quarta-feira, 11 de setembro de 2019

São Tomé e Príncipe | Presidente defende reorganização das forças armadas


Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, defende reorganização das forças armadas de São Tomé e Príncipe. Para líder, um dos motivos é o fato do país situar-se numa região "agitada e cobiçada".

O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, defendeu na sexta-feira (06.9) a reorganização das forças armadas de São Tomé e Príncipe, adaptando-a ao contexto de micro estado que goza de uma extensa fronteira situada numa sub-região bastante "agitada e cobiçada".

"Com uma reduzida população, mas gozando de uma extensa fronteira marítima rica em recursos marinhos, numa sub-região extremamente agitada e cobiçada, as nossas forças armadas devem ter a todo instante o conhecimento adequado e o sentido exato do seu papel", disse o chefe de Estado.

Evaristo Carvalho falava durante as comemorações do Dia das Forças Armadas e reconheceu "as transformações permanentes" que têm sido feitas no exército ao longo dos últimos 44 anos, "com sucesso e revezes", mas "sempre com a companhia" dos "amigos e parceiros tradicionais de cooperação técnico militar".

Nesse âmbito, elogiou a cooperação com Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Portugal, para as quais endereçou "sinceros agradecimentos".

 "Novas ameaças"

Discursando na cerimónia de juramento de bandeira de mais de 370 novos soldados, o também comandante supremo das forças armadas sublinhou a importância de um novo modelo de estrutura e organização "para fazer face as assimetrias das novas ameaças".

O chefe de Estado são-tomense considerou importante esta reestruturação, sublinhando que "hoje e no futuro, num mundo que se globaliza cada dia mais, e onde o velho conceito de soberania nacional padece seriamente de forte erosão e vê-se confrontado com novas ameaças".

"Decorridas mais de quatro décadas e considerando a rápida evolução, as forças armadas têm de se adaptar constantemente à nossa realidade e às nossas necessidades reais de segurança, sem que sejam postos em causa os princípios fundamentais de estado de direito democrático e os valores essenciais de uma forças armadas republicana, comprometida com a constituição, as leis e os direitos humanos", disse.

O Presidente são-tomense instou o Governo que a reorganização das forças armadas deve ser feita porque dela depende a "sobrevivência" e o "futuro como nação livre, independente, progressista e democrática".

Deutsche Welle | Agência Lusa

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