O ministro da Economia, Manuel
Caldeira Cabral, disse hoje, em Gouveia, que o país tem "um grande
potencial mineiro" por aproveitar e o Governo pretende que os projetos
nesse sentido avancem com o apoio das populações.
"Portugal tem um grande
potencial mineiro ainda por aproveitar. Está a ter projetos mineiros e a
despertar um interesse grande, outra vez, nas minas e nos recursos geológicos
do país", disse o governante no final de uma visita à antiga área mineira
de Castelejo, em Gouveia, que foi reabilitada ambientalmente através da Empresa
de Desenvolvimento Mineiro (EDM).
Manuel Caldeira Cabral disse que
o Governo pretende "que esses projetos avancem, mas avancem também com o
apoio das populações".
"Porque a mensagem clara que
queremos deixar às populações é que o processo será levado até ao fim. O
processo de exploração mineira, que cria emprego, que cria riqueza, que cria
desenvolvimento, mas depois, também, quando se chega ao fim da vida de uma
mina, no encerrar desse projeto, resolvendo os passivos ambientais" e
garantindo que "isso faz parte de todo o projeto mineiro e os projetos têm
de englobar também isso", justificou.
O ministro adiantou que na
reabilitação das antigas minas são utilizadas "algumas das 'royalties' que
as próprias minas que estão em funcionamento pagam", alavancando esses
recursos "com os fundos estruturais", o que permite "acelerar
muito estes projetos".
"De facto, nós estamos a
conseguir fazer em dois anos e meio quase tanto como se fez nos últimos dez
anos, em termos de recuperação de passivos ambientais nas minas", disse o
ministro da Economia.
Segundo Manuel Caldeira Cabral, o
Governo pretende, no decorrer da atual legislatura "ainda acelerar
mais" o processo, sendo que neste momento "estão já 40 milhões
lançados em obras de melhoramento ambiental" no país.
"Continuamos a estudar os
outros problemas que ainda existem para, progressivamente, resolver todos estes
passivos ambientais", anunciou.
O ministro referiu, ainda, que em
cada um dos espaços recuperados haverá uma utilização diferente, com o
envolvimento das autarquias e dos agentes locais.
No caso de Gouveia, o presidente
da Câmara Municipal, Luís Tadeu, disse que a autarquia tenciona equacionar
várias utilizações para o antigo espaço mineiro de Castelejo, nas áreas
culturais, desportivas e de lazer.
Adiantou que as autarquias de
Gouveia, Fornos de Algodres, Mangualde e Nelas tencionam criar uma
"rede" das antigas explorações mineiras para atrair "mais
turistas" para os territórios.
"Está tudo em aberto e,
agora, tudo é possível, fruto desta intervenção", rematou Luís Tadeu.
O ministro da Economia visitou
hoje as obras de reabilitação ambiental da antiga área mineira de Castelejo, em
Gouveia, e da Quinta do Bispo, no município de Mangualde, distrito de Viseu,
onde foi lançada a primeira fase das obras de recuperação.
Os dois projetos representam um
investimento total de 7,7 milhões de euros.
Lusa | em Notícias ao Minuto
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