O especialista em economia,
política e energia e professor da Universidade Al-Juarismi, Seyyed Saeed
Mirtorabi Hosseini, acredita que são os EUA quem beneficia do incidente com
os dois petroleiros no golfo de Omã.
"Levando em conta que as
ações das empresas energéticas dos EUA cresceram em 13 de junho, depois de
terem estado caindo por dois dias, logo após o ataque aos petroleiros no golfo
de Omã, ficou claro para quem o incidente foi rentável. O Irão, por sua vez, tem
dito por muitas vezes que prefere negociar: tanto no que se refere ao acordo
nuclear como sobre a tensão na região", explicou ele à Sputnik Persa.
O especialista sublinhou que o
incidente com os dois petroleiros ocorreu durante a visita do primeiro-ministro
japonês Shinzo Abe ao Irão e que, portanto, não faria sentido que o autor do
ataque fosse o próprio Irão.
"Tudo isso prova que o Irão não podia ter causado o ataque, pelo contrário: o Irão sempre alertou que o
golfo poderia ser palco de provocações e sabotagens por parte de certos grupos
políticos para quem são vantajosos o conflito e o caos na região para alimentar
seus interesses políticos", disse ele.
Para Mirtorabi, os países da
região devem abordar a questão da segurança para reduzir incidentes deste tipo.
Ele sublinhou que o Irão pode propor soluções para seus vizinhos para criar uma
área comum e segura.
Dois petroleiros foram atacados
em 13 de junho no golfo de Omã, a poucos quilómetros do estreito de Ormuz. O
ataque ocorreu nas águas territoriais do Irão, Emirados Árabes Unidos e Omã. O
Departamento de Defesa dos EUA acusou o Irão de ter cometido o ataque com
torpedos e minas.
O secretário de Estado dos EUA,
Mike Pompeo, acusou Teerão de colocar as minas nos cascos dos petroleiros Kokuka
Courageous e Front Altair. De fato, Washington publicou um vídeo no qual,
segundo sua versão, se observam militares iranianos removendo uma mina que não
explodiu do casco de um dos petroleiros do golfo de Omã.
Sputnik | Foto: © REUTERS / Isna
/ Handout
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