Benfica venceu pela margem mínima
e o lugar no Jamor está longe de estar garantido. Um segundo jogo em quatro
dias... com muitas diferenças.
Benfica e Sporting voltaram a
defrontar-se num espaço de quatro dias. Numa espécie de ‘segundo assalto’, o
dérbi eterno de Lisboa, desta vez a contar para a 1.ª mão das meias-finais da
Taça de Portugal, foi bem diferente do encontro para a 20.ª jornada da I Liga,
que terminou com a vitória encarnada por 4-2.
Nesta partida houve metade dos
golos, o vencedor foi o mesmo, mas a margem do triunfo foi mínimo (2-1). Um
resultado que deixa tudo em aberto para a 2.ª mão em Alvalade, que está
agendada para o dia 2 de abril.
Equipas diferentes, estratégias
diferentes
Keizer quis mudar (e bem). Para
este encontro no Estádio da Luz, o holandês fez mudanças cirúrgicas na defesa e
lançou uma surpresa no ataque: Luiz Phellype foi a jogo, relegando Bas Dost
para o banco de suplentes.
O Benfica até marcou cedo, e
primeiro – logo aos 16 minutos – mas notou-se um leão diferente. Mais
cauteloso, mais fechado, mais atento ao meio-campo encarnado e também a João Félix.
O menino prodígio da equipa da Luz não teve muitos centímetros de espaço para
jogar e espalhar o seu perfume pelo campo.
Quanto à formação de Lage, que
cedo se colocou em vantagem, geriu bem o ritmo do encontro e não entrou em
euforias, pelo menos no primeiro tempo. Na segunda parte, houve pressão mais
alta do Benfica, um pouco mais de agressividade e, mesmo sem estar a fazer um
jogo deslumbrante, as águias chegaram à vantagem numa infelicidade de Ilori,
que desviou um remate de Félix para dentro da baliza de Renan.
Mas os momentos que definem este
jogo vieram após o 2-0. Grimaldo teve uma ocasião flagrante para fazer o
terceiro tento da formação da casa, mas desperdiçou. O Benfica, que até aqui
vinha a ser eficaz, pecou na finalização e pagou mais tarde o preço. Bruno Lage
afirmou, no final do encontro, que sentiu necessidade de mudar, mas já tinha
gasto as substituições. O técnico disse acreditar que o golo sofrido podia ter
sido evitado, caso a equipa estivesse com outro balanço no meio-campo, após a falta
cometida em zona frontal à baliza de Svilar. Felizmente para o Sporting, há um
mágico Bruno Fernandes que marcou o golo da noite.
Ferro – O ‘novo’ reforço
Num jogo com muita história, há
que salientar a estreia na equipa principal de Francisco Ferreira, conhecido no
mundo do futebol como Ferro. O jovem central de 21 anos entrou aos 37 minutos
para o lugar do lesionado Jardel e Bruno Lage não conteve os elogios no final
do encontro.
Um ainda menino que mostrou muita
maturidade nos 53 minutos que pisou o relvado na Luz, logo num dérbi contra o
Sporting.
“Ganhámos um jogador. Sempre
disse que os reforços estavam em casa e estou plenamente satisfeito com a
prestação do Ferro. É mais um reforço da nossa equipa”, sublinhou o
treinador do Benfica.
Classificação na Liga - 10 primeiros |
Um registo que faz sorrir o
Benfica
Este jogo não só marcou a segunda
vitória das águias esta temporada frente ao Sporting, como assinala outro
registo.
Há oito jogos que os leões não
vencem o eterno rival de Lisboa. O Benfica segue invicto diante do Sporting há
oito encontros e assinala o melhor registo no duelo entre ambos desde o período
entre 2009 e 2012, em que os encarnados também ficaram o mesmo número de jogos
sem perder frente ao clube de Alvalade.
Ruben Valente | Notícias ao
Minuto | Foto: © Global Imagens
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