quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ESTÁ AÍ A IIIª GUERRA MUNDIAL!


Martinho Júnior, Luanda 

2020 começou da pior maneira para a humanidade: ainda estalavam no ar os foguetes dos fogos de artifício das celebrações da passagem de ano, ainda se ouviam por toda a Terra os votos de Bom Ano e de Felicidades, quando em Bagdad, uma das cidades-mártir da região fulcral das tensões planetárias desde o início do século XXI, eram assassinados pelo imperador Donald Trump, combatentes que haviam sido dos maiores responsáveis pela derrota do caos e do terrorismo do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. (https://www.brasil247.com/blog/os-eua-dao-o-pontape-inicial-nos-loucos-anos-20-declarando-guerra-ao-ira)

Está aí, com todos os seus transversalmente tenebrosos ingredientes, a IIIª Guerra Mundial!

No Médio Oriente Alargado está bem patente o que venho anunciando de há anos a esta parte: a "IIIª Guerra Mundial", assimetricamente variável e de não menos mortífera intensidade, que a qualquer momento pode proliferar até se tornar numa incontrolável escalada atómica!...

Todos os continentes se apresentam neste momento, duma forma ou de outra, com problemas e entre os problemas, alguns não têm mais humana solução!

Os Estados Unidos estão a escolher seu próprio caminho no Médio Oriente Alargado: há muito que estão a mais ali e em todas as partes do mundo onde disseminaram bases militares e expedientes operativos geradores de caos e terrorismo, ao invés de, acabando com os exércitos e os mercenários, fazerem proliferar responsáveis e dignas acções de paz!

Os Estados Unidos e seu cortejo de vassalos e cúmplices, são responsáveis pela fabricação de “inimigos úteis”, a fim de armadilhar os seus verdadeiros inimigos, numa espiral de violência que agora está mais a nu que nunca!

É no Médio Oriente Alargado onde se registam os maiores embates entre os que persistem no império da hegemonia unipolar disseminador de caos e terrorismo wahabita-sunita sob o sopro sionista, face à imparável expansão das integrações emergentes e multilaterais, que procuram estratégias de paz e integração, galvanizando a partir da história e do respeito multicultural, acima de tudo o imenso continente euro-asiático.

Agora a fasquia não é já ao nível da tensão hegemonia unipolar versus emergência multilateral: agora é entre os que rompem com todo o tipo de leis descendo ao surrealismo da barbárie em pleno século XXI e os que se prendem ao campo das leis e da legitimidade, numa precária defesa da civilização e da vida! (https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/assim-os-imperios-cometem-suicidio/?fbclid=IwAR1d-9ocemBRBwiscguraaAl4R8glX8ewgpDEsPHX5wEJ-OuT6Qj1nAGvB0).



A RECESSÃO E A CRISE SÃO PRODUTOS DA MALHA QUE A GLOBALIZAÇÃO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR TECE!

01- A Iniciativa da Nova Rota da Seda fez 6 anos, precisamente numa altura em que a República Popular da China atinge os 70 anos de longevidade e constante emergência!... (https://vermelho.org.br/2019/10/03/a-nova-rota-da-seda-e-a-atual-encruzilhada-historica/).

Para melhor compreensão do que está em jogo entre a costa do Pacífico e a costa do Atlântico sob o prisma da emergência da República Popular da China, a síntese-analítica da autoria do pesquisador-especialista Diego Pautasso de que acima junto o link, revela com toda a propriedade a evolução da situação nas suas múltiplas implicações, nos seus desenvolvimentos práticos, nos seus cenários geoestratégicos e nas contramedidas que o império da hegemonia unipolar tece!…

Em todas as iniciativas integradas e integradoras, a República Popular da China procura marcar a cadência da paz, da segurança e da multiplicação dos negócios e investimentos comuns e com reciprocidade das vantagens!...

Sem paz não há negócios e a RPC não pretende converter em capitalismo neoliberal de desastre o que já está a fazer sob a intensa bandeira da paz!

Recomendo a todos ler, por que no centro da exposição está a compreensão histórica do imparável fortalecimento emergente da própria República Popular da China e, a partir dela, de toda a envolvência humana na Euro-Ásia e em África:

“O ponto inicial é compreender como a BRI” (“Belt and Road Initative”) “resulta de um complexo processo de reconstrução nacional iniciado com a Revolução de 1949.

A primeira geração de dirigentes liderada por Mao Tsé-tung tornou o país independente, retomou a integração territorial, lançou os alicerces da indústria de base e da infraestrutura física (transportes, comunicação e energia).

A segunda geração, tendo à frente Deng Xiaoping, lançou a política de Reforma e Abertura em meados dos anos 1970, retomando o processo acelerado de desenvolvimento, internalizando tecnologia, diminuído o atraso em relação aos países desenvolvidos e criando novos padrões institucionais para o país.

A terceira geração, sob a coordenação de Jiang Zemin (1993-2003), teve o desafio de resistir à conjuntura decorrente do colapso do campo soviético e ainda dar continuidade e aprofundar tais políticas iniciadas por Deng.

A partir do século XXI, com a quarta geração de Hu Jintao (2003-13) e a quinta de Xi Jinping (2013-…), a inserção internacional chinesa ganhou novos contornos.”


02- Tendo como fulcro o seu próprio território (a cabeça), o “BRI” (https://en.wikipedia.org/wiki/Belt_and_Road_Initiative) significa um processo de integração tentacular que se distende para além das fronteiras da República Popular da China por todo o imenso continente euro-asiático a ocidente, das costas do Pacífico às costas do Atlântico, desenvolvendo expedientes de “ganha-ganha” (https://orientalreview.org/2017/12/19/donald-trumps-win-lose-model-versus-xi-jinpings-win-win/) que, sob o ponto de vista económico, têm sido imparáveis, por que beneficiam desde logo da “atracção” pelos espaços vazios da Federação Russa e da Ásia Central, de rarefeita ocupação humana, mas de incalculáveis riquezas naturais!


Ao possibilitar o acesso ao Índico Norte a China por tabela procura propiciar a integração da Índia, com quem tem fronteiras mas onde, apesar de se começarem a esvair residuais diferendos, está-se apenas no limiar do aprofundar da integração recíproca (http://portuguese.xinhuanet.com/2019-10/12/c_138466714.htm)!

O corredor do Paquistão é a maior manobra de persuasão para evitar a guerra larvar entre o Paquistão e a Índia, com as três potências detentoras de suas próprias armas nucleares! (https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2018020910478349-poder-nuclear-china-india-paquistao/).

Desde que se lançou a iniciativa, a Nova Rota da Seda (“Belt and Road” – https://eng.yidaiyilu.gov.cn/qwyw/rdxw/88273.htm) avança inexoravelmente no imenso continente euro-asiático (https://www.globalresearch.ca/new-silk-roads-china-kazakh-border/5696770), concentrando-se agora na plataforma decisiva que constitui a Ásia Central que integra a Sibéria Russa (praticamente dos Urais à costa do Pacífico da Federação Russa, com 13.500.000 km2 – https://www.britannica.com/place/Siberia) e os “5 satãs”: o Cazaquistão (o maior dos países constituintes da Ásia Central, com 1.052.089 km2 – https://www.britannica.com/place/Kazakhstan), o Tajiquistão (o mais pequeno país da Ásia Central e um dos mais críticos, com a área de 142.600 km2 – https://www.britannica.com/place/Tajikistan), o Kirguistão (com 199.945 km2 – https://www.britannica.com/place/Kyrgyzstan), o Uzbequistão (um país com 447.400 km2 – https://www.britannica.com/place/Uzbekistan), o Turcomenistão (com 491.210 km2 – https://www.britannica.com/place/Turkmenistan).

Esse nó dos “5 satãs” (com um total de 2.333.254 km2), está imediatamente a norte (https://www.brasil247.com/blog/rodando-pela-rodovia-pamir-o-coracao-agreste-da-asia-central) da região de tensão do Médio Oriente Alargado que se estende até à afectação crónica do “AfPaq” (Afeganistão e Paquistão), assim como do Índico Norte e Golfo Pérsico! (https://foreignpolicy.com/2015/10/16/the-definition-of-insanity-is-u-s-afpak-strategy/https://economictimes.indiatimes.com/topic/AFPAK).

O Irão (com 1.628.771 km2 – https://www.britannica.com/place/Iran) é, a sul, o guardião estratégico e de vanguarda dos expedientes de paz do “BRI” na Ásia Central e no “AfPak”, onde os Estados Unidos estão em crescente perda, ou em gritante insuficiência de argumentos, de opções e de acções, numa “decadência” que conduz à sua própria “asfixia” nessa crucialmente nevrálgica região! (https://moderndiplomacy.eu/2019/08/31/unjustified-hope-of-irans-central-asia-policy/).

A Índia, embora não participando na “BRI”, faz parte da “Organização de Cooperação de Shanghai” (http://eng.sectsco.org/) e do grupo BRICS (http://www.chinahoje.net/edicoes/?ano=5&numero=27), ou seja, já é parte de condutas de geometria variável, faltando pouco para preencher sua integração!

A “BRI” não tem paralelo (https://www.brasil247.com/blog/a-rodovia-pamir-a-estrada-no-telhado-do-mundo) e o proteccionismo exacerbado levado a cabo pela Administração de Donald Trump, conjugado com um leque de medidas financeiras internacionais (tirando partido do dólar enquanto centro de gravidade), económicas (proliferação de sanções e pressões de toda a ordem sobre alvos considerados de “desobedientes”), de inteligência (no âmbito da guerra psicológica implicada nas medidas de caos e de terror que dissemina) e militares (com mais de 800 bases espalhadas pelo mundo, na tentativa de cercar sobretudo a República Popular da China e a Federação Russa), é um aberrante contrassenso: ao “win-win” que a RPC leva a cabo, os Estados Unidos propõem-se em regime de exclusividade, ao exercício sulfúrico do “win-lose”!... (http://www.europereloaded.com/liberalism-is-the-problem-win-win-globalism-is-the-solution/).


03- Com o multilateralismo a estabelecer estratégias e cada vez mais nexos de integração procurando sempre vias de segurança e de paz, por que só assim se podem fazer proliferar investimentos e negócios no imenso continente euro-asiático, o império da hegemonia unipolar exclui, divide e dissemina estratégias de caos e terrorismo, para armadilhar as emergências multilaterais e justificar o exercício de intervenção maldita do seu poder de inteligência e militar, a única via de sua obcecada expressão! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/01/guerra-dos-eua-pela-dominacao-global.html#morehttps://www.voltairenet.org/article206513.html).

A integração que os Estados Unidos promovem nos e com seus expedientes é, à sua própria imagem e semelhança, com os mais execráveis e retrógrados regimes que há sobre a Terra: o sionismo concentrado em Israel, o fanatismo wahabita-sunita de que se servem as monarquias arábicas para se manterem no poder (https://www.voltairenet.org/article208343.html) e a ambiguidade insana do AfPaq, sujeitando-se às “filtragens” e “transversalidades” do “Inter-Services Intelligence”! (https://www.bbc.com/news/world-middle-east-49973217https://www.state.gov/u-s-relations-with-saudi-arabia/https://www.theguardian.com/world/inter-services-intelligence-isi).

Por muito poderoso que seja o império da hegemonia unipolar, a sua geoestratégia estando condenada à devassidão, dá consistência à barbárie, prolongando-a de crime em crime por manifesta incapacidade de relacionamentos em pé de igualdade (conforme à Carta das Nações Unidas) com as outras nações, estados e povos da Terra!... (https://www.voltairenet.org/article208774.html).

Por isso o exercício naval tripartido, envolvendo no Índico Norte e Golfo Pérsico o Irão, a Rússia e a China, foi no fecho de 2019, uma antecipação do “Yankees go home” que se está, no seu imediato a assistir desde as primeiras horas do ano 20! (https://www.hispantv.com/noticias/opinion/286942/alianza-rusia-iran-china-occidente-eeuuhttps://www.defesaaereanaval.com.br/naval/almirante-iraniano-revela-o-que-levou-russia-e-china-a-participar-de-manobras-navais-com-ira).


04- O que os colonos da conquista do oeste fizeram às nações autóctones da América do Norte, assim como o que fizeram em relação ao México, não teve alteração desde então no seu carácter, nos seus critérios e nos conteúdos práticos em relação ao resto do mundo, salvo para com vassalos e cúmplices de sua barbárie, que incluem organizações terroristas que como “inimigos úteis” espalham o caos nos continentes-alvo da sua incomensurável cobiça!

Por isso iniciativas como a “Belt and Road Initiative” (“BRI”), a “Shanghai Cooperation Organzation” (“SCO”), ou os BRICS, são alvos da sua hostilidade, com ementas subversivas que abrangem desde a manobra político-diplomática, a medidas económicas e financeiras, ou a medidas de guerra “assimétrica” e de “geometria variável” como as que estão em curso, tendendo a subir de intensidade à medida que a integração multilateral vai ganhando espaço e adeptos!

O golpe contra o Irão, que passa pelo Líbano, a Síria, o Iraque, a Líbia e o Iémen, golpe que vem sendo levado a cabo sincronizado com o plano de extinção da Palestina, é uma geoestratégia de ataque à “SCO” e ao “BRI” desde a projecção da implosão socialista dos tempos das sementes neoliberais de Ronald Reagan!

É também um evidente sinal de desespero face aos êxitos que a “BRI”, no quadro da geoestratégia chinesa, tão rapidamente vão acumulando desde o seu arranque há 6 anos!

É contra essa linha em progressão leste-oeste que se atravessam no caminho os Estados Unidos e sua dilecta coligação no Médio Oriente Alargado (com o sionismo e o radicalismo wahabita-sunita em primeiro plano), pelo que o Irão tornou-se no primeiro alvo a abater entre as duas barricadas!

A estratégia do Irão, integrada pelo General Qassem Soleimani, reconheceu-o desde os primeiros movimentos no princípio do século XXI, pelo que vocacionaram a resposta por antecipação e prevenção, no Líbano, na Síria, no Iraque, na Líbia e por fim no Iémen, tendo como alvo tático principal o Estado Islâmico, (acerca do qual há cada vez mais provas da velada engenharia do império da hegemonia unipolar, de seus vassalos e de seus cúmplices), reservando-se para o alvo estratégico que é Israel sionista e a Arábia Saudita wahabita-sunita!

O assassinato do general Qassem Soleimani pelo império da hegemonia unipolar, é apenas um evidente sinal de desespero de quem está contra a parede, sem alternativas, sem opçoes e vai acumulando de parada em parada, barreiras intransponíveis de resistência na imensidão euro-asiática, em cada vez mais espaços marítimos no mundo e na América Latina, o dilecto “quintal traseiro” das manobras de expansão e hegemonia!

A partir deste momento fica mais evidente que nunca que os “inimigos úteis” do império, construídos para armadilhar as mais sensíveis áreas continentais globais onde se estão a produzir os choques, só podem retardar o recuo unipolar e seu sulfuroso caudal de ingredientes (onde sobressaem o sionismo e o radicalismo wahabita-sunita)!

O papel do Irão no Médio Oriente Alargado salvaguarda a rápida progressão do “BRI” mais a norte e por isso não podia ser deoutra forma a aliança Irão-China-Rússia!

Desse modo são os termos da paz proposta pela República Popular da China na sua geoestratégia que agora perfez 70 anos, o principal inimigo e alvo dos Estados Unidos em relação ao qual se interpõe o Irão, quando antes se interpunha o “AfPak”… ou seja, tarde demais para quem se viciou na droga do capitalismo neoliberal que está a atingir em cheio e por dentro a própria aristocracia financeira mundial!



Martinho Júnior -- Luanda, 7 de Janeiro de 2020

Imagens:
01- Os membros do “Shanghay Cooperation Organization” são os principais artífices, seguindo doutrinas de paz, cooperação e integração do “Belt and Road Intiative”; pr isso são os alvos dilectos do império da hegemonia unipolar no imenso continente euro-asiático, entretanto sustidos na região de tensão do Médio Oriente Alargado – http://eng.sectsco.org/for_media/20180606/441009.html;


03- “Como disse Engdhal (2009, p. 127), o império de bases militares é a base do Império e sua política de full spectrum dominance.
Essas são as bases de uma espécie de arco de contenção do eixo sino-russo liderado pelos Estados Unidos baseado em múltiplas estratégias.
Inclui o avanço de alianças militares, como a expansão da OTAN, bem como uma gigantesca estrutura de projeção de força militar que cobre a Eurásia, compostas pelos Comandos do Pacífico (PACOM), Comando Europeu (EUCOM) e o Comando Central (CENTCOM) e um conjunto de aliados estratégicos.
Ademais, há, de cerca de 800 bases militares espalhadas pelo mundo, uma rede de bases militares estratégicas na Eurásia, na Coreia do Sul, Japão, Guam, Tailândia, entre outros.
Deve-se sublinhar ainda aliados regionais estratégicos, tais como Japão, Arábia Saudita, Azerbaijão, Geórgia, Israel, etc.
Os casos de Índia e Paquistão, por exemplo, oscilam entre a aproximação com Washington e com o eixo-sino-russo: por um lado o acordo nuclear indo-americano (2005) e a condição de Major non-NATO Ally (2004), respectivamente, e, por outro, a inclusão como membros da OCX.
A isso, somam-se as políticas de regime change através de desestabilizações como as ‘revoluções coloridas’, ocorridas na Sérvia (1999), Geórgia (2003), Ucrânia (2004-14), Quirguistão (2005).
Sem esquecer das intervenções militares diretas, cujos efeitos foram devastadores, como Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria – essa salva pelo apoio russo.
Há ainda os países sob sanções e recorrentes ameaças militares, os casos de Coreia do Norte e Irã – inclusive com a implosão unilateral do acordo nuclear com o país persa.
Outro vetor de ingerência e desestabilização são os apoios aos movimentos separatistas na Chechénia, no Tibet, Xinjiang e de países vizinhos, como Baluchistão.
Por fim, mas não menos importante, há litígios com potencial para promover uma escalada militar, como são os casos de Taiwan, Mar do Sul da China, Península Coreana, entre outros. Ou seja, o arco começa na Ucrânia, passa pelo Cáucaso, atravessa o Oriente Médio e a Ásia Central, e culmina no Sudeste e Leste Asiáticos.” – https://vermelho.org.br/2019/10/03/a-nova-rota-da-seda-e-a-atual-encruzilhada-historica/;

04- Who's threatening who? Map of US military bases surrounding #Iran – https://www.pinterest.com/pin/386535580500992050/?lp=true;
05- Iran fired missiles Wednesday at Iraqi bases housing the US military, officials in Washington and Tehran said, in the first action of the Islamic republic's promised revenge for the US killing of a top Iranian general. – https://www.ibtimes.com/iran-fires-missiles-us-troop-bases-iraq-2897761.

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