domingo, 9 de setembro de 2018

BE acusa Governo de arrogância. “Centeno é força de bloqueio”


Mortágua diz que há uma "mudança visível" na atitude do Governo, com a aproximação das eleições legislativas. Sobre o Orçamento, revela que houve uma atitude de confronto por parte do Executivo.

O PS mudou. Quem o diz é Mariana Mortágua. Em entrevista ao Expresso(acesso pago), a deputada sublinha que, com a aproximação das eleições legislativas, o Executivo de António Costa tem revelado uma “postura um pouco mais arrogante”. Sobre o Orçamento do Estado para 2019, a bloquista revela que houve uma atitude de confronto por parte do Governo e deixa duras críticas ao ministro das Finanças. “Centeno é uma força de bloqueio a mais avanços”, diz.

Com a discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano à porta, Mariana Mortágua revela que houve “alguma falta de empenho” do Governo para que as negociações pudessem acontecer de forma antecipada. Mais, a economista realça que se verificaram “algumas atitudes” por parte do Executivo que “provocaram um certo choque na maioria parlamentar”, nomeadamente no que diz respeito às longas carreiras contributivas, às rendas da energia, aos professores e às leis laborais.

Ainda assim, a deputada nota que, não é por terem sido feitas “em cima do momento”, que as conversações estão comprometidas e reforça que já se perspetivam bons resultados “em alguns campos”. Mortágua identifica duas preocupações essenciais do seu partido: o reforço do investimento público na saúde e nos transportes.

Por outro lado, a deputada deixa duras críticas ao ministro das Finanças, acusando-o de ter na cabeça “mais preocupações com a sua carreira internacional” do que com o Orçamento do Estado português.

Neste sentido, Mariana Mortágua sublinha que Mário Centeno tem mantido algumas contradições, isto é, ao mesmo tempo que “defende a política europeia até ao limite, diz que o sucesso dos resultados se devem a uma política de devolução dos rendimentos que a UE não queria”.

A deputada conclui que “Centeno é uma força de bloqueio a mais avanços dentro do Governo” e enfatiza que foi por isso que ainda não avançaram uma “série de investimentos que são muito necessários ao país”.

ECO – Economia Online

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