O Ministro das Obras Públicas,
Infra-estruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Osvaldo Abreu(na foto à
esquerda ao lado do PM-JBJ), declarou na sexta feira 28 de Dezembro, que os
blocos de petróleo números 5 e 6 da zona económica exclusiva de São Tomé e
Príncipe, vão ser perfurados no ano 2020.
Kosmos Energy companhia
petrolífera norte americana, e a Galp petrolífera portuguesa, partilham com o
Estado são-tomense, os direitos de participação nos dois blocos.
«Nós teremos operação de
perfuração em dois blocos, a partir do próximo ano. São os blocos 5 e 6 e que
irá mudar de certa forma o paradigma de prospecção e pesquisa que temos
vindo a desenvolver durante algum tempo», declarou o O Ministro Osvaldo Abreu.
O Ministro das Obras Públicas,
Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente, fala de mudança de paradigma,
para manifestar optimismo em torno de uma possível descoberta de petróleo e em
quantidade comercial nos dois blocos que serão perfurados.
«Os estudos estão bem
desenvolvidos, as esperanças em termos de concretização de uma descoberta são
bastante grandes e para isso temos que nos preparar», frisou Osvaldo Abreu.
O ministro desafiou o país para o
momento decisivo que se abrirá em 2020, em relação a uma possível inauguração
da exploração de petróleo nas águas territoriais
são-tomenses. Osvaldo Abreu fez o anúncio da perfuração dos blocos 5
e 6 da Zona Económica Exclusiva, durante visita às instalações da Agência
Nacional de Petróleo. Numa altura em que a prospecção de petróleo no país
se aproxima da fase decisiva, o ministro constata com preocupação, que a
Agência Nacional de Petróleo carece de competência técnica e profissional no
domínio do petróleo.
«É uma situação muito preocupante
porque nós estamos a lidar com empresas petrolíferas extremamente potentes,
competentes e que requer da parte do Estado pessoas formadas a altura dos
nossos parceiros», pontuou.
Fuga de quadros, está a
empobrecer a Agência Nacional de Petróleo e o próprio país, em matéria de
competência técnica para lidar com o negócio de petróleo.
«Estamos a falar de quadros formados em sectores e especialidades caras, o país não consegue retê-los por falta de condições de trabalho e de salários minimamente compatível com o potencial que eles representam», acrescentou Osvaldo Abreu.
O ministro que foi quadro técnico
da Agência Nacional de Petróleo, tendo sido mais tarde contratado por uma
companhia petrolífera internacional, onde trabalhou durante vários anos, sabe
bem o que diz.
Por outro lado, Osvaldo Abreu,
exigiu a actualização da legislação petrolífera do país que já tem mais de 10
anos. O Ministro considerou que tais diplomas legais, nomeadamente a lei sobre
as operações petrolíferas e a lei quadro das receitas petrolíferas, já estão ultrapassados.
O optimismo nacional em torno do
petróleo, renasce nos finais de 2019, e será mais forte em 2020, por causa do
cheiro do ouro negro que tende a ser cada vez mais intenso. As
autoridades são-tomenses e da Guiné Equatorial confirmaram em 2019, a
intensidade maior do cheiro a petróleo na fronteira marítima entre os dois
países. Dois blocos de petróleo(2 e 22), foram identificados e pesquisados. Os
dois países vão definir em 2020, a modalidade de gestão e partilha dos recursos
possivelmente existentes nos dois blocos na fronteira marítima comum.
Já na zona económica exclusiva de
São Tomé e Príncipe, para além da perfuração dos blocos 5 e 6 adjudicados às
companhias Kosmos Energy e a Galp, o arquipélago vai registar trabalhos de
pesquisa nos blocos 10 e 13.
A BP-Britshi Petroleum, companhia
inglesa, operadora nos blocos 10 e 13, junto com a Kosmos Energy e a Agência
Nacional de Petróleo, prometeu concluir os testes sísmicos sobre os blocos 10 e
13, o mais tardar no segundo semestre do ano 2020.
Razões para o optimismo nacional
renascer em torno da exploração do petróleo. Ainda mais segundo o Ministro,
quando grandes empresas internacionais no ramo petrolífero, manifestam
interesse e investem na zona económica exclusiva são-tomensse.
«O interesse existe e não é
pouco. Nós temos neste momento as maiores empresas internacionais de petróleo,
algumas estão cá, estão engajadas, estão empenhadas no processo de pesquisa de
três dimensões e estão a fazer investimentos em projectos sociais»,,
concluiu o Ministro das Obras Públicas, Infra-estruturas, Recursos Naturais e
Ambiente.
Abel Veiga | Téla
Nón
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