CESP acusa Pingo Doce de
retaliação sobre trabalhadores que fizeram greve
O sindicato afirma que o Pingo
Doce «lida mal com os direitos dos trabalhadores», estando a transferir
funcionários que fizeram greve numa unidade da empresa, em Lisboa, para outras
lojas.
Num comunicado enviado às
redacções, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de
Portugal (CESP/CGTP-IN) dá conta da adesão «significativa» dos trabalhadores do
Pingo Doce da loja da Estrada da Luz à greve agendada para o passado dia 28 de
Março.
Explica ainda que, em piquetes à
porta da loja, os trabalhadores procuraram transmitir aos clientes os problemas
ali existentes, nomeadamente os baixos salários, os horários desregulados, a
precariedade laboral e a «repressão/intimidação que a gerente de loja tenta
exercer sobre os trabalhadores».
Neste contexto, a organização
sindical sublinha que «o Pingo Doce lida mal com os direitos dos
trabalhadores», acusando a empresa de ter chamado funcionários de outras lojas
para substituir os que estavam em greve na da Estrada da Luz e de estar agora a
proceder à transferência para outras lojas dos trabalhadores que aderiram à
greve.
Trata-se de uma «retaliação por
terem aderido à greve», denuncia o CESP, acrescentando que, se «não existe nada
escrito que o comprove», a razão é dada a entender aos trabalhadores «de
"boca"» e «não é a primeira vez» que acontece na empresa.
O sindicato criticou este
«comportamento», que «só vem confirmar aquilo que o CESP já diz há muito tempo:
a empresa não valoriza nem respeita os trabalhadores, aqueles que fazem com que
a empresa tenha milhões e milhões de lucros por ano».
Abril Abril, com título adicional PG
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