Francisco Guterres Lu Olo, PR da RDTL |
O presidente de Timor-Leste,
devido à mediocridade intelectual e falta de visão política de alguns
deputados, foi impedido de sair do país para participar na 74ª Sessão da
Assembleia Geral da ONU.
Francisco Guterres (Lu-Olo),
presidente da República Democrática de Timor-Leste (RDTL), por razões
exclusivamente subjectivas, reveladoras da incapacidade intelectual e política
de alguns deputados, foi impossibilitado de sair do país, pela 3ª vez, neste
caso, para participar em cerimónias oficiais no exterior, fundamentais para
projectar a imagem do país e consolidar iniciativas da própria embaixadora
timorense junto da Organização das Nações Unidas (ONU).
Assuntos tratados na 73ª Sessão
da Assembleia Geral da ONU
No âmbito da 73ª Sessão da
Assembleia Geral da ONU que decorreu em Setembro e Outubro de 2018, onde
participaram chefes de Estado e de governo de 193 países, Milena Pires,
embaixadora timorense junto da ONU, na minha perspectiva uma mulher de alto
gabarito intelectual, pronunciou-se publicamente em relação a algumas
iniciativas previstas pelo Estado timorense, como apoio financeiro e propostas
concretas conducentes ao desenvolvimento de importantes reformas neste
organismo.
Em termos concretos, Maria Helena
Pires referiu que Timor-Leste quer fazer pequenas doações para “o fundo do
coordenador residente da ONU”, dentro de 4 anos, principalmente para
impulsionar outros países a fazerem o mesmo, e que o Estado timorense também
pretende apoiar a ONU em diversas áreas.
A questão da importância da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) também foi abordada, sendo um
assunto que deve ser consolidado e desenvolvido sempre que se proporcionar, o
que não está a acontecer, a avaliar por mais esta tomada de decisão absurda de
alguns deputados do parlamento timorense.
Todos sabemos, hoje, a língua
portuguesa é falada por cerca de 260 milhões de pessoas. Segundo vários especialistas
na matéria, com a explosão demográfica, em particular em Angola e Moçambique,
até ao final do século, o português poderá ser falado por 500 milhões de
pessoas.
Timor-Leste, um dos países que
integram a CPLP, também é um país defensor da língua portuguesa, uma das
línguas oficiais, a par do tétum, pelo que, tem grande responsabilidade no
sentido de sensibilizar e solicitar apoio aos países membros da ONU para que se
tome uma deliberação conducente à introdução da língua portuguesa neste organismo
internacional.
O Presidente da RDTL é um
dos grandes
defensores da língua portuguesa, para além do líder histórico da
resistência Kay Rala Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak (actual
primeiro-ministro), e jamais devia ter sido impedido por alguns deputados do
Parlamento Nacional de deslocar-se a Nova Iorque para poder participar na 74ª
Sessão da Assembleia Geral da ONU que está a decorrer, presidida pelo nigeriano
Muhammad-Band.
Enquanto chefe de Estado de
Timor-Leste, a presença de Francisco Guterres (Lu-Olo) na 74ª Sessão da
Assembleia Geral da ONU, iria reforçar as posições assumidas pela embaixadora
Milena Pires na 73ª Sessão da Assembleia Geral que ocorreu em 2018 e projectar
a imagem do país em todo o mundo.
Será que os deputados em questão
acompanham a política externa de Timor-Leste?
Será que os deputados em questão
têm a noção exacta dos prejuízos que provocam ao país devido aos seus actos
irreflectidos que só demonstram incongruência e falta de visão política?
Em defesa da língua portuguesa em
Timor-Leste
*PhD em Educação / Universidade
de Lisboa
VER VÍDEO
Sem comentários:
Enviar um comentário