terça-feira, 24 de setembro de 2019

Portugal Curto | OS SEIS DA ‘VIDAIRADA’ - BUFAS, CACOFONIAS & MAIS


Seremos curtos. Ox Alá Grande para todos vós. Um desejo: não expulsem tantos gazes e fluidos quando assitem ao ajuntamento dos seis da ‘vidairada’ em campanha eleitoral com seus supostos debates. De vomitar é a definição do PG perante toda aquela cacofonia naquela sessão de bate que rebate… Não contabilizaram os tempos de ridículos que foram os “mais que tudo” da “democracia” à portuguesa. Se o tivessem feito ganhavam todos…

Adiante, que o Curto de hoje está à espera dos seus olhinhos e do seu apetite para ler algo útil. Bem… mais ou menos. O escrivão jornalista é do Expresso, cordato profissional. Cordeiro de nome, para não destoar. O costume quando passamos os olhinhos pelos média que nos envenenam as almas e tudo fazem para nos venderem a sua “banha da cobra”…

Adiante. Que se faz tarde. Hoje tem a nossa poupança em escárnio, maldizer e contestações, assim como em teorias de peidos de vacas. O ambiente até nem está pesado mas sim leve e cheiroso (agora). Que bom. Que rica manhã. Não beba leite de vaca porque isso é próprio para os vitelos, não para humanos. Nem por acaso, ainda há pouco, viemos no elevador com um consumidor de leite vacum e as bufas empestaram tudo. Foi uma ascenção de 10 andares de fedor e pavor. As bufas são piores que os peidos porque são mudas. Credo, lagarto, lagarto. Chiça!

Bom dia. Feliz Natal. Saúde com fartura. Curta o Curto.

MM | Redação PG

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Quem encosta Costa às cordas

Pedro Cordeiro | Expresso

Bom dia!

O primeiro dia completo de outono amanhece com raios de sol a furar nuvens e o país ouve ecos do debate de ontem à noite na RTP, o último a reunir todos os líderes das candidaturas com representação parlamentar. Tenha ou não servido para ajudar os indecisos a definir o seu voto para o dia 6 de outubro, o encontro a seis teve momentos animados, incluindo um arrufo, um milagre e um dedinho apontado, descreve o editor de Política do Expresso, Vítor Matos. O diretor-adjunto David Dinis analisa os ataques cruzados entre os candidatos.

Na concorrência, o “Público” escreve que foram cinco contra António Costa e o “Observador”, para quem o primeiro-ministro foi às cordas, propõe uma das suas interessantes análises em jogral. Este jornal e o “Diário de Notícias” realçam a assertividade de Catarina Martins e Assunção Cristas na crítica ao Governo socialista, que a primeira apoiou e a segunda quer destronar.

Foi, como sublinhou a pivô Maria Flor Pedroso, a primeira ocasião que juntou ao vivo António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, o tripé da atual solução governativa. Decerto por exigência das urnas, ninguém diria que foram aliados durante quatro anos. A coordenadora do Bloco de Esquerda foi particularmente agressiva. “Não paguei bilhete e estou aqui a assistir”, brincava Rui Rio, cujo PSD recuperou ligeiramente nas sondagens nos últimos dias. Se for preciso nova ‘geringonça’, diz o líder do maior partido da oposição, ela surgirá.

Rio tinha defrontado Costa no mesmo dia, de manhã, nas rádios TSF, Antena 1 e Renascença. A contenda teve um vencedor ausente, garante a Ângela Silva: trata-se do ministro das Finanças, Mário Centeno. Acontece que o PSD também tem o seu homem das contas, que o Miguel Santos Carrapatoso dá a conhecer aqui. Aproveite ainda para seguir todo o noticiário das legislativas no Expresso e comparar os programas dos partidos.

O desaguisado prolongava, na verdade, uma troca azeda de palavras que vem da pré-campanha. Catarina Martins tem dito que a fratura na política portuguesa é entre o PS e a esquerda, o que lhe valeu uma resposta de um peso-pesado socialista, Manuel Alegre, no “Público”. O poeta tem direito a réplica, publicada há minutos no Expresso, da deputada esquerdista. Esta pensa, aliás, que Costa preferirá entender-se com o PAN.

A outra grande crítica do chefe do Executivo, Assunção Cristas, poderá celebrar o regresso ao CDS de uma antiga figura de proa: passados 16 anos, o antigo líder Manuel Monteiro (que saiu em rutura com Paulo Portas e fundou o Partido da Nova Democracia, hoje defunto) regressa ao partido que chefiou entre 1992 e 1998. A concelhia da Póvoa de Varzim aprovou a sua refiliação por unanimidade.

Para que não digam que não falei das flores, como cantava Geraldo Vandré, destaquemos também na TV a entrevista de Pedro Santana Lopes, que liderou o PSD e o Governo e hoje capitaneia a Aliança (que, com outros partidos sem assento parlamentar, protagonizará um debate na RTP no próximo dia 30). Foi no programa de Ricardo Araújo Pereira, por onde passam momentos divertidos e interessantes destas eleições. Engraçado é também recordar algumas gafes de políticos na história da nossa democracia. A minha preferida é Valentim Loureiro a dar vivas a Guterres, em 1995.


OUTRAS NOTÍCIAS POR CÁ

O MUNDO A SEUS PÉS - Esta é uma notícia “de cá”, isto é, da nossa redação, embora diga respeito ao que se passa “por lá”. A secção Internacional do Expresso lançou um podcast para analisar o que se passa lá fora. Quinzenalmente teremos uma conversa de cerca de 20 minutos sobre um tema da atualidade mundial, com um jornalista da redação, correspondente externo ou convidado que nos ajude a perceber este puzzle complexo onde vivemos. A estreia deu-se com António Caeiro, veterano do jornalismo português que viveu 20 anos na China. Ouça e subscreva. O tema é a agitação social e política em Hong Kong. Onde, aliás, manifestações e repressão continuam, recorda “The New York Times”, a dias do 70.º aniversário da República Popular da China. Que, alerta o “Financial Times”, tem nuvens no horizonte.

BAILINHO DA MADEIRA Contados os votos das eleições regionais de domingo, tudo aponta para um Governo de direita na Madeira, encerrada a longa era das maiorias absolutas laranja. Antes disso, porém, PSD e CDS terão de burilar arestas. Embora tenham perdido votos desde há quatro anos, estas formações somam maioria na Assembleia Legislativa Regional e já indicaram querer entender-se depressa. Do Funchal, a Marta Caires explica que não vai ser fácil.

UGT EXIGENTE - A confederação sindical exige que o salário mínimo nacional suba para 660 euros já no próximo ano. Veja o secretário-geral Carlos Silva a defender esta reivindicação.

PIB ACELERADO - O Instituto Nacional de Estatística divulgou ontem (timing “conveniente”, ironizava Assunção Cristas) números simpáticos sobre o crescimento do produto interno bruto, que fizeram o país saltar quatro lugares na tabela das economias em mais rápida expansão na Europa. O editor de Economia do Expresso, João Silvestre, escrutina esses valores.

VILA NOVA DE CAMPEÃO - O Famalicão, que tem feito sensação na I Liga de futebol, mantém-se líder isolado ao fim de seis jornadas. Ontem o clube minhoto venceu o Sporting em Alvalade, por 1-2, num jogo em que o leão Coates voltou a ter um papel crucial… pela negativa. Leia a crónica da partida na Tribuna Expresso (com vídeos dos golos). Os famalicenses somam 16 de 18 pontos possíveis, os verdes têm exatamente metade e estão em sétimo, atrás de (por esta ordem) Benfica, Porto, Rio Ave, Boavista e Guimarães.

OUTRAS NOTÍCIAS POR LÁ

CADEIRA ELÉTRICA OU HISTÉRICA? - Se Donald Trump insinuava ontem que o adversário Joe Biden (que foi vice-presidente de Barack Obama) merecia a cadeira elétrica, no próprio partido do atual Presidente há quem defenda que é ele quem se habilita à pena de morte, por traição. O caso tem que ver com a Ucrânia. A linguagem, de ambos os lados, é edificante. Como quase tudo no inquilino da Casa Branca.

SUPREME MESS - O mais alto tribunal do Reino Unido emite hoje o seu veredicto no processo em que o primeiro-ministro é acusado de ter violado a lei ao pedir à rainha o encerramento do Parlamento por cinco semanas. Boris Johnson, citado aqui por “The Guardian” já avisou que, seja qual for a posição dos magistrados, não se demitirá e nem garante que não volte a suspender os trabalhos dos deputados. “The Telegraph” assegura que tampouco fará pactos com o arqui-eurocético Nigel Farage. Solução para sair na UE é que... nem vê-la! Do outro lado da barricada, a oposição trabalhista continua sem se definir em relação ao ‘Brexit’, informa “The Independent”. Tentemos perceber porquê.

QUE GOVERNO? - Benny Gantz ganhou as legislativas israelitas de há uma semana, mas Benjamin Netanyahu ainda não desistiu de se manter no poder. Os dois homens, nenhum dos quais tem maioria para governar, encontram-se hoje e o Presidente da República, Reuven Rivlin, acredita num acordo, noticia a BBC.

TRIO DE IZQUIERDAS - A esquerda espanhola terá novo partido de âmbito nacional, além do PSOE e do Podemos. O antigo número dois desta última força política, Íñigo Errejón, quer expandir a lista Mais Madrid, que fomentou nas autárquicas de maio, para concorrer às legislativas de 10 de novembro. Saiu em divergência com o líder Pablo Iglesias. Errejón era mais inclinado a pactos com os socialistas.

IT’S BILLIE - Há semanas esgotou o Altice Arena num concerto que até esteve marcado para o Coliseu. Quem é, afinal, Billie Eilish? O Mário Rui Vieira conta na Vida Extra e na Revista E tudo sobre a cantora californiana de 17 anos, que, escreve o Nelson Marques, também dá cartas enquanto ícone da moda. Fui dos que não conseguiram bilhete, com pena.

MEGAN AND LIONEL RULE - Megan Rapinoe e Lionel Messi ganharam os prémios de melhor futebolista feminino e masculino, na gala The Best da FIFA. O número seis volta a irromper neste Expresso Curto, pois são as vezes que o homem do Barcelona venceu este troféu, desfazendo o empate com Cristiano Ronaldo. A americana destacou-se pelo discurso de vitória, contra todas as formas de descriminação.

PICASSOS SOBREPOSTOS - Acontece de vez em quando e maravilha-me sempre. O Luís M. Faria conta como o quadro “O Velho Guitarrista”, do mestre espanhol, oculta sob camadas de tinta uma mulher com o braço estendido. A chave de tudo está, imagine-se, numa técnica chamada análise neural.

FRASES

“Como se atrevem? Roubaram os meus sonhos e a minha infância com as vossas palavras vazias”
Greta Thunberg, ativista ambiental, na ONU

“Penso que receberia um prémio Nobel por muitas coisas, se o atribuíssem de forma justa, o que não é o caso”
Donald Trump, Presidente dos EUA, numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro do Paquistão

“É absolutamente revolucionário que uma mulher de origem africana e que não faz parte das elites seja candidata”
Joacine Katar Moreira, candidata do Livre à Assembleia da República, em entrevista à revista “Visão”

O QUE ANDO A OUVIR

Uma canção recém-estreada de Leonard Cohen, que teria feito 85 anos no sábado e de quem já não esperava ouvir coisas novas, pelo que se tinha escrito após a sua morte, há quase três anos. “The Goal” é um tema curtinho mas serve de aperitivo ao álbum “Thanks for the dance”, que sai a 22 de novembro. É puro Cohen, self-deprecative e em paz consigo mesmo no final da vida. Quanto ao disco, tem meia hora de duração, produção de Adam Cohen, filho do músico canadiano e também ele músico, e conta com colaborações de Beck, Jennifer Warnes, Damien Rice e Leslie Feist. Aguardo impaciente. Thanks for the dance and all the rest, Leonard.

Antes ainda do regresso do génio de Montreal, que é como quem diz para a semana, sai um novo trabalho de Nick Cave and the Bad Seeds. O título é “Ghosteen” e a “Blitz” diz-nos o que havemos de esperar.

Também tenho ocupado os tímpanos com o estimulante “Lover” de Taylor Swift, que vem pela primeira vez atuar em Portugal no NOS Alive de 2020. Outra presença confirmada é a dos ressuscitados Da Weasel. O festival, que se realiza de 9 a 11 de julho no passeio marítimo de Algés, promete um anúncio escaldante para sexta-feira. Os bilhetes são postos à venda no dia seguinte.

Com votos de um excelente dia, encerro este Expresso Curto recordando-lhe que pode continuar a seguir tudo o que se passa no Expresso. Pelas 18h há edição do diário e o semanário em papel, do próximo sábado já está em preparação. Até lá, até já, até sempre.

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