segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

2020 provoca o renascimento do optimismo de STP em torno da exploração de petróleo


O Ministro das Obras Públicas, Infra-estruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Osvaldo Abreu(na foto à esquerda ao lado do PM-JBJ), declarou na sexta feira 28 de Dezembro, que os blocos de petróleo números 5 e 6 da zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe, vão ser perfurados no ano 2020.

Kosmos Energy companhia petrolífera norte americana, e a Galp petrolífera portuguesa, partilham com o Estado são-tomense, os direitos de participação nos dois blocos.

«Nós teremos operação de perfuração em dois blocos, a partir do próximo ano. São os blocos 5 e 6 e que irá mudar de certa forma o paradigma de prospecção e pesquisa que temos vindo a desenvolver durante algum tempo», declarou o O Ministro Osvaldo Abreu.

O Ministro das Obras Públicas, Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente, fala de mudança de paradigma, para manifestar optimismo em torno de uma possível descoberta de petróleo e em quantidade comercial nos dois blocos que serão perfurados.

«Os estudos estão bem desenvolvidos, as esperanças em termos de concretização de uma descoberta são bastante grandes e para isso temos que nos preparar», frisou Osvaldo Abreu.


O ministro desafiou o país para o momento decisivo que se abrirá em 2020, em relação a uma possível inauguração da exploração de petróleo nas águas territoriais são-tomenses.  Osvaldo Abreu fez o anúncio da perfuração dos blocos 5 e 6 da Zona Económica Exclusiva, durante visita às instalações da Agência Nacional de Petróleo.  Numa altura em que a prospecção de petróleo no país se aproxima da fase decisiva, o ministro constata com preocupação, que a Agência Nacional de Petróleo carece de competência técnica e profissional no domínio do petróleo.

«É uma situação muito preocupante porque nós estamos a lidar com empresas petrolíferas extremamente potentes, competentes e que requer da parte do Estado pessoas formadas a altura dos nossos parceiros», pontuou.

Fuga de quadros, está a empobrecer a Agência Nacional de Petróleo e o próprio país, em matéria de competência técnica para lidar com o negócio de petróleo.

«Estamos a falar de quadros formados em sectores e especialidades caras, o país não consegue retê-los por falta de condições de trabalho e de salários minimamente compatível com o potencial que eles representam», acrescentou Osvaldo Abreu.

O ministro que foi quadro técnico da Agência Nacional de Petróleo, tendo sido mais tarde contratado por uma companhia petrolífera internacional, onde trabalhou durante vários anos, sabe bem o que diz.

Por outro lado, Osvaldo Abreu, exigiu a actualização da legislação petrolífera do país que já tem mais de 10 anos. O Ministro considerou que tais diplomas legais, nomeadamente a lei sobre as operações petrolíferas e a lei quadro das receitas petrolíferas, já estão ultrapassados.

O optimismo nacional em torno do petróleo, renasce nos finais de 2019, e será mais forte em 2020, por causa do cheiro do ouro negro que tende a ser cada vez mais intenso.  As autoridades são-tomenses e da Guiné Equatorial confirmaram em 2019, a intensidade maior do cheiro a petróleo na fronteira marítima entre os dois países. Dois blocos de petróleo(2 e 22), foram identificados e pesquisados. Os dois países vão definir em 2020, a modalidade de gestão e partilha dos recursos possivelmente existentes nos dois blocos na fronteira marítima comum.

Já na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe, para além da perfuração dos blocos 5 e 6 adjudicados às companhias Kosmos Energy e a Galp, o arquipélago vai registar trabalhos de pesquisa nos blocos 10 e 13.

A BP-Britshi Petroleum, companhia inglesa, operadora nos blocos 10 e 13, junto com a Kosmos Energy e a Agência Nacional de Petróleo, prometeu concluir os testes sísmicos sobre os blocos 10 e 13, o mais tardar no segundo semestre do ano 2020.

Razões para o optimismo nacional renascer em torno da exploração do petróleo. Ainda mais segundo o Ministro, quando grandes empresas internacionais no ramo petrolífero, manifestam interesse e investem na zona económica exclusiva são-tomensse.

«O interesse existe e não é pouco. Nós temos neste momento as maiores empresas internacionais de petróleo, algumas estão cá, estão engajadas, estão empenhadas no processo de pesquisa de três dimensões e estão a fazer investimentos em projectos sociais»,, concluiu o Ministro das Obras Públicas, Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente.

Abel Veiga | Téla Nón

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