grande homem -- MNE timorense


Díli, 18 ago (Lusa) - A morte de Kofi Annan representa a perda de um amigo para Timor-Leste e para o mundo de um grande homem, que sempre defendeu os povos mais oprimidos, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.

"Representa uma grande perda para Timor-Leste. Kofi Annan era não só um amigo de Timor-Leste, mas um grande líder, um grande homem, uma pessoa visionaria, que tinha muita paixão pela paz, liberdade e direitos humanos", disse Dionísio Babo em declarações à Lusa.

"Durante o seu trabalho como secretário-geral deu maior atenção aos povos oprimidos que ainda continuam à procura da sua liberdade e independência", explicou.

Recordando o papel de Annan, "durante os tempos difíceis" da reta final da luta pela independência de Timor-Leste, Babo destacou o facto de Annan ter liderado as negociações que permitiram o referendo.

E confirmou que o executivo vai discutir o envio de um alto representante de Timor-Leste ao funeral.

"Queria apresentar as minhas profundas condolências em meu nome e de todo o Governo. O Governo irá fazer a sua mensagem oficial na segunda-feira e discutirá o mais cedo possível a representação de Timor-Leste nas cerimónias fúnebres", disse Babo.

O antigo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e prémio Nobel da Paz de 2001, Kofi Annan, morreu aos 80 anos, divulgou hoje a fundação do antigo diplomata.

"É com grande tristeza que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que o ex-secretário-geral das Nações Unidas e vencedor do prémio Nobel da Paz morreu pacificamente no sábado, 18 de agosto, após uma curta doença", publicou a fundação do ex-diplomata ganês num comunicado, divulgado pela agência de notícias AFP.

Kofi Annan, que fez a sua carreira profissional nas Nações Unidas, cumpriu dois mandatos como secretário-geral da ONU, entre 01 de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 2006.

ASP // ZO

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