O Presidente iraniano, Hassan
Rohani, alertou hoje que os Estados Unidos vão sofrer "as
consequências" do assassínio do general Qassem Soleimani "não apenas
hoje, mas ao longo dos próximos anos".
"Os norte-americanos não
perceberam o grande erro que cometeram (...). Sem dúvida, os Estados Unidos são
muito mais odiados hoje (do que antes) entre o povo do Irão e do Iraque",
disse Rohani, durante uma reunião com a família do general.
O Presidente iraniano disse que
"os jovens iranianos seguem e amam o caminho" traçado pelo comandante
da força de elite iraniana Al-Quds e, portanto, no Irão "serão
criados, se Deus quiser, dezenas de generais Soleimani".
"A vingança do sangue do
mártir Soleimani ocorrerá no dia em que virmos que, com a continuidade
da luta, será cortada para sempre a mão maligna dos EUA na
região", afirmou ainda Rohani, segundo um comunicado da Presidência
iraniana.
Segundo Rohani, o ataque
realizado em Bagdad pelos Estados Unidos "permanecerá na
história dos seus maiores crimes inesquecíveis contra a nação do Irão".
Horas antes, o ministro dos
Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamad Javad Zarif, disse que o
assassínio de Soleimani levaria à "retirada" de tropas
norte-americanas da região do Médio Oriente.
O comandante da força de elite
iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira
num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad que o
Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
No mesmo ataque morreu também o
'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis,
conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras seis
pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois
de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas
terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio
Oriente.
Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: Reuters
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