sábado, 12 de janeiro de 2019

Portugal | Clássico aqueceu, mas acabou morno. Leão e Dragão dividem pontos


Sporting e FC Porto protagonizaram, na tarde deste sábado, um Clássico de alta intensidade mas… sem golos. As duas equipas não foram além de um nulo (0-0), em jogo referente à 17.ª jornada da I Liga. O resultado deixa assim a distância pontual fixada nos oito pontos.

Um Clássico é sempre um Clássico e a intensidade faz sempre parte daquilo que acontece dentro das quatro linhas. Sporting e FC Porto entraram em jogo concentrados, ainda que nos primeiros dez minutos o FC Porto tenha estado uns furos acima do rival.

Ainda assim, a velocidade azul e branca, aproveitada na qualidade de Brahimi e Corona, nunca conseguiu definir no último passe. Do outro lado, os leões de Keizer apenas começaram a acertar marcações a meio campo aos 15 minutos de jogo e a partir daí o jogo ficou, desde logo, mais equilibrado.

Os leões compareceram este sábado mais recuados do que o habitual na era Keizer e era notória a vontade dos blocos estarem muito perto uns dos outros. As equipas não arriscavam muito, optando por tentar explorar o erro adversário.

O FC Porto de Sérgio Conceição também apostava na subida dos laterais, com Danilo a recuar no terreno e a funcionar quase como um terceiro central, ladeado por Éder Militão e Felipe. Por seu turno, Brahimi pisava terrenos mais interiores, ao passo que Corona parecia sempre mais colado à linha.

Na primeira parte, e apesar de a intensidade estar sempre nos limites, não houve palco para grandes oportunidades de golo. Exceção feita para um erro de Jefferson que obrigou Renan Ribeiro a sair da baliza para afastar o perigo e o mesmo Jefferson ficou também ligado à jogada que obrigou Iker Casillas a sujar as luvas.

Numa altura em que o FC Porto jogava com dez unidades, face à lesão de Maxi, o lateral esquerdo dos leões subiu no terreno, tirou Corona do caminho e deu a bola para o pontapé de Bas Dost. No entanto, o avançado holandês não demonstrou a eficácia habitual e atirou um remate forte mas à figura do guardião do FC Porto.

A segunda parte começou logo com um revés para o Sporting. Bruno Gaspar caiu no relvado com queixas físicas e Marcel Keizer viu-se obrigado a lançar Ristovksi para o lugar do lateral português.

Neste segundo tempo, as equipas apareceram mais soltas e com a clara determinação de ir à procura de um golo. Não é por isso de estranhar que, passados dez minutos, Soares quase tivesse inaugurado o marcador. Porém Renan Ribeiro foi gigante e evitou aquele que parecia um golo certo. Grande defesa do guardião brasileiro.

Mais tarde, foi Marega a estar em evidência. O avançado maliano estava em ótima posição, mas no momento de finalizar a jogada atirou a bola por cima da barra de Renan Ribeiro.

O Sporting tentava responder e Bruno Fernandes não se inibiu de testar a meia distância com um remate forte e rasteiro que acabou afastado por Iker Casillas. Os leões pareciam estar com mais dificuldades do que o FC Porto, mas voltaram a ameaçar com Éder Militão a fazer um corte muito perigoso, na sequência de um cruzamento venenoso de Nani, que quase traía Casillas.

Ainda assim, e mesmo com mais oportunidades registadas nos segundos 45 minutos, o placard não sofria alterações à medida que o tempo caminhava até ao apito final.

O Sporting parecia estar a sentir o andar do relógio e decidiu colocar as últimas fichas nos 15 minutos finais. Primeiro foi Gudelj quem obrigou Casillas a esticar-se todo para evitar o golo e logo a seguir Bas Dost ficou perto de bater o guardião espanhol. O avançado holandês estava sozinho, saltou, mas o remate de cabeça saiu ao lado da baliza do FC Porto.

O nulo manteve-se até final, com as duas equipas a dividirem os pontos em Alvalade e deixarem tudo na mesma na tabela classificativa.

Nota ainda para o final do ciclo vitorioso do FC Porto. Os dragões acumulavam um saldo de 18 vitórias consecutivas que tinha começado após a derrota na Luz, em Lisboa. Um recorde que acabou onde começou: na capital portuguesa.

Momento do jogo: As defesas de Renan e Casillas na segunda metade do jogo explicam o porquê do marcador ter ficado inalterado ao longo da partida.

Francisco Amaral Santos | Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana