Os média corporativos estão a dar
uma cobertura desmesurada aos acontecimentos actuais na Catalunha, mas omitem
cuidadosamente as lutas actuais de povos como os do Equador e do Iémen,
submetidos à agressão imperialista. No entanto, a análise que fazem é desinformativa
pela omissão de factos essenciais.
Convém ressaltar alguns deles:
1) O arcaísmo do Estado espanhol, submetido a uma ridícula monarquia imposta pelo franquismo. O problema das nacionalidades – que a República Espanhola conseguia encaminhar de modo justo – não tem solução no quadro de uma monarquia e constituição caducas.
2) O independentismo catalão é sobretudo um movimento liderado pela burguesia catalã. Estando numa das regiões mais ricas da Espanha, ela quer desvincular-se do resto país a fim de não ter que repartir a sua riqueza com as regiões mais pobres. Mas é duvidoso que os trabalhadores catalães se beneficiassem com uma republiqueta dominada pela sua burguesia local.
3) Aquando da agressão da NATO à Juguslávia a UE promoveu o desmembramento do país e criou um estado fantoche no Kosovo, liderado por um terrorista narco-traficante, rasgando a constituição jugoslava. Assim, é estranho que a UE venha agora a público defender o respeito pela constituição espanhola. A posição da UE é de dois pesos e duas medidas.
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