Mortágua diz que há uma
"mudança visível" na atitude do Governo, com a aproximação das
eleições legislativas. Sobre o Orçamento, revela que houve uma atitude de
confronto por parte do Executivo.
O PS mudou. Quem o diz é Mariana
Mortágua. Em entrevista ao Expresso(acesso
pago), a deputada sublinha que, com a aproximação das eleições legislativas, o
Executivo de António Costa tem revelado uma “postura um pouco mais arrogante”. Sobre
o Orçamento do Estado para 2019, a bloquista revela que houve uma atitude
de confronto por parte do Governo e deixa duras críticas ao ministro das
Finanças. “Centeno é uma força de bloqueio a mais avanços”, diz.
Com a discussão do Orçamento do
Estado para o próximo ano à porta, Mariana Mortágua revela que houve
“alguma falta de empenho” do Governo para que as negociações pudessem
acontecer de forma antecipada. Mais, a economista realça que se verificaram “algumas
atitudes” por parte do Executivo que “provocaram um certo choque na maioria
parlamentar”, nomeadamente no que diz respeito às longas carreiras
contributivas, às rendas da energia, aos professores e às leis laborais.
Ainda assim, a deputada nota que,
não é por terem sido feitas “em cima do momento”, que as conversações estão
comprometidas e reforça que já se perspetivam bons resultados “em alguns
campos”. Mortágua identifica duas preocupações essenciais do seu partido:
o reforço do investimento público na saúde e nos transportes.
Por outro lado, a deputada deixa
duras críticas ao ministro das Finanças, acusando-o de ter na cabeça “mais
preocupações com a sua carreira internacional” do que com o Orçamento do Estado
português.
Neste sentido, Mariana Mortágua
sublinha que Mário Centeno tem mantido algumas contradições, isto é, ao mesmo
tempo que “defende a política europeia até ao limite, diz que o sucesso dos
resultados se devem a uma política de devolução dos rendimentos que a UE não queria”.
A deputada conclui que “Centeno
é uma força de bloqueio a mais avanços dentro do Governo” e enfatiza que
foi por isso que ainda não avançaram uma “série de investimentos que são muito
necessários ao país”.
ECO – Economia Online
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