Jean-Claude Juncker, que deixa
presidência da Comissão Europeia em outubro, elogia política de boas-vindas aos
refugiados da chanceler federal alemã. Ele afirma que "a história provará
que ela tem razão".
O presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker, elogiou o trabalho da chanceler federal alemã
Angela Merkel, principalmente sua política de boas-vindas aos refugiados no
outono europeu de 2015. Segundo ele, a história mostrará que a política
conservadora alemã estava certa.
"Angela Merkel fez a coisa
certa no outono [europeu] de 2015, e a história vai provar que ela tem
razão", afirmou Juncker em entrevista publicada nesta sexta-feira
(24/05) pelo tabloide alemão Bild. "Se ela tivesse fechado as
fronteiras alemãs, a Áustria e a Hungria teriam tido um colapso sob o peso dos
refugiados. Essa é a verdade."
Ao ser indagado se Merkel havia
liderado ou dividido a União Europeia, Juncker respondeu: "Há muito que se
pode fazer na Europa a partir de Berlim. Mas uma única pessoa não pode liderar
nem dividir a UE. Na Europa, você precisa sempre de aliados confiáveis e de
muitos amigos se você quiser conseguir alguma coisa."
Ele afirmou que a Alemanha não é
uma "lancha" na UE, mas um "navio-tanque lento". Em
momentos cruciais, porém, Merkel e outras "mentes brilhantes"
conseguiram "reunir coisas e pessoas".
Na entrevista, Juncker chamou
Merkel de "mulher inteligente", dizendo que se pode "rir
maravilhosamente com ela". Ele disse, ainda, que os dois tiveram também
"muitos confrontos".
Nesta quinta-feira, as eleições
para o Parlamento Europeu tiveram início na Holanda e no Reino Unido. Até
domingo, mais de 400 milhões de eleitores nos 28 Estados-membros da UE poderão
eleger 751 novos eurodeputados.
O resultado decidirá a
distribuição dos assentos no Parlamento, e são grandes as chances de o deputado
europeu pela Alemanha Manfred Weber, um correligionário de Merkel, assumir a
presidência da Comissão Europeia no lugar de Juncker, que deixará o cargo de chefe
do braço executivo da UE em 31 de outubro, após ter completado um único
mandato.
FC/dpa/ots | Deutsche Welle
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