Segundo o Washington Post, o
jornalista "raramente se aventura além de sua barreira [a casa no Rio está
toda equipada com segurança privada, parece um 'banker'], por medo de assassinato"
Jornal GGN – Em entrevista a
Terrence McCoy, do Washington Post, o editor-executivo do Intercept Brasil,
Leandro Demori, admitiu que a equipe teme o que Sergio Moro pode fazer para
retaliá-los por conta da série de reportagens da Vaza Jato. Acima disso, têm
motivos para desconfiar de ventual reação omissa da Justiça, quando tribunais
vierem (se vierem) a analisar possíveis ações contra Glenn Greenwald.
“Nossa constituição é muito dura
na defesa da liberdade de expressão e imprensa”, disse Demori. “Mas as nossas
instituições são fortes o suficiente para proteger a constituição? Acho que
não. Eu realmente não sei. Estamos com medo”, desabafou.
O WP divulgou que, para Glenn, as
ameaças que ele vem sofrendo aqui no Brasil por causa da Lava Jato diferem em
muito do que aconteceu com o caso Snowden. Lá fora, com o responsável pelo
vazamento identificado na série envolvendo vigilância global, Greenwald era
“apenas o repórter”. Aqui, ele passou a ser o alvo dos apoiadores de Moro e
procuradores de Curitiba, já que não houve exposição da identidade do vazador.
“Eu sou um bom alvo. Sou
estrangeiro. Eu sou gay. Sou casado com um político socialista”, apontou
Greenwald.
Segundo o WP, o jornalista
“raramente se aventura além de sua barreira [a casa no Rio está toda equipada
com segurança privada, parece um ‘banker’], por medo de assassinato.”
Ainda assim, Greenwald não pensa
em sair do País.
“Eu não vejo isso como um lugar
estrangeiro”, disse ele. “É a minha casa.”
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