O secretário geral do PCP,
Jerónimo de Sousa, avisou hoje, no Porto, que o Partido Comunista vai intervir
com "inteira independência política", e que se vai posicionar em
função das "opções do PS" e dos "instrumentos orçamentais que
apresentar".
Mantendo o PCP a sua
iniciativa e intervenção, tal como aconteceu nos últimos quatro anos, será em
função das opções do PS, dos instrumentos orçamentais que apresentar e do
conteúdo do que legislar que o PCP determinará, como sempre com
inteira independência política, o seu posicionamento", declarou o
secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), durante um discurso de
cinco páginas que fez na desse do PCP na cidade do Porto.
Na intervenção que fez no âmbito do
"Encontro Regional de Quadros", onde foi anunciada a adesão de mais
"mil trabalhadores ao Partido", Jerónimo de Sousa anunciou que as
"frentes de luta" pelas quais o PCP se vai "bater com
toda a determinação" prendem-se com o "aumento geral dos
salários", "o aumento do salário mínimo nacional para os 850
euros", bem como o "combate à precariedade e revogação das
normas gravosas da legislação laboral".
O "direito à
habitação", o "reforço do Serviço Nacional de Saúde", o
"investimento nos transportes públicos" e "a luta por 1% do
Orçamento para a Cultura" fazem parte das "frentes de luta" que
o PCP pretende anunciar e por que se vai "bater, com toda a
determinação".
À lista das "frentes de
luta", Jerónimo de Sousa acrescentou ainda a luta por uma "política
fiscal justa", o "alargamento dos apoios sociais", a
"dignificação da Administração Pública" e a "proteção da
natureza".
"Todo o caminho de avanço e
de adoção de medidas que correspondam a direitos e aspirações dos
trabalhadores e do povo contará sempre com a intervenção do PCP. Assim
como todas e quaisquer medidas contrárias aos seus interesses terão a firme
oposição do PCP", prometeu Jerónimo de Sousa, reconhecendo que
"são grandes e exigentes as tarefas que a atual situação coloca
ao PCP".
O secretário-geral do PCP foi
aplaudido pela plateia, composta por cerca de 300 pessoas, quando referiu que
os votos que os trabalhadores e o povo confiaram ao PCP e à CDU vão
ser "uma força que vai contar para fazer avançar as condições de vida e o
desenvolvimento do país".
"Os últimos quatro anos que
corresponderam ao que se designou de nova fase da vida política nacional não
foram um tempo percorrido em vão", observou, relembrando que, nesse
período, com a intervenção do PCP se abriu "um caminho de
defesa, reposição e conquista de direitos que alguns julgavam impossível".
O Encontro Regional de Quadros do PCP no
Porto decorre de uma iniciativa do Comité Central, para que se promovam, no
pós-ciclo eleitoral, "espaços de análise e de debate sobre a situação atual e
sobre o trabalho e a intervenção do partido para o futuro", explicou
Jerónimo de Sousa.
Notícias ao Minuto | Lusa | Foto:
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