O EAS e seus aliados prosseguem a
ofensiva antiterrorista em Idlib, nas imediações de Saraqib, depois de ontem
terem morto pelo menos 33 soldados turcos, que se encontravam entre as fileiras
terroristas.
A Hayat Tahrir al-Sham (antiga
Frente al-Nusra) e outros grupos terroristas, apoiados pela Turquia no terreno,
conseguiram retomar o controlo, esta quinta-feira, da cidade estratégica de
Saraqib, no Sudoeste de Idlib. A agência SANA informa que, hoje, o Exército
Árabe Sírio (EAS) e forças aliadas estão a lançar uma grande ofensiva contra as
posições dos grupos terroristas, que «recebem apoio militar directo das forças
turcas».
Diversas fontes têm acusado as
tropas turcas de estarem directamente envolvidas nos ataques dos terroristas
contra o EAS na província de Idlib e, ontem, as autoridades de Ancara admitiram
que 33 dos seus soldados foram mortos numa operação do EAS contra posições dos
grupos terroristas, deixando assim entrever que os militares estavam no meio
daqueles a que alguns gostam de chamar «rebeldes».
De acordo com a RT, o
Ministério russo da Defesa referiu que, no dia 27 de Fevereiro, membros do
grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham tentaram levar a cabo uma vasta ofensiva
contra posições do EAS.
Num comunicado, o Ministério
informa que ao longo do dia de ontem «os representantes do Centro Russo para a
Reconciliação na Síria solicitaram aos colegas turcos e confirmaram as
coordenadas de localização de todas as unidades das Forças Armadas da Turquia
situadas perto de zonas de actividades militares de terroristas».
«De acordo com as coordenadas
facultadas pela parte turca, não havia nem deveria haver unidades das Forças
Armadas turcas na área de Baihun, onde ocorreram as acções, em que a Força
Aérea da Rússia não participou», precisa a fonte. Por seu lado, o Comando do
Exército e das Forças Armadas Sírias voltou a acusar a Turquia de prestar apoio
militar às organizações extremistas.
Turquia lança mais ameaças e
solicita reunião à NATO
O governo de Erdogan anunciou que
vai aumentar as operações militares em território sírio e solicitou uma reunião
de emergência à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), para que os
estados-membros analisem a situação em Idlib, na sequência da morte dos
soldados turcos. A realização da reunião já foi confirmada pelo
secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
Esta escalada ocorre num momento
de intensa campanha mediática (e política) ocidental contra a ofensiva
antiterrorista síria – ao jeito do «último hospital de Alepo» –, que chama a
atenção para alegados horrores sofridos pelas populações às mãos de Moscovo e
Damasco, e consegue multiplicar o número de refugiados, com imensas
«preocupações humanitárias» – agitadas quando o EAS libertou praticamente dois
terços de Idlib do domínio dos «corta-cabeças» salafistas-islamitas.
Recorde-se que o governo sírio
criou corredores humanitários para permitir a saída da população civil das
áreas de combate, algo que, em muitos casos, os jihadistas não permitiram –
como de resto aconteceu noutros pontos da Síria, quando o EAS lançou ofensivas
para as libertar.
Entretanto, ataques israelitas
lançados nas últimas 24 horas, a partir de helicópteros e de um drone, contra a
província de Quneitra (no extremo Sudoeste da Síria), feriram três soldados
sírios e provocaram a morte de um civil.
AbrilAbril
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