Países europeus aumentam seus
gastos com defesa em meio a um cenário de dúvidas em relação ao compromisso
militar dos Estados Unidos com o continente, de acordo com um relatório do
Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
O gasto de países europeus com
defesa em 2019 foi de € 267 bilhões (R$ 1,25 trilhão), representando um aumento
de 4,2% em relação ao ano anterior, conforme detalha o estudo anual sobre capacidades
defensivas Militar Balance 2020, publicado na Conferência de Segurança de
Munique.
Para a Europa, a Rússia
representa a maior fonte de preocupações, especialmente nas regiões
fronteiriças com o gigante euroasiático. O Pentágono tem reforçado sua presença
no continente após a anexação
da Crimeia em 2014.
Contudo, desde que Donald Trump
assumiu a presidência norte-americana, a relação
transatlântica tem passado por uma nova fase. Trump frequentemente acusa a
Europa de se aproveitar dos Estados Unidos em termos de defesa, relata o portal Defense News. Neste contexto, o
relatório do IISS argumenta que a presença de tropas dos EUA está perdendo seu
brilho assim como os laços entre o país norte-americano e a Europa.
O diretor do IISS, John Chipman,
afirma que "dentro e fora da OTAN, a chegada de equipes e equipamentos
adicionais norte-americanos não é mais propriamente suficiente para dispensar
as preocupações de aliados e parceiros sobre a estratégia dos EUA,
comprometimento, ou mesmo deter oponentes".
Por outro lado, Jens Stoltenberg,
secretário-geral da OTAN, ainda considera que o Ocidente, com a OTAN como sua
maior organização de defesa, pode contar com os Estados Unidos. Em uma coletiva
de imprensa, na Conferência de Segurança de Munique, Stoltenberg defendeu que o
Ocidente mantém a habilidade de agir se necessário, citando a compromisso e presença
de tropas norte-americanas na Europa como um grande suporte.
Sputnik | Imagem: © Sputnik /
Satnislav Savelyev
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