Presidente são-tomense, Evaristo
Carvalho, defende reorganização das forças armadas de São Tomé e Príncipe. Para
líder, um dos motivos é o fato do país situar-se numa região "agitada e
cobiçada".
O Presidente são-tomense,
Evaristo Carvalho, defendeu na sexta-feira (06.9) a reorganização das
forças armadas de São Tomé e Príncipe, adaptando-a ao contexto de micro
estado que goza de uma extensa fronteira situada numa sub-região bastante
"agitada e cobiçada".
"Com uma reduzida população,
mas gozando de uma extensa fronteira marítima rica em recursos marinhos, numa
sub-região extremamente agitada e cobiçada, as nossas forças armadas devem ter
a todo instante o conhecimento adequado e o sentido exato do seu papel",
disse o chefe de Estado.
Evaristo Carvalho falava durante
as comemorações do Dia das Forças Armadas e reconheceu "as
transformações permanentes" que têm sido feitas no exército ao longo dos
últimos 44 anos, "com sucesso e revezes", mas "sempre com a
companhia" dos "amigos e parceiros tradicionais de cooperação técnico
militar".
Nesse âmbito, elogiou a
cooperação com Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Portugal, para as
quais endereçou "sinceros agradecimentos".
Discursando na cerimónia de
juramento de bandeira de mais de 370 novos soldados, o também comandante
supremo das forças armadas sublinhou a importância de um novo modelo de
estrutura e organização "para fazer face as assimetrias das novas ameaças".
O chefe de Estado são-tomense
considerou importante esta reestruturação, sublinhando que "hoje e no
futuro, num mundo que se globaliza cada dia mais, e onde o velho conceito de
soberania nacional padece seriamente de forte erosão e vê-se confrontado com novas
ameaças".
"Decorridas mais de quatro
décadas e considerando a rápida evolução, as forças armadas têm de se adaptar
constantemente à nossa realidade e às nossas necessidades reais de segurança,
sem que sejam postos em causa os princípios fundamentais de estado de direito
democrático e os valores essenciais de uma forças armadas republicana,
comprometida com a constituição, as leis e os direitos humanos", disse.
O Presidente são-tomense instou o
Governo que a reorganização das forças armadas deve ser feita porque dela
depende a "sobrevivência" e o "futuro como nação livre,
independente, progressista e democrática".
Deutsche Welle | Agência Lusa
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