Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
Assunção Cristas, figura
particularmente cara à comunicação social, pelo menos a julgar pelo tempo de
antena que as televisões lhe dispensam, acaba por sair mal na fotografia
veiculada por uma reportagem da TVI sobre o processo de venda do antigo Pavilhão
Atlântico ao consórcio do genro de Cavaco Silva. Desta-se a suspeita de
favorecimento daquela que era na altura ministra do Ambiente e Ordenamento do
Território.
E tanto mais é assim que uma parte do CDS - constituída por quem não se revê na actual liderança - pede mesmo a constituição de uma comissão parlamentar para investigar o envolvimento de Cristas num negócio que cheira mal independente da forma com que se olhe para ele.
Ora, estas suspeitas de favorecimento vêm dar mais um contributo para o enfraquecimento da direita. Sem estratégia e agora a chafurdar em escândalos, envolvendo não só actuais lideranças, como o chefe de eles todos - o inefável Cavaco Silva -, resta a Cristas e a outros fingirem-se de mortos e esperar que tudo passe.
No entanto, o tempo joga contra Cristas e apaniguados, as eleições estão quase aí e nem todo o tempo do mundo nas televisões chegará, sobretudo quando estas, esporadicamente, dão uma no cravo e outra na ferradura. Estamos muito em cima do período eleitoral para se fazer uma limpeza com eficácia.
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