Martinho Júnior, Luanda
2020 começou da pior maneira para
a humanidade: ainda estalavam no ar os foguetes dos fogos de artifício das
celebrações da passagem de ano, ainda se ouviam por toda a Terra os votos de
Bom Ano e de Felicidades, quando em Bagdad, uma das cidades-mártir da região
fulcral das tensões planetárias desde o início do século XXI, eram assassinados
pelo imperador Donald Trump, combatentes que haviam sido dos maiores
responsáveis pela derrota do caos e do terrorismo do Estado Islâmico na Síria e
no Iraque. (https://www.brasil247.com/blog/os-eua-dao-o-pontape-inicial-nos-loucos-anos-20-declarando-guerra-ao-ira)
Está aí, com todos os seus
transversalmente tenebrosos ingredientes, a IIIª Guerra Mundial!
No Médio Oriente Alargado está
bem patente o que venho anunciando de há anos a esta parte: a "IIIª
Guerra Mundial", assimetricamente variável e de não menos mortífera
intensidade, que a qualquer momento pode proliferar até se tornar numa
incontrolável escalada atómica!...
Todos os continentes se
apresentam neste momento, duma forma ou de outra, com problemas e entre os
problemas, alguns não têm mais humana solução!
Os Estados Unidos estão a escolher
seu próprio caminho no Médio Oriente Alargado: há muito que estão a mais ali e
em todas as partes do mundo onde disseminaram bases militares e expedientes
operativos geradores de caos e terrorismo, ao invés de, acabando com os
exércitos e os mercenários, fazerem proliferar responsáveis e dignas acções de
paz!
Os Estados Unidos e seu cortejo
de vassalos e cúmplices, são responsáveis pela fabricação de “inimigos
úteis”, a fim de armadilhar os seus verdadeiros inimigos, numa espiral de
violência que agora está mais a nu que nunca!
É no Médio Oriente Alargado onde
se registam os maiores embates entre os que persistem no império da hegemonia
unipolar disseminador de caos e terrorismo wahabita-sunita sob o sopro
sionista, face à imparável expansão das integrações emergentes e multilaterais,
que procuram estratégias de paz e integração, galvanizando a partir da história
e do respeito multicultural, acima de tudo o imenso continente euro-asiático.
Agora a fasquia não é já ao nível
da tensão hegemonia unipolar versus emergência multilateral: agora é entre os
que rompem com todo o tipo de leis descendo ao surrealismo da barbárie em pleno
século XXI e os que se prendem ao campo das leis e da legitimidade, numa
precária defesa da civilização e da vida! (https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/assim-os-imperios-cometem-suicidio/?fbclid=IwAR1d-9ocemBRBwiscguraaAl4R8glX8ewgpDEsPHX5wEJ-OuT6Qj1nAGvB0).
A RECESSÃO E A CRISE SÃO PRODUTOS
DA MALHA QUE A GLOBALIZAÇÃO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR TECE!
01- A Iniciativa da Nova Rota da
Seda fez 6 anos, precisamente numa altura em que a República Popular da China
atinge os 70 anos de longevidade e constante emergência!... (https://vermelho.org.br/2019/10/03/a-nova-rota-da-seda-e-a-atual-encruzilhada-historica/).
Para melhor compreensão do que
está em jogo entre a costa do Pacífico e a costa do Atlântico sob o prisma da
emergência da República Popular da China, a síntese-analítica da autoria do
pesquisador-especialista Diego Pautasso de que acima junto o link, revela com
toda a propriedade a evolução da situação nas suas múltiplas implicações, nos
seus desenvolvimentos práticos, nos seus cenários geoestratégicos e nas
contramedidas que o império da hegemonia unipolar tece!…
Em todas as iniciativas
integradas e integradoras, a República Popular da China procura marcar a
cadência da paz, da segurança e da multiplicação dos negócios e investimentos
comuns e com reciprocidade das vantagens!...
Sem paz não há negócios e a RPC
não pretende converter em capitalismo neoliberal de desastre o que já está a
fazer sob a intensa bandeira da paz!
Recomendo a todos ler, por que no
centro da exposição está a compreensão histórica do imparável fortalecimento
emergente da própria República Popular da China e, a partir dela, de toda a
envolvência humana na Euro-Ásia e em África:
“O ponto inicial é compreender
como a BRI” (“Belt and Road Initative”) “resulta de um complexo
processo de reconstrução nacional iniciado com a Revolução de 1949.
A primeira geração de dirigentes
liderada por Mao Tsé-tung tornou o país independente, retomou a integração
territorial, lançou os alicerces da indústria de base e da infraestrutura
física (transportes, comunicação e energia).
A segunda geração, tendo à frente
Deng Xiaoping, lançou a política de Reforma e Abertura em meados dos anos 1970,
retomando o processo acelerado de desenvolvimento, internalizando tecnologia,
diminuído o atraso em relação aos países desenvolvidos e criando novos padrões
institucionais para o país.
A terceira geração, sob a
coordenação de Jiang Zemin (1993-2003), teve o desafio de resistir à conjuntura
decorrente do colapso do campo soviético e ainda dar continuidade e aprofundar
tais políticas iniciadas por Deng.
A partir do século XXI, com a
quarta geração de Hu Jintao (2003-13) e a quinta de Xi Jinping (2013-…), a
inserção internacional chinesa ganhou novos contornos.”
02- Tendo como fulcro o seu
próprio território (a cabeça), o “BRI” (https://en.wikipedia.org/wiki/Belt_and_Road_Initiative)
significa um processo de integração tentacular que se distende para além das
fronteiras da República Popular da China por todo o imenso continente
euro-asiático a ocidente, das costas do Pacífico às costas do Atlântico,
desenvolvendo expedientes de “ganha-ganha” (https://orientalreview.org/2017/12/19/donald-trumps-win-lose-model-versus-xi-jinpings-win-win/)
que, sob o ponto de vista económico, têm sido imparáveis, por que beneficiam
desde logo da “atracção” pelos espaços vazios da Federação Russa e da
Ásia Central, de rarefeita ocupação humana, mas de incalculáveis riquezas
naturais!
Beneficia também do corredor do
Paquistão, a fim de dinamizar a própria China Ocidental, ganhando o acesso ao
Índico Norte e ao Golfo Pérsico!... (https://economictimes.indiatimes.com/topic/China-Pakistan-Corridor-project; http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano_en/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/elcano/elcano_es/zonas_es/asia-pacifico/ari53-2016-esteban-china-pakistan-corridor-transit-economic-development)
Ao possibilitar o acesso ao
Índico Norte a China por tabela procura propiciar a integração da Índia, com
quem tem fronteiras mas onde, apesar de se começarem a esvair residuais
diferendos, está-se apenas no limiar do aprofundar da integração recíproca (http://portuguese.xinhuanet.com/2019-10/12/c_138466714.htm)!
O corredor do Paquistão é a maior
manobra de persuasão para evitar a guerra larvar entre o Paquistão e a Índia,
com as três potências detentoras de suas próprias armas nucleares! (https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2018020910478349-poder-nuclear-china-india-paquistao/).
Desde que se lançou a iniciativa,
a Nova Rota da Seda (“Belt and Road” – https://eng.yidaiyilu.gov.cn/qwyw/rdxw/88273.htm)
avança inexoravelmente no imenso continente euro-asiático (https://www.globalresearch.ca/new-silk-roads-china-kazakh-border/5696770),
concentrando-se agora na plataforma decisiva que constitui a Ásia Central que
integra a Sibéria Russa (praticamente dos Urais à costa do Pacífico da
Federação Russa, com 13.500.000 km2 – https://www.britannica.com/place/Siberia)
e os “5 satãs”: o Cazaquistão (o maior dos países constituintes da Ásia
Central, com 1.052.089 km2 – https://www.britannica.com/place/Kazakhstan),
o Tajiquistão (o mais pequeno país da Ásia Central e um dos mais críticos, com
a área de 142.600 km2 – https://www.britannica.com/place/Tajikistan),
o Kirguistão (com 199.945 km2 – https://www.britannica.com/place/Kyrgyzstan),
o Uzbequistão (um país com 447.400 km2 – https://www.britannica.com/place/Uzbekistan),
o Turcomenistão (com 491.210 km2 – https://www.britannica.com/place/Turkmenistan).
Esse nó dos “5 satãs” (com
um total de 2.333.254 km2), está imediatamente a norte (https://www.brasil247.com/blog/rodando-pela-rodovia-pamir-o-coracao-agreste-da-asia-central)
da região de tensão do Médio Oriente Alargado que se estende até à afectação
crónica do “AfPaq” (Afeganistão e Paquistão), assim como do Índico
Norte e Golfo Pérsico! (https://foreignpolicy.com/2015/10/16/the-definition-of-insanity-is-u-s-afpak-strategy/; https://economictimes.indiatimes.com/topic/AFPAK).
O Irão (com 1.628.771 km2 – https://www.britannica.com/place/Iran)
é, a sul, o guardião estratégico e de vanguarda dos expedientes de paz do “BRI” na
Ásia Central e no “AfPak”, onde os Estados Unidos estão em crescente
perda, ou em gritante insuficiência de argumentos, de opções e de acções, numa “decadência” que
conduz à sua própria “asfixia” nessa crucialmente nevrálgica região! (https://moderndiplomacy.eu/2019/08/31/unjustified-hope-of-irans-central-asia-policy/).
A Índia, embora não participando
na “BRI”, faz parte da “Organização de Cooperação de Shanghai” (http://eng.sectsco.org/) e
do grupo BRICS (http://www.chinahoje.net/edicoes/?ano=5&numero=27), ou
seja, já é parte de condutas de geometria variável, faltando pouco para
preencher sua integração!
A “BRI” não tem
paralelo (https://www.brasil247.com/blog/a-rodovia-pamir-a-estrada-no-telhado-do-mundo)
e o proteccionismo exacerbado levado a cabo pela Administração de Donald Trump,
conjugado com um leque de medidas financeiras internacionais (tirando partido
do dólar enquanto centro de gravidade), económicas (proliferação de sanções e
pressões de toda a ordem sobre alvos considerados de “desobedientes”), de
inteligência (no âmbito da guerra psicológica implicada nas medidas de caos e
de terror que dissemina) e militares (com mais de 800 bases espalhadas pelo
mundo, na tentativa de cercar sobretudo a República Popular da China e a
Federação Russa), é um aberrante contrassenso: ao “win-win” que a RPC
leva a cabo, os Estados Unidos propõem-se em regime de exclusividade, ao
exercício sulfúrico do “win-lose”!... (http://www.europereloaded.com/liberalism-is-the-problem-win-win-globalism-is-the-solution/).
03- Com o multilateralismo a
estabelecer estratégias e cada vez mais nexos de integração procurando sempre
vias de segurança e de paz, por que só assim se podem fazer proliferar investimentos
e negócios no imenso continente euro-asiático, o império da hegemonia unipolar
exclui, divide e dissemina estratégias de caos e terrorismo, para armadilhar as
emergências multilaterais e justificar o exercício de intervenção maldita do
seu poder de inteligência e militar, a única via de sua obcecada expressão! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/01/guerra-dos-eua-pela-dominacao-global.html#more; https://www.voltairenet.org/article206513.html).
A integração que os Estados
Unidos promovem nos e com seus expedientes é, à sua própria imagem e
semelhança, com os mais execráveis e retrógrados regimes que há sobre a Terra:
o sionismo concentrado em Israel, o fanatismo wahabita-sunita de que se servem
as monarquias arábicas para se manterem no poder (https://www.voltairenet.org/article208343.html)
e a ambiguidade insana do AfPaq, sujeitando-se às “filtragens” e “transversalidades” do “Inter-Services
Intelligence”! (https://www.bbc.com/news/world-middle-east-49973217; https://www.state.gov/u-s-relations-with-saudi-arabia/; https://www.theguardian.com/world/inter-services-intelligence-isi).
Por muito poderoso que seja o
império da hegemonia unipolar, a sua geoestratégia estando condenada à
devassidão, dá consistência à barbárie, prolongando-a de crime em crime por
manifesta incapacidade de relacionamentos em pé de igualdade (conforme à Carta
das Nações Unidas) com as outras nações, estados e povos da Terra!... (https://www.voltairenet.org/article208774.html).
Por isso o exercício naval
tripartido, envolvendo no Índico Norte e Golfo Pérsico o Irão, a Rússia e a
China, foi no fecho de 2019, uma antecipação do “Yankees go home” que
se está, no seu imediato a assistir desde as primeiras horas do ano 20! (https://www.hispantv.com/noticias/opinion/286942/alianza-rusia-iran-china-occidente-eeuu; https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/almirante-iraniano-revela-o-que-levou-russia-e-china-a-participar-de-manobras-navais-com-ira).
04- O que os colonos da conquista
do oeste fizeram às nações autóctones da América do Norte, assim como o que
fizeram em relação ao México, não teve alteração desde então no seu carácter,
nos seus critérios e nos conteúdos práticos em relação ao resto do mundo, salvo
para com vassalos e cúmplices de sua barbárie, que incluem organizações
terroristas que como “inimigos úteis” espalham o caos nos
continentes-alvo da sua incomensurável cobiça!
Por isso iniciativas como a “Belt
and Road Initiative” (“BRI”), a “Shanghai Cooperation Organzation” (“SCO”), ou
os BRICS, são alvos da sua hostilidade, com ementas subversivas que abrangem
desde a manobra político-diplomática, a medidas económicas e financeiras, ou a
medidas de guerra “assimétrica” e de “geometria variável” como
as que estão em curso, tendendo a subir de intensidade à medida que a
integração multilateral vai ganhando espaço e adeptos!
O golpe contra o Irão, que passa
pelo Líbano, a Síria, o Iraque, a Líbia e o Iémen, golpe que vem sendo levado a
cabo sincronizado com o plano de extinção da Palestina, é uma geoestratégia de
ataque à “SCO” e ao “BRI” desde a projecção da implosão
socialista dos tempos das sementes neoliberais de Ronald Reagan!
É também um evidente sinal de
desespero face aos êxitos que a “BRI”, no quadro da geoestratégia chinesa,
tão rapidamente vão acumulando desde o seu arranque há 6 anos!
É contra essa linha em progressão
leste-oeste que se atravessam no caminho os Estados Unidos e sua dilecta
coligação no Médio Oriente Alargado (com o sionismo e o radicalismo
wahabita-sunita em primeiro plano), pelo que o Irão tornou-se no primeiro alvo
a abater entre as duas barricadas!
A estratégia do Irão, integrada
pelo General Qassem Soleimani, reconheceu-o desde os primeiros movimentos no princípio
do século XXI, pelo que vocacionaram a resposta por antecipação e prevenção, no
Líbano, na Síria, no Iraque, na Líbia e por fim no Iémen, tendo como alvo
tático principal o Estado Islâmico, (acerca do qual há cada vez mais provas da
velada engenharia do império da hegemonia unipolar, de seus vassalos e de seus
cúmplices), reservando-se para o alvo estratégico que é Israel sionista e a
Arábia Saudita wahabita-sunita!
O assassinato do general Qassem
Soleimani pelo império da hegemonia unipolar, é apenas um evidente sinal de
desespero de quem está contra a parede, sem alternativas, sem opçoes e vai
acumulando de parada em parada, barreiras intransponíveis de resistência na
imensidão euro-asiática, em cada vez mais espaços marítimos no mundo e na América
Latina, o dilecto “quintal traseiro” das manobras de expansão e
hegemonia!
A partir deste momento fica mais
evidente que nunca que os “inimigos úteis” do império, construídos
para armadilhar as mais sensíveis áreas continentais globais onde se estão a
produzir os choques, só podem retardar o recuo unipolar e seu sulfuroso caudal
de ingredientes (onde sobressaem o sionismo e o radicalismo wahabita-sunita)!
O papel do Irão no Médio Oriente
Alargado salvaguarda a rápida progressão do “BRI” mais a norte e por
isso não podia ser deoutra forma a aliança Irão-China-Rússia!
Desse modo são os termos da paz
proposta pela República Popular da China na sua geoestratégia que agora perfez
70 anos, o principal inimigo e alvo dos Estados Unidos em relação ao qual se
interpõe o Irão, quando antes se interpunha o “AfPak”… ou seja, tarde
demais para quem se viciou na droga do capitalismo neoliberal que está a
atingir em cheio e por dentro a própria aristocracia financeira mundial!
Neste momento, os principais
campos de batalha são a Síria e o Iraque… (https://www.theguardian.com/world/2020/jan/07/trump-iran-suleimani-threats-retaliation?CMP=share_btn_fb&fbclid=IwAR2LjVsIElWaHrHopTAN8tx5UmxspjSOZ27Nti3k9XrG-A7mBUfqUtXjB4o).
… Uma ecalada pode chegar à
confrontação nuclear! (https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2020010814982835-se-eua-responderem-a-ataques-do-ira-grande-guerra-sera-inevitavel-diz-senador-russo/).
Martinho Júnior -- Luanda, 7 de Janeiro de 2020
Imagens:
01- Os membros do “Shanghay
Cooperation Organization” são os principais artífices, seguindo doutrinas
de paz, cooperação e integração do “Belt and Road Intiative”; pr isso são
os alvos dilectos do império da hegemonia unipolar no imenso continente
euro-asiático, entretanto sustidos na região de tensão do Médio Oriente
Alargado – http://eng.sectsco.org/for_media/20180606/441009.html;
02- “A BRI chega a África” – https://vermelho.org.br/2019/10/03/a-nova-rota-da-seda-e-a-atual-encruzilhada-historica/;
03- “Como disse Engdhal
(2009, p. 127), o império de bases militares é a base do Império e sua política
de full spectrum dominance.
Essas são as bases de uma espécie
de arco de contenção do eixo sino-russo liderado pelos Estados Unidos baseado
em múltiplas estratégias.
Inclui o avanço de alianças militares,
como a expansão da OTAN, bem como uma gigantesca estrutura de projeção de força
militar que cobre a Eurásia, compostas pelos Comandos do Pacífico (PACOM),
Comando Europeu (EUCOM) e o Comando Central (CENTCOM) e um conjunto de aliados
estratégicos.
Ademais, há, de cerca de 800
bases militares espalhadas pelo mundo, uma rede de bases militares estratégicas
na Eurásia, na Coreia do Sul, Japão, Guam, Tailândia, entre outros.
Deve-se sublinhar ainda aliados
regionais estratégicos, tais como Japão, Arábia Saudita, Azerbaijão, Geórgia,
Israel, etc.
Os casos de Índia e Paquistão,
por exemplo, oscilam entre a aproximação com Washington e com o
eixo-sino-russo: por um lado o acordo nuclear indo-americano (2005) e a
condição de Major non-NATO Ally (2004), respectivamente, e, por outro, a
inclusão como membros da OCX.
A isso, somam-se as políticas de
regime change através de desestabilizações como as ‘revoluções coloridas’,
ocorridas na Sérvia (1999), Geórgia (2003), Ucrânia (2004-14), Quirguistão
(2005).
Sem esquecer das intervenções
militares diretas, cujos efeitos foram devastadores, como Afeganistão, Iraque,
Líbia e Síria – essa salva pelo apoio russo.
Há ainda os países sob sanções e
recorrentes ameaças militares, os casos de Coreia do Norte e Irã – inclusive
com a implosão unilateral do acordo nuclear com o país persa.
Outro vetor de ingerência e
desestabilização são os apoios aos movimentos separatistas na Chechénia, no
Tibet, Xinjiang e de países vizinhos, como Baluchistão.
Por fim, mas não menos
importante, há litígios com potencial para promover uma escalada militar, como
são os casos de Taiwan, Mar do Sul da China, Península Coreana, entre outros.
Ou seja, o arco começa na Ucrânia, passa pelo Cáucaso, atravessa o Oriente Médio
e a Ásia Central, e culmina no Sudeste e Leste Asiáticos.” – https://vermelho.org.br/2019/10/03/a-nova-rota-da-seda-e-a-atual-encruzilhada-historica/;
04- Who's threatening who? Map of US
military bases surrounding #Iran – https://www.pinterest.com/pin/386535580500992050/?lp=true;
05- Iran fired missiles
Wednesday at Iraqi bases housing the US military, officials in Washington and
Tehran said, in the first action of the Islamic republic's promised revenge for
the US killing of a top Iranian general. – https://www.ibtimes.com/iran-fires-missiles-us-troop-bases-iraq-2897761.
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