Angola lidera uma lista de países
com o maior número de incêndios florestais. O país registou 6.902 fogos nos
últimos dois dias, comparado com os 2.127 no Brasil, principalmente na Amazónia,
aponta satélite da NASA.
O Brasil é o terceiro país com o
maior número de fogos, numa lista liderada por Angola, que registou 6.902 fogos
nos últimos dois dias (22 e 23 de agosto), comparado com os 2.127 registados no
Brasil, principalmente na Amazónia.
De acordo com a agência de
notícias Bloomberg, que cita dados do satélite MODIS (Moderate Resolution
Imaging Spectroradiometer) lançado pela NASA - agência espacial norte-americana
- em 1999, Angola registou 6.902 fogos nas últimas 48 horas, mais do dobro
dos 3.395 na República Democrática do Congo e mais do triplo dos 2.127 fogos
registados no Brasil.
"Os fogos que grassam na
Amazónia podem ter colocado pressão sobre as políticas ambientais do Presidente
Jair Bolsonaro, mas o Brasil é, na verdade, o terceiro país no mundo em termos
de incêndios nas últimas 48 horas", escreve a Bloomberg.
Citando mais dados da NASA, a
agência de notícias salienta que este número não é um fenómeno invulgar na
África central, a agência de notícias escreve que só numa semana de junho foram
registados 67 mil incêndios quando os agricultores fizeram queimadas para
ganhar terra para as colheitas.
A Zâmbia é o quarto país com mais
fogos nos últimos dois dias, seguindo pela Austrália, enquanto a Bolívia,
vizinho do Brasil na Amazónia, é o sexto, aponta o MODIS.
Os fogos na Amazónia têm dominado
a agenda mediática dos últimos dias, na medida em que é a maior floresta
tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do
planeta.
Tem cerca de 5,5 milhões de
quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia,
Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à
França).
O Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou
278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.
O Presidente francês, Emmanuel
Macron, apelou para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do
G7, que começa hoje, em Biarritz, sudoeste de França, por se tratar de uma
"crise internacional".
Também o secretário-geral das
Nações Unidas, António Guterres, se mostrou "profundamente
preocupado" com os incêndios numa das "mais importantes fontes de
oxigénio e biodiversidade", referindo que a Amazónia "deve ser
protegida".
Agência Lusa, tms | Deutsche
Welle
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